Peça Ação de Danos Morais
Por: Tayuane Araujo • 27/5/2018 • Trabalho acadêmico • 1.357 Palavras (6 Páginas) • 95 Visualizações
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ASSIS-SP.
JOANA, brasileira, aposentada, inscrita no CPF n. 000.000.000.00, portadora do RG n. 0000000, residente e domiciliada na Rua Fortaleza, n° 100, CEP 00000-000, na cidade de Assis-SP, representada por seus advogados que a esta subscrevem (procuração em anexo), os quais recebem intimações no endereço contido na procuração, vem, respeitosamente, a presença de Vossa Excelência, propor
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, MATERIAIS e ???????
em face de HOSPITAL SAÚDE E FELICIDADE LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ sob o n. 00.000.000/0000-00, com endereço na Rua Quintino Bocaiúva, n° 1020, Bloco Universitário, CEP: 00.000-000, na cidade de Itu- SP. E PAULO, brasileiro, casado, médico ortopedista, residente e domiciliado a Rua Ilhabela, n° 215, na cidade de Itu-SP. Onde podem receber intimações e citações como de costume, pelos seguintes fatos de razoes de direito.
- DOS FATOS
No dia 05 de fevereiro de 2018, Joana, com 69 anos, já idosa, resolveu realizar uma consulta médica, pois há alguns dias sentia-se incomodada e com fortes dores abdominais. Para tanto se locomoveu por cerca de 400 quilômetros até o Hospital Saúde de Felicidade LTDA na cidade de ITU-SP, onde acreditou que poderia ser melhor atendida. O que de fato não ocorreu.
Ao realizar a consulta, ficou constatado que Joana estava com uma alta quantidade de cálculo, não podendo ser tratado apenas com medicamentos, deveria passar o mais rápido possível por um procedimento cirúrgico para retirada de sua vesícula biliar. Diante disso, Joana preocupou-se em excesso com seu estado de saúde, pois como se sabe, já tinha idade avançada (69 anos) o que pode ser considerado um fator de risco.
Entretanto, como essa era a única alternativa, agendou sua cirurgia.
Além do lado emocional, a requerente ainda teve de se preocupar com o lado financeiro, pois como se espera um procedimento deste nível geraria um elevado custo e Joana contava apenas um salário mínimo da aposentadoria que recebe.
O procedimento para retirada da vesícula biliar foi agendado para a próxima semana, dia 12 de fevereiro de 2018. E assim foi feito. No dia 12/02/2018 a requerente se locomoveu novamente até a cidade de Itu e realizou o procedimento com o cirurgião disponível, Dr. Paulo.
Obteve alta hospitalar no dia seguinte e voltou a sua casa, acreditando estar tudo resolvido, sem mais problemas e que de agora em diante não mais sentiria as fortes dores que antes a incomodavam.
Passados alguns dias as dores continuavam a insistir, a requerente chegou a pensar que poderia ser devido ao procedimento que por sua elevada idade, demorara mais a passar. Porém, as dores foram se prolongando, e com cerca de cinco semanas após a cirurgia a requerente Joana não pôde mais aguardar e decidiu procurar outro médico, agora mais próximo e de sua confiança.
Pois com as fortes dores que sentia e o elevado gasto do ultimo mês, não podia sequer procurar o médico anterior e o hospital a qual havia realizado o procedimento.
Quando realizados os novos exames, para surpresa e desespero da requerente foi constatado que sua vesícula biliar não havia sido retirada, sequer mexida, o cálculo, razão de sua dor ainda estava intacto e progredindo.
Ficou constatado ainda, que além de não sanar seu problema e consequentemente sua dor, ainda lhe foi extraído seu apêndice em perfeito estado, por equivoco e grave erro médico.
Nesse momento a requerente vê-se totalmente desolada. Sentiu-se totalmente enganada e prejudicada. Pois depositou sua confiança tanto no médico que a atendera quanto no hospital, que acreditou ser capaz de suprir suas necessidades.
A requerente passou por procedimento cirúrgico que poderia até mesmo ter colocado sua vida em risco considerando sua elevada idade. Além disso, e ainda mais importante, a cirurgia não obteve o seu objetivo alcançado, pelo contrário, lhe foi retirado um órgão em perfeito estado (apêndice) e deixado intacto um órgão doente, motivo de ter sido submetida ao procedimento (calculo na vesícula biliar).
Indignada, Joana foi a procura de informações sobre o médico que havia realizado sua cirurgia, e descobriu ser ele médico ortopedista e não cirurgião geral. Sendo, portanto, totalmente incapaz de realizar o procedimento, sem experiência alguma na área, tanto é, que por erro, confundiu-se e retirou o órgão errado, deixando o motivo das fortes dores de Joana, ainda lá, intacto.
Após todo susto, a requerente ainda preocupou-se com seus gastos, pois foram de alta monta, levando em conta que recebia apenas um salário mínimo advindo de sua aposentadoria.
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