O Preconceito

Com a colonização das terras brasileiras, no século XVI, houve um choque de culturas entre europeias, indígenas e africanas, evidenciando aculturação mestiça responsável por construir a identidade nacional. Embora essa perspectiva pareça ausente de problemas, as adversidades socioculturais permeiam a realidade de forma negativa, uma vez que as diversidades são transformadas em desigualdades, ao colocar-se em detrimento às variedades, tais como o preconceito linguístico e na descriminação socioeconômica.

Nesse sentindo, é importante destacar que o termo cultura apresenta obstáculos no ato de educar, afinal, para tê-la e transmiti-la, é necessária a consciência geral sobre tal importância, no qual a língua é o principal reflexo desse dinamismo cultural. Dessa feita, aceitar as diversidades é necessário. No entanto, mesmo sendo um país falante da Língua Portuguesa, a mesma expõe uma visão sobre o certo e errado o que dificulta tal processo de acentuação ao respeito às ações comunicativas, especialmente em relação associadas a grupos menores, como por exemplo: comunidades e áreas rurais, nas quais encontraram seus sotaques, variações linguísticas sendo depreciadas por grande parte de outras regiões.

Ademais, é evidente o fato que a transmissão de conhecimento e valores adquiridos por cada população garante uma riqueza do patrimônio nacional. Nesse sentido convém analisar que a sociedade na atualidade está enraizada a uma “insociável sociabilidade”, desenvolvida pelo filosofo Immanuel Kant, que se baseia na resistência por uma convivência harmoniosa na coletividade. Isso explica a segregação entre culturas, pautada na diferenciação daqueles que apresentam maior nível de escolaridade e poder aquisitivo. Como resultado, os indivíduos que sofrem com a discriminação linguística tendem a desenvolver problemas de sociabilidade e, até mesmo, psicológicos.

Desse modo, é necessária a promoção do respeito às diversidades. Portanto, é dever do Estado incentivar a ação integralizada a partir da redefinição a noção de identidade, abrindo campos de discussão sobre a problemática de superioridade de culturas, com finalidade de erradicar essa intolerância a adversidade. Além disso, o Ministério da Educação e Cultura deve lançar campanhas valorizando a pluralidade do país, como por exemplo, historias em quadrinhos que retratem o regionalismo e expressões étnicas para as salas de aulas.