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O capote

Por:   •  21/11/2015  •  Artigo  •  1.402 Palavras (6 Páginas)  •  302 Visualizações

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SUMÁRIO

  1. INTRODUÇÃO
  2. SOBRE O AUTOR
  3. ANÁLISE

3.1- INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO DE TEXTO

3.2- SOCIOLOGIA

3.3- INSTITUIÇÕES JUDICIÁRIAS E ÉTICA

  1. CONCLUSÃO


  1. INTRODUÇÃO

Este estudo reflete sobre a obra O Capote, de autoria de Nicolai Godol, sob a ótica das disciplinas oferecidas no 1º semestre do Curso de Direito, quais seja: Interpretação e Produção de Texto, Sociologia e Instituições Judiciárias e Ética.


  1. Sobre o Autor

Nikolai Vassilievitch Gogol nasceu na Ucrânia em 1809, foi um vanguardista da literatura russa. De uma família de pequenos proprietários de terra ucranianos, passa a sua primeira infância no campo. Em 1821 muda-se para Nezin para estudar. Seu sonho era ser autor teatral. Em 1836 inicia uma longa viagem pela Europa, reside em diversas cidades, particularmente em Roma. A distância de seu país natal e a nostalgia que dela resulta lhe inspirou alguns dos seus escritos, como a magnífica novela O capote (1843), cujo herói, Acaqui Acaquievich, tornou-se o arquétipo do pequeno funcionário russo.

         Gogol consegue uma cadeira de professor de História no Instituto Patriótico de Jovens Moças, e em seguida, na Universidade de São Petersburgo (1831 - 1835). Durante este período, ele publica numerosas novelas. Em 1836, a peça de teatro O inspetor geral conhece um real sucesso em São Petersburgo, aplaudida pelos liberais e atacada pelos reacionários; Gogol se sente incompreendido, tanto irritado por aqueles que lhe apóiam quanto por aqueles que lhe criticam. Em pleno desarranjo, ele foge e recomeça a viagem pela Europa.

         De posse de uma idéia de seu amigo Alexandre Puchkin, ele começa a escrever seu grande romance, a peça mestra de sua obra, Almas mortas. Ele tenta publicá-la em Moscou em 1841, mas o Comitê Moscovita de Censura recusa.

As tribulações recomeçam: Itália, França, Alemanha etc. Em 1848, ele faz uma peregrinação em Jerusalém. Pouco a pouco sua saúde se degrada – e mais ainda a percepção que ele tem da mesma, pois ele se crê sempre mais doente do que de fato – e seu sentimento religioso se exalta: ele se torna cada vez mais místico.

De volta a Moscou, ele redige a segunda parte de Almas mortas. Mas seu estado físico e psíquico se degrada sem cessar. No início de fevereiro de 1852, num momento de delírio, ele queima na lareira de seu quarto, todos os manuscritos inéditos – inclusive o fim da segunda parte de Almas mortas.

Nicolai Gogol morre dia 21 de Fevereiro de 1852.


  1. ANÁLISE

3.1- Interpretação e Produção de Texto.

O autor descreve a história de forma muito detalhada de tal maneira tal que conseguimos imaginar claramente todos os detalhes. Usa a narrativa descritiva com muita propriedade que ao lermos sentimos ódio, como no momento em que Acaqui é humilhado pela “alta personalidade”, nos sentimos incomodados com a injustiça que contra o personagem é cometida, a forma que ele é ignorado pelas autoridades responsáveis pela segurança e aplicação da justiça, nos leva a refletir sobre nossos dias, a maneira como somos ignorados, descriminados, humilhados e mal atendidos. Principalmente quando necessitamos do serviço público, seja na área de saúde, transporte ou segurança, o mínimo que merecemos é um atendimento digno, porém nem sempre é o que temos visto.

        Sentimos nojo no momento em que é jogado lixo sobre Acaqui e ele nem sequer o retira, continua seu caminho como se estivesse tudo certo, como alguém não pode se incomodar com essa situação.

        Sentimos-nos incomodados em como ele é tratado no ambiente de trabalho, perseguido e motivo de chacota de seus colegas, com as brincadeiras que faziam e falsas insinuações a seu respeito. Nem mesmo quando ele finalmente aparenta ser aceito, ele se sente à vontade, sem o seu capote na reunião ele se sente deslocado. Também nos leva a pensar da maneira como agimos com nossos colegas de trabalho e estudos, devemos tratá-los com dignidade e respeito.

        A obra é repleta de narrativas que descrevem exatamente que o personagem esta vivenciando, ou seja, faz com que o leitor se aproxime mais do texto e se envolva sentindo e interagindo com o personagem.


3.2- Sociologia

Percebemos que Acaqui é uma pessoa submissa, sem perspectiva de uma vida melhor. Apresenta seu conformismo e sua submissão diante de qualquer fato, não ousa questionar nada, somente adquire um pertencimento a sociedade após a aquisição de seu novo capote, a simbologia do novo capote faz com que a sociedade o reconheça como um membro. Mais ainda para Acaqui, que agora tem novo ânimo, passeia por outro lado da cidade onde as ruas iluminadas e bonitas.

        Durante o assalto, nosso personagem até mesmo chegou a reagir, algo inédito em sua vida, correu até uma guarita, procurou ser ouvido perante as autoridades competentes, gritando por socorro na busca desesperada por ajuda. Para descobrir ao fim que existe uma hierarquia. Hierarquia essa que o empurra para baixo muito além de onde poderia chegar sua voz que clamara por justiça.

Nos dias atuais vivenciamos os problemas sociais, políticos dentre tantos outros, a falta de questionamento em relação à desigualdade social, a corrupção, mau uso do dinheiro público, impostos absurdos – um dos mais caros do mundo -, a falta de serviços públicos. Podemos dizer que agimos todos como Acaqui Acaquievich. 

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