O Documentário Relata Um Crime Ocorrido Na Itália
Por: pamella.lauro • 3/5/2023 • Resenha • 1.402 Palavras (6 Páginas) • 70 Visualizações
RESENHA CRÍTICA – AMANDA KNOX
O DOCUMENTÁRIO
O documentário relata um crime ocorrido na Itália, envolvendo um grupo de estudantes, que eram colegas de quarto, também com mais 02 (duas) outras garotas.
Meredith foi brutalmente assassinada, estuprada e não se sabia a autoria do crime.
Os principais suspeitos eram Amanda e seu namorado Rafaelle, principalmente porque Amanda e Meredith não tinham uma boa relação, porém ambos sempre negaram a participação no crime.
O casal relata que, na noite do crime, estavam juntos na casa do rapaz, e que quando chegaram ao local, na manhã seguindo, todo o fato criminoso já havia ocorrido.
Encontraram a porta de entrada aberta, viu que no banheiro havia algumas gotas de sangue na pia, mas não deu muita atenção pois alguém poderia ter se cortado, ou acontecido qualquer outra coisa, menos um crime.
Logo após, Amanda encontrou uma mancha de sangue maior e fezes na privada, momento que teve o pressentimento que um terceiro deveria ter entrado na casa. e define esse momento como o que mais a causou arrepios, pois foi nessa hora que ela teve o pressentimento de ter alguém na casa.
O casal decidiu ir ao quarto da Meredith mas a porta estava trancada. Amanda chamou por ela não obteve resposta, momento em que Rafaelle tentou arrombar a porta, porém sem sucesso. Decidem então chamar a polícia, informando apenas que havia uma porta trancada, desordem na casa e sangue no banheiro.
Quando a polícia chega, os agentes invadem o quarto de Meredith e acabam por alterar os vestígios do crime, o que prejudicou muito a investigação, os exames periciais, motivo pelo qual a condenação do casal Amanda e Rafaelle pode ter acontecido bem mais por pressão da mídia em cima do Poder Judiciário, do que pela materialidade e provas do fato.
Vale expor que, havia outras pessoas que eventualmente poderiam estar envolvidas, mas toda essa repercussão fez com que o casal virasse o foco.
O processo se baseou em alguns vestígios encontrados que não tinham o condão de provar concretamente a autoria do crime, mas pela pressão, os investigadores e magistrados acabaram por condenar Amanda e Rafaelle.
Após diversos recursos, o casal conseguiu ser absolvido e o caso chegou ao fim, sem que fosse encontrado o(s) verdadeiro(s) culpado(s).
ANÁLISE JURÍDICA
A polícia que chegou ao local do crime foi uma polícia fiscal, pois, como foi dito, na ligação Rafaelle apenas informa que havia uma porta que precisaria ser arrombada. Porém, quando as autoridades policiais se depararam com a cena de um crime, invadiram aquele local, alterando muitas das provas que posteriormente poderiam ser essenciais para a investigação. Tanto é que, após uma primeira colheita de provas no local, os peritos criminais descobrem que havia vestígios escondidos, em virtude dessa intervenção dos policiais.
Neste ponto já conseguimos observar o primeiro erro, comparado com a legislação brasileira.
O costumeiro é que, no momento em que se verifica tratar-se de um local de crime, este deve ser isolado para que tudo se mantenha intacto, de forma a não prejudicar o trabalho pericial. No entanto, além dos policiais, o casal e as outras moradoras da casa puderam acessar livremente a residência, bem como o quarto onde ocorreu todo o fato.
A história correu muito rapidamente pelo país, então a mídia e a família da vítima passou a pressionar a polícia para que a investigação terminasse o quanto antes, porém, a cada passo que a pericia realizava os exames de DNA em objetos, as conclusões dos laudos, era impossível de se constatar uma prova concreta de quem seria o autor daquele crime, já que muitas pessoas passavam por aquela casa.
Desse modo, a investigação seguiu bem mais pelos achismos e pré-conceitos do delegado e dos investigadores. Assim, os principais suspeitos passaram a ser Amanda e Rafaelle.
Primeiramente, baseou-se que o crime teria sido cometido por uma mulher, ao passo que o corpo da vítima estava coberto, atitude que geralmente é tomada por mulheres quando cometem algum crime do tipo. Assim, já se presumiu ser Amanda a autora, deixando de lado as outras 2 (duas) moças que moravam na casa e não estavam lá, o que não poderia ter acontecido, já que todos em volta da vítima deveriam ser ao menos interrogados, o que não ocorreu.
Além do casal, foi indiciado Rudy Herman Guede, que seria o suposto namorado da vítima, tendendo sempre para o entendimento de ser um crime passional.
As partes prestaram seus depoimentos várias vezes, sempre mudando as suas versões. Também alegam que foram coagidas ao ponto de acabarem confessando o crime, porém, isso não foi devidamente investigado, o que pode ser devido a pressão de encontrarem a qualquer custo um culpado.
Amanda e Rafaelle possuíam provas que demonstravam que estavam na casa do rapaz no momento que poderia ter sido o crime, porém, isto não foi levado muito em consideração, pois a autópsia não conseguiu apontar claramente o horário da morte de Meredith, vez que a perícia, sem nenhuma justificativa plausível, deixou de realizar o exame no momento necessário.
Sem ter achado a arma do crime, a polícia encontrou uma faca na casa de que continha o DNA de Amanda no cabo e o de Meredith na lâmina, confirmando mais uma vez que teria sido o casal que cometeu o crime.
O suposto namorado da vítima, Rudy, foi acusado pois semanas depois após o crime encontraram vestígios na vagina da Meredith e digitais que supostamente eram dele, o que poderia ser confirmado pois eles haviam se encontrado na noite do crime.
Rudy assumiu que estava com Meredith naquele dia, e que tudo aconteceu quando ele foi ao banheiro e não teve tempo de correr para ver o que tinha ocorrido, mas afirmava com certeza que Amanda e ele não tinham culpa de nada.
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