O ritmo do impacto da crise capitalista mundial
Por: katherebe • 18/3/2021 • Trabalho acadêmico • 499 Palavras (2 Páginas) • 156 Visualizações
O ritmo do impacto da crise capitalista mundial nas formações econômico-sociais
latino-americanas tem relação com o fim de ciclo em América Latina que foram
denominados “pós-neoliberais”. As crises econômicas é algo periodico no capitalismo,
contradições próprias do sistema, não são meras falhas no funcionamento da acumulação
e sim organicamente constituintes deste modo de produção, depois de um tempo a
burguesia desenvolveu uma série de medidas preventivas, em especial um amplo leque
de medidas de política econômica e social.
Segundo Gramsci estaríamos a face a uma crise organica, não só uma crise
conjuntural, para Sardo, haveria uma diferença entre crise organica e conjuntural, onde a
primeira é de maior magnitude e argúcia, ou seja, é o fruto de um antagonismo mas
amplo entre a classe dominante e as demais frações de classe, contraste dos vínculos
causais entre estrutura e superestrutura, elevada a um nível mais alto, provoca o conflito
aberto entre frações de classes e grupos incompatíveis, devido da incapacidade da
burguesia dar conta dos problemas políticos, econômicos e culturais que surgem na
sociedade.
É iminente denotar que a reestruturação da progressão das forças produtivas, como
medidas de enfrentamento da crise, propagou a necessidade de recomposição e ajuste
entre as forças produtivas e os aparelhos de soberania, procurando uma nova forma de
reconstruir a produção, precarizando e flexibilizando o mundo do trabalho e a sua divisão
social e técnica, gerando mecanismos sócio-políticos que garantissem à sua reprodução,
a exemplo de uma maior abertura comercial e financeira, mudanças nos mercados
laborais, alterações na forma de apropriação/acumulação do capital sob as bases do
rentismo e acréscimo da parte do valor produzido nas economias periféricas latinoamericanas.
América Latina logo após uma expansão econômico baseado sobretudo na
exportação de matérias primas, perante uma ampla reprimarização das economias latinoamericanas, com alta nos preços das commodities, os quais em grande medida
financiaram tal expansão, gerou um crescimento inédito em um contexto de crise.
Como dito anteriormente, a crise aberta a partir de 2008 consumou de forma
consolida a produção de um novo bloco histórico a nível mundial, que já vinha se
reforçando desde o acerto neoliberal no final dos anos de 1970, acarretando assim umaveloz agitação geopolítica para responder as disjuntivas do aglomerado
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