RESENHA DE ROBINSON CRUSOÉ
Por: CONTABICO • 2/4/2016 • Resenha • 1.242 Palavras (5 Páginas) • 2.417 Visualizações
CURSO: DIREITO (Período I)
DISCIPLINA: Filosofia Jurídica
PROFESSOR: Gelk Costa Silva
ACADÊMICO: João Carlos Barroso
ROBINSON CRUSOÉ
Escócia, Setembro de 1703.
Num conflito pessoal, Robinson e seu amigo Patrick travam um duelo em honra ao amor pela mulher preferida por ambos.
No embate, Robinson leva a melhor, pois manejava bem a espada e momentaneamente poupa a vida de seu oponente, concedendo-lhe o direito à vida. Porém ao sair, foi atentado traiçoeiramente, mas com boa desenvoltura, conseguiu desvencilhar um golpe fatal ao seu oponente e agindo em legítima defesa, tirou-lhe a possibilidade de viver.
O irmão do seu oponente ainda tentou vingar sua morte, mas foi interpelado por outro amigo de Robinson Crusoé que o protegeu fazendo impor a justiça e o direito que o mesmo empreendesse retirada do local. Indo até sua amada, ela permite que ele viaje e volte em um ano para casarem, então ele embarca em um navio e passa a viajar pelos mares conhecendo vários países tornando-se o “escrivão de bordo”.
Durante uma dessas viagens, uma forte tempestade faz com que o capitão perca o controle da nau levando o de encontro a rochedos que a abate e destrói a embarcação ceifando a vida de quase toda a tripulação. Na calmaria da tempestade, Robinson Crusoé desperta já em terra, depois de observar os corpos estendidos na orla da praia, os enterra. Nosso protagonista avista sua embarcação presa aos rochedos e nadando vai até ela, lá encontra um cachorro que o leva consigo e alguns mantimentos e suprimentos.
Faz uma vistoria percorrendo um trecho de terra firme e conclui que se encontra em solo desconhecido, mas precisamente numa ilha desconhecida, que se tornou seu território. Desta vez o conflito é a solidão, mas passa a viver harmoniosamente com a natureza, tendo como companhia somente o cachorro Skipper (único sobrevivente na nau capitaneada por seu dono). Ali passou a viver tal qual o prisioneiro que aguarda o alvará de soltura, na esperança de algum navio passar e ele ser liberto, indo com este embora daquele lugar. Naquele seu território colocou uma cruz gravando nela a data de sua chegada 30/09/1705, e pontuando a corte de facão cada dia ali passado.
Depois de um período, aparece um grupo de nativos conduzindo outros três nativos para ali os sacrificarem, pois aquela ilha para eles era chamada “ilha da morte”, ou seja, juridicamente falando, ali era o local da execução do indivíduo. No momento de executarem o último prisioneiro, Robinson Crusoé interpela o ato condenatório, concedendo a ele a possibilidade de fuga e livramento da morte, o que veio ele posteriormente “endeusar” o homem branco que salvou sua vida, mas estranhamente, age sorrateiramente com Robinson Crusoé, que o implorou por sua amizade, oferecendo-lhe comida em troca de paz e bom relacionamento
Outro conflito, desta vez, por perceber que o nativo é canibal. Então ele se isola em sua fortaleza edificada de pau-a-pique, e construída com armadilhas no intuito de se proteger, mas passado algum tempo, ele resolve sair e é surpreendido dessa vez por uma armadilha produzida pelo nativo. Quando se liberta, acontece a segunda aproximação e o primeiro contato, quando expõem suas armas e então Robinson Crusoé pensa em um nome e o chama de “Sexta-Feira”, por ser aquele dia da semana uma sexta-feira, e o ensina a chamar de “Mestre” impondo que esse o obedecesse, na hora de dormir era colocado nele por precaução, grilhões que não lhe deixasse fugir ou até mesmo sofrer por ele uma agressão física, pois afinal agora estavam ambos morando em um mesmo barraco, sendo que Robinson Crusoé o tinha como seu subordinado
Seis meses depois, o nativo já está falando o mesmo idioma de Robinson Crusoé, quando o seu “mestre” fala de Deus criador para o Sexta-Feira, mas o nativo fala de seu “deus” o PAKIA (Crocodilo), que segundo a sua crença, foi quem criou o sol, lua e o homem. Mais uma vez há um conflito, desta vez por cada um acreditar em suas próprias crenças e convicções, rompendo mais uma vez a relação de amizade e companheirismo que havia sido construída até ali, devido um querer impor ao outro sua fé religiosa. Duas culturas que coexistem misturadas conhecem-se reciprocamente. Antropologia cultural é, ela mesma, uma abordagem das outras culturas. O conhecimento a que me refiro pode ser crítico, cientificamente avaliado e cientificamente determinável. Essa penetração na identidade do outro tem aumentado desde que a febre do saber se apoderou de uma parte da humanidade - Trazendo para os dias contemporâneos, a religião tem proporcionado conflitos entre nações por motivos semelhantes aos de Robinson Crusoé e Sexta-Feira. Busca-se erroneamente e inexistente o caminho para paz, porque a paz já é verdadeiro caminho. – Passado algum tempo Robinson Crusoé procura seu amigo e com pedido de perdão reconhecendo seu erro, reatam suas amizades selando o reencontro com a divisão do alimento pescado pelo nativo.
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