Peça de Pratica Jurídica
Por: FelipeBeatriz • 18/9/2015 • Trabalho acadêmico • 767 Palavras (4 Páginas) • 226 Visualizações
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE________________.
PROCESSO Nº ---
MATEUS, já qualificado nos autos em epígrafe, que lhe move o Ministério Público, vem, por seu advogado que a esta subscreve, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, tempestivamente, com fulcro nos artigos 396 do CPP e 5º LV CRFB/88, oferecer;
RESPOSTA À ACUSAÇÃO
pelos fatos e direito que passa a expor:
DOS FATOS
Mateus foi denunciado, em agosto de 2010 supostamente teria se dirigido à residência de Maisa e constrangendo-a com ele manter conjunção carnal, fato que ocasionou a suposta gravidez da vítima, conforme laudo de exame de corpo de delito. Narra ainda a exordial que, embora não se tenha se valido de violência real ou de grave ameaça para a prática do ato, o Réu teria se aproveitado do fato de Maisa ser incapaz de oferecer resistência ao propósito libidinoso, assim como de validamente consentir, por se tratar de deficiente mental, incapaz de reger a si mesma.
DO DIREITO
DA ILEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Trata-se de crime contra a liberdade sexual, portanto, a ação penal e publica condicionada a representação, sendo esta uma manifestação da vitima ou de seu representante legal, no sentido de autorizar o Ministério Público a iniciar a ação penal.
Portanto, há de ser destacar a ilegitimidade do Ministério Público para a propositura da presente ação, tendo em vista a inexistência de manifestação dos genitores da vítima neste sentido.
DA NULIDADE ABSOLUTA
Diante de tal situação, há que se comentar que a representação é uma condição específica para a propositura deste tipo de ação, sem a qual a ação não poderia ser ajuizada.
Nesses termos, esta demostrado a ocorrência de uma das causas de nulidade, sendo esta, de modo específico, conforme prevista no artigo art 564 inciso III alínea “a “do Código de Processo Penal.
DO MÉRITO
A suposta conduta praticada pelo réu revela-se como absolutamente atípica. Tendo em vista que, o revogado art 224 CP, exige que o autor do fato, conheça tal circunstância.
Além de não haver nenhuma prova nos autos que demostre que a vitima se encontrava nesta condição (deficiência mental) o Réu já era seu namorado há algum tempo como poderá ser demostrado com o depoimento das familiares.
DOS PEDIDOS
- Diante de todos os fatos acima exposto, requer que o acusado seja absolvido sumariamente em razão da atipicidade do fato, na forma do artigo 397, inciso III do Código de Processo Penal;
- Não entendendo Vossa Excelência desta forma, requer que seja reconhecido a nulidade absoluta do feito com fundamento no art 564 inciso III alínea a do Código de Processo Penal
- Caso Vossa Excelência entenda necessário, requer a produção de prova Pericial Médica que efetivamente comprove o alegado pelo Ministério Público, que seja verificada a higidez mental da suposta vítima.
Nesses termos,
Pede deferimento.
Local, data.
Advogado OAB nº
Rol de Testemunhas
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