RESENHA OBRA LITERÁRIA: “SENHORA”
Por: wwcartuchos • 29/9/2018 • Resenha • 855 Palavras (4 Páginas) • 846 Visualizações
RESENHA
OBRA LITERÁRIA: “SENHORA”
Referência bibliográfica:
ALENCAR, José de. Senhora. Coleção descobrindo os clássicos, Record, Brasil, 2001. 284 páginas.
Biografia:
José de Alencar, escritor brasileiro nasceu no Ceará em 1829 e veio a falecer aos 48 anos de idade, vítima da tuberculose, em 1877. Foi um dos maiores representantes da corrente literária indianista. O autor instituiu uma literatura nacionalista onde se demonstra um modo de sentir e pensar caracteristicamente brasileiro, uma vez que as suas obras mostram a cultura do povo, a história e as regiões brasileiras com uma linguagem inovada para a época. Jose de Alencar deixou várias obras as quais fazem sucesso até hoje. “O Guarani”, “Senhora”, “Iracema” e “A Viuvinha” foram alguns romances de grande importância do autor.
Resenha:
A obra de José de Alencar “Senhora” é um romance referente as incoerências da sociedade e do ser humano, edificando uma apresentação da mulher, no desenvolver do conto é apresentado a personagem de Aurélia, que às vezes transluz a figura angelical, outra uma cobra demoníaca.
Contudo, Aurélia ainda sendo uma senhora decidida, firme e brava, não pode sustentar essa atitude na sociedade e, sendo assim, Alencar tem como opção autorizar a absolvição de Seixas e assim, acaba incidindo a sua libertação.
Publicada em 1875, a obra Senhora, foi uma das derradeiras escritas por José de Alencar, utilizando como tema o matrimônio como modo de elevação social, o autor deu-se início a um debate referente a determinados valores e condutas da sociedade do Rio de Janeiro, decorrentes de um sistema econômico em pleno desenvolvimento no séc. XIX no Brasil.
Percebe-se também na obra “Senhora” existe uma crítica em grande sagacidade de determinados temas sutil da conjunção social exposta no mencionado período, em que fala-se questões do matrimônio de modo especial, sobre a libertação feminina.
A história exibe rigorosas críticas à deslealdade daquela época, uma vez que protesta a utilização do dote que conduzia os casamentos daquele período e a função que a mulher era debelada, sendo desprezada em seu amor estando sujeito das qualidades financeiras. Contudo, destaca-se que “Senhora” é visto como um conto romântico brasileiro que primeiro realizou o discurso feminista.
Todavia, ainda que identifique uma representação feminina que se revolta contra a superioridade predominante masculina, para uma apreciação mais substanciosa referente da forma de analogia feminina em “Senhora”, dando início da figura dramática de Aurélia Camargo.
Vê-se que no transcorrer do pronunciar de Aurélia é apresentada como uma representação de mulher arrogante, firme e com aptidão de exceder a autoridade masculina por ter precisamente o que a coletividade estabelecia (o dinheiro), é no planejamento da arrogância que vê-se que Aurélia é uma mulher delicada, sonhadora e que a sua força vingativa manifesta-se por causa do dinheiro assim, ela acaba não sendo a mulher ideal, representante, um padrão de modelo feminino.
Todavia, Alencar coloca o contador no conto, buscando compreender e estimular as aflições da alma de Aurélia, porém conhecedor dos limites e da abrangência da obra, limitando-se a mencionar o que abrange, permitindo à esperteza de compreender o verdadeiro motivo de abordagens e tanto descobertas.
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