Resenha Crítica de Caso/Artigo
Por: Paulo Froes • 2/3/2020 • Resenha • 625 Palavras (3 Páginas) • 220 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PÓS GRADUAÇÃO EM DIREITO PÚBLICO: CONSTITUCIONAL, ADMINISTRATIVO E TRIBUTÁRIO
Resenha Crítica de Caso/Artigo
Paulo Eduardo Simão Fróes
Trabalho da disciplina Temas constitucionais contemporâneos
Cabo Frio
2020
LIMITES EXEGÉTICOS DO ATIVISMO JUDICIAL: POR UMA
ESTRATÉGIA HERMENÊUTICA DE PRESERVAÇÃO DO ESTADO
DEMOCRÁTICO DE DIREITO
Esta resenha trata do estudo de caso envolvendo o artigo “dogmatic limits to the judicial actvism: for one dogmatic strategic of presevertion of rule of law”.
O artigo em análise tem como principal objetivo a análise dos limites do ativismo judicial com vistas a não violação da separação dos poderes, ou seja, o afastamento da possibilidade de se criar, parafraseando os autores, um “Estado Judicial de Direito”.
A proposta dos autores para permitir uma ativismo judicial necessário e que não viole o princípio da separação dos poderes e o núcleo essencial dos direitos fundamentais elencados por nossa Constituição é a criação de novas modalidades da eficácia constitucional a partir de uma estrutura normativa tridimensional, composta de uma parte nuclear (área de conteúdo essencial da norma constitucional), uma parte ponderável (área de conflito com outras normas constitucionais de mesma hierarquia) e, finalmente, uma parte metajurisdicional (área de eficácia meramente negativa, sem criação jurisprudencial do direito).
Há uma crítica a abordagem que concebe o direito como um sistema formal autossuficiente, como se fosse autônomo em relação à sociedade e suas vertentes.
Segundo os autores a racionalidade jurídica positivista parte de uma lógica de “ordem em um sistema sem contradições”, que não se coaduna com as antinomias objetivas do direito constitucional contemporâneo, eivado de colisões de normas constitucionais de mesma hierarquia.
É exatamente nesse ponto que peca racionalidade jurídica positivista, pois, segundo os autores, o neo constitucionalismo se desenvolve exatamente neste espectro normativo de conflito de normas com a mesma dignidade constitucional, o que evidentemente requer um tipo de racionalidade jurídica que se paute no pensamento discursivo que é, por excelência, um pensamento lógico.
Para eles, o magistrado tem a tarefa de identificar a retidão material do texto da lei a partir de criteriosa seleção dos fatos reais do caso concreto que incidem sobre ela no plano preliminar de significação. Precisa ter plena consciência de que a dimensão retórica de sua norma-decisão é parte integrante da normatividade do direito e por isso mesmo suscetível de controle intersubjetivo por parte de comunidade aberta de intérpretes da Constituição.
O que os autores buscam, na verdade, é fornecer elementos em que o intérprete justifique para toda a comunidade que interpreta a constituição sua norma decisão, de forma a transformar o texto da norma abstrata em norma concretizada.
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