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RESENHA SOBRE A OBRA “ANTÍGONA” DE SÓFOCLES

Por:   •  23/5/2017  •  Resenha  •  1.743 Palavras (7 Páginas)  •  1.079 Visualizações

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UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E

DAS MISSÕES - URI CAMPUS SANTIAGO

ALINE TRINDADE BORBA

RESENHA SOBRE A OBRA “ANTÍGONA” DE SÓFOCLES

ANTÍGONA: COSTUMES X LEIS

SANTIAGO

2015

ALINE TRINDADE BORBA

RESENHA SOBRE A OBRA “ANTÍGONA” DE SÓFOCLES

ANTÍGONA: COSTUMES X LEIS

Resenha Crítica da obra “Antígona” de Sófocles apresentada a professora da disciplina de Introdução ao Estudo do Direito I            Ma. Fabiana Barcelos da Silva Cardoso.

SANTIAGO/RS

2015

Antígona: Costumes x Leis

O texto a seguir, tem como referência a obra: “Antígona” de Sófocles, onde faço a resenha crítica dessa obra. Sófocles foi um importante dramaturgo grego escritor de tragédias.

A história da peça “Antígona”, passa-se na Grécia Antiga e trata da escolha da personagem Antígona em colocar o dever dos homens com Deus antes das leis do Estado.

Os fatos ocorridos nessa obra são consequência de uma história que inicia com o reinado de Tebas pelo rei Laio e a rainha Jocasta. Eles têm um filho, e segundo os oráculos gregos, estava predestinado a matar seu pai e casar-se com sua mãe.

O rei Laio, temendo por sua morte, mandou seus servos matarem o menino o qual furaram os pés da criança e penduraram em uma árvore, deixando-a na floresta para ser devorada por animais.

Édipo (significa: pés furados), foi encontrado por camponeses que o entregaram para um casal que não poderia ter filhos. Ele cresceu acreditando que estes eram seus verdadeiros pais, e consultando ao oráculo descobriu seu triste destino, e com medo que este se cumprisse, fugiu para Tebas.

No caminho da fuga, Édipo, predestinado pelos oráculos, encontra uma carruagem e o coche o afronta o que resulta na morte do coche. Indignado, o rei Laio, sai da carruagem e vai tirar satisfações o com o rapaz e numa luta entre os dois Édipo acaba matando o seu pai, sem saber.

 Chegando a Tebas, Édipo encontra a cidade sem rei e ameaçada por uma criatura enigmática, a Esfinge, que desafiava quem fosse para decifrá-la. A rainha Jocasta que ofereceu sua mão em casamento, uma vez que o rei Laio havia sido morto, para quem destruísse a Esfinge. Édipo salva a cidade de Tebas do terror que a Esfinge, decifrando o enigma e casa-se com a rainha, cumprindo assim o que os oráculos haviam previsto.

Com Jocasta, Édipo teve quatro filhos: Etéocles, Polinice, Ismênia e Antígona. Ao descobrir que de fato fora criado por pais adotivos e que o que os oráculos haviam previsto se cumpriu, casando-se com sua mãe (Jocasta) e matando seu pai (Laio), Édipo se pune furando seus olhos por não reconhecer a própria mãe e abdicou o trono em favor de seus filhos gêmeos Etéocles e Poliníce.

Tomando conhecimento do ato imoral que até então seu pai havia praticado, Etéocles e Poliníce expulsaram o pai Édipo de Tebas. Antes de Édipo sair de Tebas ele rogou uma praga para a pólis grega e disse ainda que seus dois filhos iriam tornar-se inimigos se que se matariam um ao outro.

Com o fato ocorrido conforme Édipo havia previsto, Tebas fica sem seus dois reis e então Creonte (cunhado de Édipo), assume o cargo de rei de Tebas.

Ao assumir, Creonte faz um decreto, onde o falecido rei Etéocles teria todas as honrarias conforme os costumes gregos. Já Poliníce, seria tratado como um traidor de Tebas não sendo digno que lhe fizessem os rituais dos mortos gregos e a pena para quem desobedecesse tal decreto era a morte.

Aqui começa a obra “Antígona”, com um diálogo entre as irmãs Antígona e Ismênia, onde Antígona quer convencer sua irmã a ajudá-la a enterrar seu irmão Poliníce para não ir contra as leis divinas. Ismênia, por sua vez, temente por suas vidas, e pela incapacidade de ação das mulheres frente a um decreto do rei Creonte, tenta argumentar que não se pode agir contra uma lei do rei. Já Antígona, ciente de suas crenças, não teme a morte e desobedece a lei do rei para não ser castigada pelos deuses por profanar um cadáver, ainda mais sendo do seu irmão.

  O rei Creonte descobre que seu decreto fora desobedecido e quem o fez foi Antígona, sua sobrinha e noiva de seu filho Hemón. Antígona alega que as leis dos homens não podem ir contra as leis divinas que são irrevogáveis. Ela acreditava que a morte de seus irmãos se deu por luta de ideologias diferentes e não se tratou de um ato de traição por parte de Poliníce.

Tomado pela ira da afronta de Antígona ao seu poder, Creonte condena a sobrinha à morte e ignora os argumentos que Antígona utilizou para realizar os rituais fúnebres no cadáver do irmão.

Corifeu, o conselheiro do rei, acusou o caráter indomável de Antígona como culpado por sua morte.

Hemón tenta trazer seu pai para a razão percebendo a injustiça que Creonte estava fazendo ao condenar Antígona à morte por ter um ato de piedade. Hemón tentou fazer seu pai ver que estava condenando sua noiva por honrar um morto da sua família e que ela não havia praticado o mal. Ele também tentou fazer seu pai pensar que o Estado não pode pertencer a um homem só e tentou fazer seu pai perceber que levando adiante a decisão de matar Antígona por tal ato, demonstraria consequentemente um ato de tirania e autoritarismo o que mostraria a falta de discernimento do rei frente à justiça.

Creonte também não cedeu aos argumentos do filho e revoltado, Hemón foge de Tebas.

Corifeu, indicou ao rei a agir com prudência e misericórdia quanto a este episódio de Antígona sepultar seu irmão para que não recaísse a ele as consequências irrefutáveis de suas ações.

Tirésias, um profeta cego de Tebas, consultou os oráculos e percebendo os sinais dos deuses veio até Creonte para aconselhá-lo. Disse Tirésias que os deuses estavam furiosos e saciados de sangue por tanta desgraça e que as resoluções de Creonte estavam afrontando os deuses. Que ele não deveria desafiar os deuses e profanar um cadáver e sua teimosia produziria imprudência e este seria castigado pelas leis divinas pagando com sangue dos seus descendentes.

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