O que é ideologia
Por: fernandafilinto • 10/5/2017 • Resenha • 1.447 Palavras (6 Páginas) • 259 Visualizações
FACULDADE CATHEDRAL DE ENSINO SUPERIOR
FERNANDA MAIA FILINTO
RESUMO DO LIVRO: O QUE É IDEOLOGIA
Boa Vista – RR
Março de 2017
FERNANDA MAIA FILINTO
RESUMO DO LIVRO: O QUE É IDEOLOGIA
Trabalho referente à disciplina de Direito da Criança, do Adolescente e do Idoso do 3º bimestre do curso de Bacharel em Direito, turma 03-B, para fins de avaliação.
Orientação: Prof. Mauro José do Nascimento Campello
Boa Vista – RR
Março de 2017
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................3
1 O QUE É IDEOLOGIA ...............................................................................................4
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................6
REFERÊNCIAS ...........................................................................................................7
INTRODUÇÃO
Marilena de Souza Chauí, nasceu em São Paulo no dia 4 de setembro de 1941. Filha de um jornalista, Nicolau Chauí, e de uma professora, Laura de Souza Chauí. Estudou no interior paulista, tendo concluído seus estudos na capital do estado.
Entrou no curso de filosofia no ano de 1960 e finalizou a faculdade em 1965 na Universidade de São Paulo, tendo como título de sua dissertação de mestrado “Merleau-Ponty e a crítica do humanismo”. Sua tese foi defendida no ano de 1967, e neste mesmo ano começou seu Doutorado na França.
Dez anos depois Marilena defendeu sua tese de livre-docência na Universidade de são Paulo, cujo título era “A Nervura do Real: Espinosa e a Questão da Liberdade”. Nesta, abrangeu alguns assuntos como a liberdade, a servidão, a beatitude, a paixão, a imanência e a necessidade.
No ano de 1987 prestou concurso para ser professora titular de filosofia, ministrando aulas no Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo. Sua especialização foi em História da Filosofia Moderna e em Filosofia Política. Foi secretária Municipal de Cultura de São Paulo entre os anos de 1989 e 1992
Atualmente, Marilena, casada com o historiador Michael Hall, atua como historiadora de filosofia brasileira, além de ser professora de Filosofia Política e de História da Filosofia Moderna na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.
Respeitada não apenas por suas obras acadêmicas, mas também por manter uma intensa e frequente atuação no âmbito intelectual e político Brasileiro. Marilena Chauí foi uma das fundadoras e participantes no Partido dos Trabalhadores, onde ainda é integrante, membro do Diretório Estadual e também do Diretório Municipal do PT. Atua ainda como Presidente da Associação Nacional de Estudos Filosóficos do século XVII, Doutora Honoris Causa pela Universidade Nacional de Córdoba e Doutora Honoris Causa pela Universidade de Paris VIII.
Suas obras relatam temáticas profundas como a universidade pública, ideologia e cultura, tendo como destaque os livros “Da Realidade sem Mistérios ao Mistério do Mundo”, “Repressão Sexual”, “Introdução à História da Filosofia”, “A Nervura do Real”, “Convite à Filosofia”, dentre outros.
No livro “O que é Ideologia”, Marilena tenta explicar o que é a ideologia a partir de escritos de autores como Marx, Hegel, Gramsci, traçando uma perspectiva sobre o conceito. Apresentando a Ideologia como fruto dos ideais das classes dominantes e forma de dominação manifestada através da arte, cultura, religião, política, família e meios de comunicação.
1 O QUE É IDEOLOGIA
A autora inicia a obra com a proposta de desfazer a opinião pré-formada sobre o conceito de Ideologia e propõe seu conceito como “ideário histórico, social e político que esconde e assegura a manutenção do poder, da exploração econômica, da desigualdade social e da dominação política”.
Partindo de alguns exemplos, título dado pela autora à primeira parte da obra, direciona o leitor para a Grécia Antiga onde Aristóteles revelou a teoria das quatro causas: material, formal, motriz e final. Tal teoria distingue a atividade técnica (trabalho) da atividade ética e política (ação dos homens libertos pela sua vontade própria e razão). Atualmente a teoria foi modificada para duas causas apenas: eficiente e final, tomando sentido de ação que produz, necessariamente, efeito.
A autora apresenta ainda a definição de homem livre como um ser universal distinto pela união do seu corpo mecânico e de sua vontade finalística. Este tem o poder transformador e dominador, os quais emprega em uma atividade de trabalho pelo qual é recompensado e por meio do qual pode poupar ou investir.
Importante destacar que cada grupo social possui uma forma de enxergar o outro baseada em seu meio e experiências próprias que baseiam sua visão.
Ao fazer uma reflexão sobre o real e o irreal, a professora revela que, para o idealista, o real são as ideias e representações produzidas na consciência humana, nos dando sentido real e existente. A história é o modo como os homens determinados criam os meios e as formas de sua existência social que é política, econômica e cultural, e não a sucessão de fatos no tempo ou o progresso de ideias.
A filósofa faz, no segundo capítulo do livro, um resumo histórico do termo ideologia, que surgiu pela primeira vez na França pós revolução Francesa, em 1789. Lá surgem um grupo de pensadores que ficaram conhecidos como ideólogos por suas críticas o modo de viver materialista, cujo pensamento admitia apenas causas naturais físicas para as ideias e ações humanas e só aceitavam conhecimentos científicos se baseados na observação e experimentação dos fatos. Em 1812 então, o termo ideologia assume sentido pejorativo após um discurso de Napoleão que descreve o ideólogo como aquele que inverte as relações entre ideias e o real.
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