Metodologia da Pesquisa Científica O Conhecimento

Disciplina: Metodologia da pesquisa científica

1. O conhecimento

O ato de pensar e a curiosidade são características inerentes ao ser humano. Como deixa evidente o escritor João Álvaro Ruiz, ao pensar o homem começa a desenvolver seu senso crítico e obter conhecimento, sendo que este pode ser dividido em dois tipos: conhecimento sensorial e conhecimento intelectual. Tendo como premissa que todo conhecimento é um tipo de apreensão do mundo sensível por parte do sujeito cognoscente, pode-se entender que, o homem e os animais irracionais possuem percepção cognitiva para o conhecimento sensorial (as cores, os movimentos, a temperatura e etc.). No entanto, o homem consegue abstrair mais da realidade através do conhecimento intelectual, em que ele possui a capacidade de comparar, analisar e generalizar.

Dentre os conhecimentos intelectuais pode-se citar o científico, que consiste em investigar um objeto específico e ter um método para fazer o controle da observação desse objeto. Ele Surge não só pela necessidade de encontrar soluções para problemas práticos e cotidianos, mas da vontade de obter explicações concretas que possam ser testadas e contestadas através de provas experimentais.

1. Conhecimento vulgar e empírico

O conhecimento vulgar é o conhecimento do povo, o modo comum, espontâneo, pré-crítico de conhecer. É uma informação que se transmite por ouvir dizer, sem saber ou pesquisar as reais causas. Ao longo da vida o homem vai acumulando conhecimento de suas experiências causais, do que viu pessoalmente, do que ouviu de suas vivencias, sem analisar as origens dos fatos, esse modo de conhecimento é o vulgar. É notável que o conhecimento vulgar constitui a maior parte do conhecimento de qualquer homem, pois para se integrar a família, ao trabalho e a sociedade não é necessário estudar lógica ou teorias científicas.

O conhecimento vulgar é tido como um conjunto de crenças, que são amplamente partilhadas e que tiveram sua origem na experiência cotidiana, de forma acrítica, e transmitida acriticamente de geração em geração.

O conhecimento empírico também é aquele conhecimento que adquirimos com o cotidiano, com base na tentativa e erro, ou seja, o conhecimento adquirido através da observação, da experiência, do senso comum, dispensando a necessidade de comprovação científica. Empírico tem sentido de experiência do dia-a-dia.

1. Conhecimento científico

Ainda segundo o escritor João Álvaro Ruiz, em seu livro Metodologia Científica, o conhecimento científico consiste na capacidade de analisar, de explicar, de desdobrar, de justificar, de induzir ou aplicar leis, de predizer com segurança eventos futuros. A ciência é caracterizada em ser a propensão do ser humano por procurar explicações válidas, para que se possa questionar e exigir respostas e justificativas que sejam convincentes. Realmente conhecer é conhecer pelas causas; o conhecimento científico é quando esse saber é capaz de ser demonstrado, é saber explicar os fenômenos e não só os aprender.

Conhecimento científico é sistemático, pois é um saber ordenado logicamente e não conhecimentos dispersos e desconexos. Ele é verificável, de modo que as hipóteses que não podem ser comprovadas não pertencem ao âmbito da ciência.

1. Conhecimento filosófico

O conhecimento filosófico tem a interrogação como princípio. Esse conhecimento usa o questionamento e o pensamento como base, ele é um conhecimento do cotidiano, mas difere do conhecimento vulgar pois, o conhecimento filosófico se preocupa em questionar a relação do indivíduo com o meio no qual ele está inserido.

Segundo as escritoras Marina de Andrade Marconi e Eva Maria Lakatos, o conhecimento filosófico é tido como valorativo, são hipóteses que não poderão ser submetidas à observação. Este conhecimento não é verificável, pois as hipóteses filosóficas não podem ser confirmadas ou negadas. No entanto, ela é racional, pois consiste num conjunto de enunciados logicamente interligados. Logo, o conhecimento filosófico consiste no esforço da ração pura para levantar questionamentos relativos aos problemas humanos e saber discernir entre o que é o certo e o que é errado, recorrendo apenas as luzes da razão humana.