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A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA INFANTIL PARA A FORMAÇÃO DO LEITOR CRÍTICO: A CONTAÇÃO DE HISTÓRIA COMO UM CAMINHO PARA A FORMAÇÃO DE LEITORES

Por:   •  17/2/2022  •  Artigo  •  6.222 Palavras (25 Páginas)  •  259 Visualizações

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FCE – FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS

A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA INFANTIL PARA A FORMAÇÃO DO LEITOR CRÍTICO: A CONTAÇÃO DE HISTÓRIA COMO UM CAMINHO PARA A FORMAÇÃO DE LEITORES

RESUMO

Contar histórias é um dos hábitos mais importantes e antigos da humanidade, tendo-se constituído um grande referencial do desenvolvimento humano, ajudando a despertar o prazer pela leitura. Assim este Artigo Científico, intitulado: “A Importância da Literatura Infantil para a Formação do Leitor Crítico: A Contação de História como um Caminho para a Formação de Leitores”, objetiva contribuir com propostas que incentivem o gosto pela leitura através da contação de história. Essa proposta foi elaborada a partir de um estudo bibliográfico, através de internet, livros, revistas, entre outros caminhos. Este trabalho parte de uma necessidade de tornar a leitura mais prazerosa e sem uma cobrança avaliativa, incentivando a descoberta do aluno pela leitura. Para embasar esta proposta, foi necessário rever autores que corroboram com a temática. Os principais norteadores foram: Paulo Freire (1985); Cléo Busatto (2008) e Celso Sisto (2001).

Palavras-Chave: Contação de História. Incentivo à Leitura. Formação de Leitores.

  1. INTRODUÇÃO

Muito se fala do poder da literatura e de como a escola é um lugar privilegiado para estimular o gosto pela leitura. Infelizmente, porém, as salas de aula brasileiras estão longe de ser “celeiros de leitores”. Salvo exceções, o contato dos estudantes com os livros costuma seguir um roteiro no mínimo enfadonho: alguns títulos são indicados e viram conteúdo avaliado (perguntas de interpretação de texto com uma única resposta correta). A experiência que deveria ser desafiadora vira uma tarefa burocrática e sem graça.

Pensando na importância de desenvolver a leitura, como uma prática que desperte a criatividade, autonomia e habilidades em diversas áreas do conhecimento, este trabalho, intitulado: ““A Importância da Literatura Infantil para a Formação do Leitor Crítico: A Contação de História como um Caminho para a Formação de Leitores”, objetiva incentivar a leitura, através da contação de histórias, despertando assim o gosto pela leitura. Tal proposta partiu da inquietação de que a prática de leitura na escola, muitas vezes, tem unicamente o objetivo de avaliar a capacidade de codificação e decodificação do aluno. Assim, o aluno não desempenha a capacidade de ler e relacionar o texto ao seu contexto, nem desenvolver seu senso crítico. Baseando-se nessa problemática, questiona-se: Quais as práticas para incentivar a leitura na escola? Como se pode desenvolver o prazer pela leitura através dos conteúdos programados? O momento de leitura é usado como avaliação do aluno, ou como forma de proporcionar novas descobertas e encontro com a sua subjetividade?

Uma vez que entende-se que muitos jovens, hoje, saem da educação básica sem entender os benefícios da leitura, e por isso, não se tornam sujeitos leitores, este trabalho justifica-se pela necessidade de fomentar alunos leitores, através da contação de histórias, visando proporcionar encontros mágicos entre leitores e personagens, desenvolvendo assim, a linguagem oral e a linguagem escrita.

Para tanto, ressaltaremos aqui as principais referências teóricas para que o educador tenha segurança da sua prática e fundamentação para a reflexão. Diante disso, a contribuição de Cléo Busatto (2008), servirá para ajudar o educador a conhecer e desenvolver técnicas para a contação de história, despertando assim, o encantamento e despertando a fantasia que já existe nas crianças. Para um dos maiores pedagogos brasileiros, Paulo Freire (1985), a leitura está diretamente ligada a formação cidadã, e em seu livro: “A importância do ato de ler: em três artigos que se completam, faz uma bela abordagem ligando a leitura gráfica, à leitura e compreensão do mundo, colocando que uma prescinde da outra”. Silva (1981), defende que precisamos buscar significados mais profundos para a leitura, levantando a questão do que é ler, sua importância, e seu papel na educação, pois, o domínio dos signos verbais escritos define novos horizontes, significados e alternativas para ampliar o projeto de existência do indivíduo.

Lajolo (2002), trata da leitura na escola e a relação das várias leituras, analisa inclusive o papel da literatura na educação e na nossa sociedade. Diz que é essencial compreender que a literatura infanto-juvenil é um produto tardio da pedagogia escolar. Câmara Cascudo (1952), colabora enfatizando a reflexão acerca da literatura oral, ressaltando que sua prática é anterior à leitura escrita, e se faz presente no cotidiano das pessoas.

Por fim, podemos compreender, através da visão desses educadores, que, valorizando o ato de contar histórias resgata-se uma atividade natural e espontânea que é necessária a todos os seres humanos, das crianças, aos mais idosos, visto que esta prática é essencial à natureza humana, pois, além de despertar o imaginário e o encantamento, também, favorece o aprendizado e as atividades intelectuais, tão indispensáveis na prática educativa.

  1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

  1. AUTORES E SUAS VISÕES SOBRE O MECANISMO DA LEITURA

Estar diante dos livros é poder viajar e conhecer lugares jamais conhecidos, e sem sair do lugar. A literatura é como um mar de águas coloridas, redemoinhos fascinantes, correntes diferentes que se entrelaçam em enredos de tirar o fôlego.

Muitos estudiosos dedicaram-se aos estudos da literatura, do ato de contar e encantar. O primeiro grande autor que será citado aqui é o pedagogo brasileiro Paulo Freire (1985), o qual põe a leitura de mundo como a leitura mais importante que o ser humano pode fazer. Para o pedagogo, a leitura está diretamente ligada à formação cidadã. Bettelheim (1980), aborda o entendimento de mundo e o enfrentamento de situações através da leitura, analisa os arquétipos presentes nos contos de fadas, e como o indivíduo pode ampliar sua experiência através da leitura, buscar sentido na vida através de significados. Pois, para o autor, quando as crianças são novas é a literatura que canaliza melhor esse tipo de informação.

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