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Pesquisa e Construção de Conhecimento: Metodologia no Caminho de Habermas

Por:   •  11/9/2018  •  Resenha  •  880 Palavras (4 Páginas)  •  1.293 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

Faculdade de Direito

Disciplina: Metodologia e Lógica Jurídica II

Docente: Marcia Cristina de Souza Alvim

Discente: Felipe Toneta da Fonseca – DIR-MA2

São Paulo, 26 de março de 2018

FICHA DE LEITURA

“Pesquisa e construção de conhecimento: metodologia no caminho de Habermas”

  • A obra de Pedro Demo explicita caminhos para formar a construção do conhecimento.
  • Pode-se definir a metodologia científica como um artefato indispensável à elaboração do conhecimento.
  • Deste modo, a finalidade do livro consiste em buscar um conhecimento que seja capaz de afastar-se da lógica educacional reprodutiva.
  • Tanto o manejo quanto a produção são requisitos fundamentais para a produção do conhecimento.
  • Compreende-se como educação um tema que abrange tanto desenvolvimento econômico quanto cidadania.
  • A conjuntura educacional brasileira apresenta-se como um real desafio a ser solucionado.
  • Quando a educação detém a condição de ser uma formadora de conhecimento, ela acaba sendo libertadora. Destarte, ela acaba tendo papel fundamental no que tange à equalização de oportunidades.
  • O compromisso construtivo da educação é aquele em que ela possibilita meios aptos de ensinar a aprender. Vale lembrar que tal compromisso deve ser um dos norteadores para a criação da proposta educacional.
  • Assim, pode-se concluir que o surgimento da pesquisa foi caracterizado como um local aforado ao aparecimento do novo.
  • O que torna a ciência peculiar é o seu questionamento sistemático. Em uma perspectiva de que ela não é capaz de vê-la como um fim de si mesma, é possível afirmar que fazer ciência é indagar precisamente.
  • Tudo que for indiscutível não se encaixa nos moldes de algo científico. Junto a isso, ao procurar uma implantação da verdade, o questionamento sistemático, juntamente à lógica crítica, deve sempre supor a lógica da contra crítica.
  • O aspecto da coerência inovadora é primordial ao progresso efetivo do conhecimento. Já a qualidade formal e política do conhecimento é indispensável para a existência de alguma forma de sentido ao debater-se sobre algum conhecimento científico.
  • Juntamente a natureza do tópico anterior, Habermas insere a democracia como elemento fundamental para a implantação e efetivação do conhecimento científico, fazendo com que ele, deste modo, seja capaz de se dar de maneira desimpedida.
  • O questionamento sistemático requer alguns elementos, como: produção criteriosa; modelação e remodelação de conceitos, de teoria e práticas; cooperação inusual perseverante; abarcamento tangível e a respectiva prática.
  • De fato, sempre existiu e sempre existirá parcialidade e subjetividade em ciência. Todavia, a mesma deve ter em mente o real engajamento com a pesquisa objetivada, ou seja, a alusão à veracidade tal como ela se constitui.
  • Ao abarcar o tema da pesquisa, o autor a considera como ferramenta à elaboração do conhecimento. Além disso, ele observa que a pesquisa tem participação direta na educação emancipatória, pois proporciona meios que fomentam um questionamento crítico, analítico e inovador.
  • O primeiro grau da evolução da pesquisa baseia-se na pesquisa reprodutiva, visto que ela não é dotada de inovações notórias. O segundo grau é a interpretação própria ou pessoal de um texto e o terceiro, a efetivação de uma idealização científica como base para refazê-la. Há também o grau da construção, que seria como uma espécie de criação de maneiras singulares, indagando as coisas já existentes.
  • A pesquisa compreende-se como uma hipótese de trabalho, ou seja, como uma emissão de um impasse em que há intenção de combater por meio de uma elaboração científica.
  • Para a realização plena de um trabalho científico, faz-se necessário a existência de uma hipótese de trabalho; de caminhos metodológicos; de um referencial abstrato, de um alicerce empírico e de conclusão e/ou de resultados.
  • Os aparelhos eletrônicos detêm uma aplicabilidade particular, possibilitando a educação à distância por intermédio de cursos que incentivem o aprender a aprender e o saber pensar.
  • No que tange à socialização e à construção do conhecimento, é possível haver um ambiente fomentador de conhecimento, seja ele presencial ou à distância. Além disso, há também um local colaborador à socialização, visto que a operacionalização dos dispositivos eletrônicos descomplexifica muito esse aspecto.
  • Além disso, ainda abarcando o processo de construção do conhecimento, o autor elucida que as universidades devem ser adeptas à pesquisa matricial e ao currículo intensivo. Este procura e analisa a qualidade do conhecimento em prejuízo da quantidade, em que a pesquisa é um ato habitual, diferentemente da aula expositiva. Já aquela exige e demanda uma metodologia baseada e fundamentada no diálogo perscrutador e inovador com a realidade.
  • Há formas alternativas que substituem a aula expositiva. Dentre elas, há seminários; organização do semestre como um meio evolutivo da pesquisa; elaboração de uma forma exaustiva de leitura; ensaio da teorização da prática e organização de um método de pesquisa coletiva.
  • Visando à invalidação da vulgarização da aula expositiva presencial, o autor a desmitifica. Para isso, ele considera o currículo intensivo fundamental à construção de uma universidade dotada de um reduzido e seleto corpo docente. Tal corpo possui professores pesquisadores, um grupo auxiliar e um local de pesquisa com notória infraestrutura.
  • O relacionamento existente entre universidade e pesquisa é menos complexo e delicado que aquele entre escola e pesquisa.
  • Ao final da obra, há uma valorização da avaliação que zela pela capacidade construtiva do aluno, e, ao mesmo tempo, há um desprestígio de provas que somente exigem respostas preestabelecidas. Destarte, seria possível avaliar toda a conjuntura do sistema educacional, desde as capacidades do aluno até o professor e suas aulas.

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