O ato de ler forma um leitor critico
Por: Elaine Azevedo • 31/3/2019 • Dissertação • 484 Palavras (2 Páginas) • 422 Visualizações
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FACULDADE DOCTUM DE CARANGOLA - DOCTUM
Curso: Direito Período: 1º Disciplina: Projeto Integrador I
Professora: MSc. DSc. Christiane Miranda Buthers de Almeida
Data: 26-02-2019
Estudo de Texto - Resumo informativo do texto.
Aluna: Elaine A. Azevedo
O ato de ler e a formação do leitor crítico
A leitura é um processo de compreensão, que envolve a capacidade de interação com o outro. Saber ler trata-se de decifrar a mensagem expressada por meio de palavras, mas ser um leitor, é saber compreender e interpretar, inserir-se no universo do pensamento de outra pessoa, compartilhando ideias e aceitando-as ou não, a partir do que é lido. Os textos apresentam lacunas, espaços que devem ser preenchidos pelo leitor, seguindo seu conhecimento de mundo, possibilitando assim, afirmar que todos, ao lerem o mesmo conteúdo, obterão compreensão e interpretação diferentes. À medida que o leitor interage com o texto, é construído um universo de significação que não seria nem aquele intencionado pelo autor, nem o do leitor, mas uma junção do diálogo deste com o texto. Este processo é realizado de maneira ativa, enriquecendo a leitura e contribuindo com o saber. A interação leitor-texto se faz presente desde a sua origem, início do texto, onde o autor leva em consideração os aspectos linguísticos, semânticos e pragmáticos, na preocupação com o leitor.
Portanto entende-se como perfil de leitor crítico, aquele que não é apenas um decifrador de sinais e palavras. Ele busca a compreensão do texto, dialogando com ele, recriando sentidos implícitos, fazendo inferências, estabelecendo relações e mobilizando seus conhecimentos para dar coerência às possibilidades significativas do texto; é cooperativo, sendo capaz de construir o universo textual a partir das indicações que lhe são fornecidas; é produtivo, refaz o percurso do autor, trabalha o texto e se institui em um coenunciador; é, enfim, sujeito do processo de ler e não objeto.
A leitura como atividade de linguagem é uma prática social e é responsável na formação do indivíduo, influenciando-o a analisar a sociedade, ampliando e diversificando as visões do mundo. Ao promover a interação entre indivíduos, a leitura, deve ser atividade constitutiva de sujeitos capazes de inteligir o mundo e nele atuar como cidadãos. A leitura constitui também uma prática social, pela qual o sujeito, ao praticar o ato de ler, mergulha no processo de produção de sentidos, adentrando o universo da cultura, se tornando um ser culto, racional e pensante.
A leitura como exercício de cidadania exige um leitor privilegiado, de aguçada criticidade, que, num movimento cooperativo, mobilizando seus conhecimentos prévios (linguísticos, textuais e de mundo), seja capaz de preencher os vazios do texto, que não se limite à busca das intenções do autor, mas construa a significação global do texto percorrendo as pistas, as indicações nele colocadas. Que seja capaz de ultrapassar os limites pontuais de um texto e incorporá-lo no seu universo de conhecimento de forma a levá-lo a melhor compreender seu mundo e seu semelhante.
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