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Preconceito Linguístico

Por:   •  6/4/2016  •  Seminário  •  1.978 Palavras (8 Páginas)  •  607 Visualizações

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Primeiras Palavras

Em sua obra, o autor Marcos Bagno reflete nas primeiras palavras, o estudo da língua que por muito tempo vem sendo esquecida, principalmente na cultura da educação brasileira, fazendo com que o estudo seja baseado em uma gramática normativa, tomada por contradições em seu ensino. Desta forma, a língua se encontra precariamente desatualizada, sendo alvo de preconceitos nas regiões diversas do Brasil.

A Gramática tomou força no ensino, porém essa forma deve ser concentrada na maneira de falar das pessoas que a utilizam. É preciso que gramática e língua andem em paralelo, sejam únicas, equivalentes entre si e travem um ensino sem preconceitos e de grande utilidade cultural para o País.

A língua em diversas regiões do Brasil está sendo ironizada quando expressa, ao invés de ser estudada como uma forma real e não abstrata. O autor chama atenção para um agravante social. É preciso ganhar tempo também com a língua que falamos e deixar as críticas aos erros de quem ás falam de lado e colocar como estudo principal, pois não existe forma de falar errado e sim formas de falar certo em diversas localidades da nossa nação.

Marcos Bagno expõe um outro tema ligado a nossa Língua e precariedade de ensino, a exclusão social e discriminação que toma conta de todo o País. Podemos perceber essa exposição no livro ao analisarmos a capa e contra capa de seu, onde trás uma família (nordestina) demonstrando a classificação social e educacional do País.

A classe exposta dessa e de outras regiões presente no livro são, de fato, alvo de discriminação e exclusão social por parte de uma sociedade pobre culturalmente incapaz de refletir que a região e a forma como essas pessoas se expressam é a nossa língua natural e social de vida. Não podemos usar essa ferramenta como forma de excluir e discriminar, na verdade é preciso destruir este preconceito e colocar melhores formas para absorver uma educação de qualidade para todos, independente da sua localidade e posição social pois ninguém está livre desses erros

O objetivo é formar um estudo amplo, não só da gramática, e sim um estudo mútuo de gramática e língua em um só propósito, a educação nacional como um todo.

Mito 1: “O português no Brasil apresenta uma unidade surpreendente”.

Um dos maiores mitos é dizer que no brasil estamos todos enquadrados em uma linguagem única, dizer que somos uma nação homogênea e que falamos a mesma língua. Seria uma grande inverdade, além do que estamos falando de nada menos que 190 milhões de pessoas, onde incide uma variedade de dialetos, fonética e vocabulários regionais.

São faladas em tornos de 200 línguas diferentes no território nacional, como por exemplo a língua indígena, a língua traduzida pelos imigrantes europeus e asiáticos, a língua surgida em contato nas fronteiras com países vizinhos, a língua africana trazidas pelas vítimas do sistema escravagista.

A ciência linguística moderna já comprovou que não existe nenhuma linguagem no mundo que seja uniforme e homogênea, isso não passa de uma ficção, mas a verdade é que qualquer língua humana viva é heterogênea porque apresenta variações em todos seus níveis estruturais. Além do que também há variação social e regional.

Portanto, podemos afirmar que estamos longe de um língua uniforme no Brasil pois existe uma grande injustiça socioeconômica que contribuí ainda mais com um desiquilíbrio linguístico.

Em 2006 foi feito um levantamento onde apontou que somos o oitavo país com a pior distribuição de renda em todo o mundo. Essa desigualdade social nos trás grande retrocesso no avanço da linguagem uniforme, pois maior parte da população brasileira são classificadas em nível social baixo são os moradores de zonas rurais ou das periferias das grandes cidades, miseráveis ou pobres, analfabetos ou semi analfabetos. Temos também uma classe social com poder aquisitivo mais elevado como os moradores de centros urbanos, que possuem nível de escolaridade maior e poder aquisitivo mais elevado.

Todo esse desequilíbrio socioeconômico influencia ainda mais para o abismo linguístico, compreendendo que o que tem mais condições financeiras tem melhores recursos sociais e educativos, e o de menor, menos favorecido de recursos, muitas vezes não conseguem vagas nas escolas para estudar.

O fato é que se não temos uma boa estrutura nacional não podemos cobrar uma linguagem uniforme. A educação no nosso país ainda é um privilégio que nem todos podem ter devido a essa desigualdade social existente. Milhões de brasileiros vivem em uma precariedade sem terra, sem teto, sem saúde ,sem trabalho e existem milhões de brasileiros que poderíamos chamar de sem língua. Como nem todos podem ter acesso a uma linguagem mais avançada, a grande maioria não consegue ter acesso a essa “língua” empregada pelas instituições oficiais e pelos órgãos de poder.

Cerca de 25% (50 milhões) dos brasileiros vivem em condições precárias e com pouco acesso à educação formal, já 2,4% (2 milhões) detêm 33% da riqueza nacional. Esse grau de desigualdade monstruoso coopera ainda mais para um desequilíbrio linguístico, mas devemos ressaltar que no Brasil a lei é pra todos mas nem todos conseguem entender. Por seu vocabulário formal a Constituição Federal já começa sendo um fator de discriminação social, pois quem não tem conhecimento não pode compreendê-la.

Os menos favorecidos de conhecimento linguístico em alguns casos não conseguem usufruir de diversos serviços por não entender a linguagem empregada pelos órgãos públicos, sendo esse um grande problema de comunicação Inter dialetal.

Existem diversos tipos de classes linguística e é preciso conscientizar as escolas, as instituição voltadas para educação e educadores a abandonar esse mito de língua uniforme, adequando para a diversidade linguística vivida em nosso país.

Dessa forma, é preciso realizar uma análise pedagógica mais profunda para não confundir com uma insuficiência de conhecimento, para que todos os alunos possam compreender as linguagens avançadas e não sofram preconceito pela falta de tal conhecimento. Precisamos inserir todos os brasileiros nessa linguagem para que consigam interpretar e entender seus direitos, deveres e obrigações. Assim, todos os cidadãos poderão usufruir de tudo que lhes compete como rege a própria Constituição Federal e alcançar um nível avançado de linguagem atingindo um nível de igualdade linguística nacional.

Mito 2: " Brasileiro não sabe português

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