OS DEVERES ÉTICOS NA FAMÍLIA
Por: ClaudiaAdriao • 21/5/2018 • Trabalho acadêmico • 2.344 Palavras (10 Páginas) • 685 Visualizações
RESUMO
O presente trabalho foca na análise do poder familiar e como os deveres éticos influenciam nessa relação, não só os deveres da família como um todo, mas dos membros pertencentes à ela. Explica também a presença de problemas sociais presentes na Era Moderna, em face da carência de valores morais no âmbito familiar. E trás a tona o quão é importante a colaboração familiar para uma boa educação, um bom convívio social; tudo isso com base na ética, pelo fato de que é essencial seu desenvolvimento em cada indivíduo, pois ela é usada como método capaz de transformar a vida, a criação e a valorização da família nos presentes dias, mesmo diante de tamanho desfalecimento moral, tão iminente neste mundo incoerente. É importante refletir para que haja harmonia no âmbito familiar.
Palavras-chave: Âmbito familiar. Valores éticos. Problemas sociais.
INTRODUÇÃO
Devido à evolução moral dos indivíduos no mundo moderno, isso faz com que possa ocorrer mudanças significativas sobre os valores essenciais pertencentes às famílias. E essa mudança afeta diretamente a relação familiar, sendo necessário o uso do bom-senso para que a partir disso se resolva a divergência com base na ética.
Pelo fato de que, esses problemas sociais refletem na postura e na maneira como se conduzirá os parâmetros relativos aos deveres e valores éticos perante o meio parental, vindo à tona o desejo ou a utilidade de se adaptar a posturas éticas revestidas de força cognitiva, que ocasionará no respeito e na parceria entre todos os membros.
Assim, o que é enfatizado é que o uso da moral seja tratado da melhor maneira para agir em prol da boa convivência familiar, explicando o real sentido da ética e a influência de seus deveres na aplicabilidade dos problemas e também em busca de uma possível solução.
CAPÍTULO 1: A ÉTICA E A MORAL
Há quem não faça distinção entre ética e moral, pois a palavra “moral” vem do latim e significa costumes, enquanto que a palavra “ética” vem do grego e também significa costumes; dessa forma, etimologicamente só diferem pela língua de origem. Grande parte da confusão entre estas duas palavras vem de suas origens.
Pode-se considerar que, basicamente, a diferença entre ética e moral pauta-se no fato de que a moral refere-se ao conjunto de normas e princípios que se baseiam na cultura e nos costumes de determinado grupo social, já a ética é o estudo e a reflexão sobre a moral, que diz como viver em sociedade.
Assim, ética é um conjunto de valores e regras definidas por determinado grupo ou cultura, e que é comum a todos. Sendo assim, a ética é o que define como o homem deve se portar no meio social. O conceito de ética também pode significar o conhecimento extraído da investigação do comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de forma racional. Sendo assim, a ética pode refletir e questionar valores morais.
A ética é responsável por definir certas condutas do nosso dia a dia, como no caso dos códigos de ética profissional, que indicam como um indivíduo deve se comportar no âmbito da sua profissão.
Enquanto que a moral é um conjunto de regras que orientam o comportamento do indivíduo dentro de uma sociedade; ela pode ser adquirida através da cultura, da educação, da tradição e do cotidiano. Tais regras norteiam os julgamentos de cada indivíduo sobre como agir, de acordo com o que foi previamente aceito como norma entre determinado grupo. Quando fala-se em moral, as definições do que é certo ou errado dependem do local onde a pessoa se encontra, da tradição e cultura.
Uma maneira fácil de lembrar da diferença entre moral e ética é que a moral se aplica à um grupo, enquanto a ética pode ser questionada por um indivíduo. Quando é feito algo moralmente incorreto à vista social, acaba-se por perceber que há um instinto no fundo do pensamento acusando que aquela conduta não foi correta. Este poder de reflexão mental também é proporcionado pela ética, através dos valores morais transmitidos no transcorrer da vida.
Nesta discussão, alguns autores concedem sentidos interessantes aos referidos termos, como atesta Edouard Delruelle, “o termo ética permite delimitar uma dimensão do comportamento que escapa à moral... É a dimensão subjetiva e ponderada dos valores e normas; a forma como cada um se conduz, como cada um se define enquanto sujeito moral”.
CAPÍTULO 2: ÂMBITO FAMILIAR E OS DEVERES ÉTICOS NA FAMÍLIA
Com a evolução social, surgiram vários tipos de composições familiares, fazendo com que o próprio ordenamento jurídico tomasse conhecimento de que a convivência entre indivíduos nem sempre é harmoniosa, e que com isso houvesse interferência perante o relacionamento familiar dos deveres da ética, para que pudesse regular e tornar-se proporcional o tratamento e o relacionamento afetivo conforme a compostura de cada membro.
Pode-se destacar como composição familiar presente no Direito hoje, a família matrimonial, que é a uma das principais composições familiares e que, como se sabe, é bem comum que haja desentendimentos entre os casais, tornando assim a necessidade de um amparo dos deveres morais da ética nesse ambiente, para saber lidar com as diversas situações inusitadas da vida conjugal. Assim, faz-se necessário a compreensão, o respeito, a fidelidade e, além de tudo, o amor, visando o bem e a harmonia entre pessoas.
Tem-se como exemplo também, a família monoparental, as famílias de mães solteiras, as de adoção unilateral, as famílias anaparental, a família ampliada, a união estável, a união homoafetiva, a união reconstituída, a união pararela ou união estável concomitante que ocorre quando uma pessoa mantém relações afetivas e amorosas com duas ou mais pessoas ao mesmo tempo, e a união poliafetiva, através da qual os companheiros se relacionam conjuntamente com três ou mais pessoas.
2.1 DEVERES ÉTICOS
É sabido que com a evolução dos tempos, a sociedade está, cada vez mais, complexa; dessa forma, novos tipos familiares surgiram, independentemente da presença do matrimônio ou consanguinidade dos membros, sendo todos reconhecidos pelo ordenamento jurídico brasileiro. Assim, o que define a família moderna é o sentimento de amor, reciprocidade e o cuidado para com o outro. Não importa se as crianças vivem com pais não biológicos, ou se foram criadas por terceiro que não seja seu parente consanguíneo. O que prevalece é a real afetividade. Pai e mãe são, portanto, aqueles que criam e educam, independente de serem de natureza ou não.
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