Os Contratualistas
Por: Juh • 18/9/2015 • Resenha • 432 Palavras (2 Páginas) • 386 Visualizações
Os Contratualistas visam explicar a existência do estado, fortalecendo a legitimidade (o estado como vontade do povo). Vale ressaltar que essas teorias se desenvolvem em um período absolutista em que a burguesia precisa se fortalecer para efetuar suas transação econômicas sem a interferência da nobreza.
Eles fazem essa ligação através de 3 períodos. No primeiro o homem está em seu estado de natureza. Porem gera-se a necessidade de um estado, sendo esse o segundo período, que é formado por um contrato social, dando-se início ao terceiro periodo.
Entretanto, apesar das semelhanças supracitadas o tipo de estado de natureza e contrato social e Hobbes, Locke e Rousseau são diferentes.
Para Hobbes o homem em seu estado de natureza é egoísta e egocêntrico, está sempre querendo se sobrepor ao outro. Além de não querer se relacionar com os demais, principalmente pela falta de confiança já que não se sabe o que o outro está pensando. Esses homens são dotados de liberdade mas como essa liberdade gera guerra eles abdicam dela (contrato social) em prol de um estado(leviatã) que medie as relação impondo limites e valores (liberdade relativa) para que a paz possa reinar.
Já para Locke O homem em sua natureza não é bom nem mal. É um ser de pura liberdade movido tanto pela racionalidade quanto pelas emoções. Entretanto nesse estado de natureza se impõe as leis naturais que matem a igualdade entre esses homens. Essa leis podem ser executadas por qualquer um, o que em momentos de irracionalidade pode vir a gerar o caos, já que cada um executara a lei de forma parcial o que pode desvirtuar a justiça e com isso gerar uma grande instabilidade. Como o homem lockeano é um ser social ele abdica dessa liberdade total (contrato social) para que o governo civil (estado) julgue imparcialmente sobre as leis naturais.
Entretanto para Rousseau o homem em seu estado de natureza era bom. Contudo as relações sociais estabelecidas o corrompiam e geravam desigualdades ( vaidade e propriedade privada), que atrelados a vaidade humana levam ao caos. Para isso surge o estado, através de um contrato social para defender a igualdade e a justiça, abrindo mão do individuo para se tornar um cidadão que visa o todo. Rousseau viveu em um período dominado pela nobreza entretanto ele não legitimava essa ação. Para ele o estado ideal possui participação popular e a partir do comprometimento do indivíduo para com o justiça social, conquistado pela educação de qualidade, a eliminação da desigualdade social. Seu exemplo de sociedade real era roma em período republicano e seus estudos sobre liberdade e igualdade inspiraram a revolução francesa.
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