O QUE É PODER?
Por: Raimundo Pereira da Silva Júnior • 19/2/2019 • Resenha • 913 Palavras (4 Páginas) • 235 Visualizações
RESUMO DA OBRA
O objetivo da obra, além de definir o que e poder, é mostra que não há sociedade sem o poder controlando, nela o autor expõe duas perspectivas uma liberal, que defende um estado mínimo e outra socialista que argumenta a criação de uma sociedade sem classes e o termino do estado burguês.
No primeiro capitulo ele trata sobre vários conceitos como o de potência, que para ele potência é a capacidade de realizar um determinado ato, mesmo que ele não venha a realizar esta ação. Lebrun diz que a potencialidade é indispensável nas relações politicas, já a politica é a atividade em sociedade que visa garantir, pela força, segurança a politica que por sua vez são ações essenciais para manter a ordem. O estado é a instituição Legitimada para exercer o monopólio legitimo do uso da força, em sentido amplo, dentro de determinado território. Em determinado momento ele irá utilizar desta força para alcançar seus objetivos. Percebe-se também que o conceito de poder para Lebrun é mesmo que dominação para Weber, ou seja, é a possibilidade de uma ordem ser seguida por um certo número de pessoas. Por ultimo ele diferencia poder de autoridade, pois o poder esta mais ligada a ideia de coação enquanto autoridade esta ligada a ideia de consenso.
O segundo capítulo mostra como surgiu o estado moderno, chamado por Hobbes de Leviatã, e o que difere ela da cidade antiga. Segundo a obra a cidade antiga existia a ideia de igualdade entre os homens, então não existia o uso do poder. O estado somente atuava na esfera publica, já o estado moderno interferia na vida publica e privada. O que gerou a ideia de estrutura politica completa. Criando assim uma unidade (a sociedade). Ele se utiliza das ideias de Hobbes para afirmar que as ações do homem na sociedade perde o interesse coletivo e passa a ter somente interesse próprio. O povo abre mão dos direitos naturais em troca de proteção. Mas afirma que nem todo soberano é um déspota, pois alguns governava de acordo com a vontade da lei.
No terceiro capitulo o autor fala sobre o direito de propriedade enquanto para Hobbes o estado pode interferir na propriedade, já Locke pensava de maneira contraria. Pois Hobbes defendia a ideia de um ditador absolutista, pois os cidadãos não participavam da vida politica e tinham que obedecer as leis sob pena de punição. Lebrun menciona a despolitização do estado uma vez que os cidadão deixavam de participar da vida politica e o estado continuava a existir, com isso ele afirma que a tese de Hobbes, um estado absolutista, é o que vivemos hoje. Consoante a isto, as leis, mesmo nascendo surgindo em ambiente democrático, na pratica, eram absolutistas pois não corresponderiam a vontade do cidadão. Pois se o cidadão não conhece seus representantes qual a diferença deles para um ditador.
No quarto capitulo Lebrun critica o pensamento liberal que é uma reação aos dois tipos de totalitarismo que existentes (Hobbes e Rousseau). Diferente de Hobbes, Rousseau defendia um totalitarismo do povo, pois todos deveriam fazer o que a maioria decidisse para o bem comum. o pensamento liberal se coloca contra esses dois totalitarismos com base em dois critérios. O primeiro é a própria existência de instituições representativas para tonar o povo o detentor do poder. De outro modo a ausência de monarquia absoluta não geraria desordem. Lebrun critica o pensamento liberal, pois ele defende um estado mínimo, mas exige mais atuação do estado. O autor diz que o estado passa de dominador para manipulador e que o estado liberal passa a impressão de que é um estado menor, quando na verdade esta controlando cada vez mais a vida privada dos cidadãos. Para Lebrun estado liberal é uma ilusão.
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