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PRINCÍPIO DA IMPARCIALIDADE DO JUIZ

Por:   •  28/8/2019  •  Artigo  •  375 Palavras (2 Páginas)  •  343 Visualizações

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PRINCÍPIO DA IMPARCIALIDADE DO JUIZ

HABEAS CORPUS. ROUBO MAJORADO. REPRESENTAÇÃO POLICIAL PELA PRISÃO. PEDIDO CONTRÁRIO DO MINISTÉRIO PÚBLICO. INVIABILIDADE DE DECRETAÇÃO DA CUSTÓDIA. PRINCÍPIO DA IMPARCIALIDADE DO JUIZ. Se o próprio titular da ação penal entendeu ser desnecessária a prisão preventiva do paciente, não pode o juiz imiscuir-se na seara acusatória, determinando a medida extrema da prisão, sob pena de ferir o Princípio da Imparcialidade. É bem verdade que o artigo 311 do CPP autoriza a decretação da prisão preventiva com base em representação da autoridade policial, mas não é menos verdade que a Constituição Federal adotou o Sistema Acusatório. Então, lido o referido artigo à luz da Carta Maior - isto é, fazendo o imprescindível "filtro constitucional" -, a representação policial, para servir de aparato para a decretação da custódia pelo magistrado, deve ser ratificada pelo agente acusador. ORDEM CONCEDIDA. (Habeas Corpus Nº 70056082480, Quinta Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Francesco Conti, Julgado em 04/09/2013)

(TJ-RS - HC: 70056082480 RS, Relator: Francesco Conti, Data de Julgamento: 04/09/2013, Quinta Câmara Criminal, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 10/09/2013).

Entendimento.

Este acórdão se trata de um pedido para que seja revogado a prisão preventiva do réu. Segundo o relato, o Juiz que determinou a prisão, levou em consideração os crimes dos outros participantes na sentença, além de que não julgou procedente quanto aos critérios para a pena preventiva. Acontece que o réu, teve participação mínima na ação, e se considera uma pessoa não agressiva e que a muito tempo não se envolvia em atos infringência.

Ao que parece, o Juiz além de utilizar sua imparcialidade para determinar a prisão preventiva, tendeu a julgar mediante o conjunto da ação e não parcialmente para que tenha validade. Sendo assim, foi interposto pelo advogado do réu o pedido para que seu cliente fosse solto alegando a inviabilidade da prisão decretada, pois, conforme o processo legal, a polícia, ao investigar, busca elementos para o Ministério Público acusar; a defesa contra-ataca os elementos trazidos pela acusação e o juiz – inerte – tem a tarefa de julgar, respeitando/garantindo as regras do devido processo legal, e não se basear em acusações e antecedentes de terceiros.

Sendo assim, foi dado provimento, sendo revogado a prisão preventiva do réu expedindo o alvará se soltura.

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