TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Resenha Sobre Eutanásia

Por:   •  4/4/2021  •  Resenha  •  624 Palavras (3 Páginas)  •  442 Visualizações

Página 1 de 3

MARQUES, Adriana; COSTA, Marcella; FELIX, Zirleide; MEDEIROS, Fabiana; GARRIDO, Cristiani. Eutanásia, distanásia e ortotanásia: revisão integrativa da literatura.

RESENHA CRÍTICA

Indira Gorgulho – Diurno

        Os autores dão início ao estudo fazendo uma breve introdução, onde apontam a dualidade existente entre os avanços da medicina e é interessante a maneira que nos conduzem a refletir sobre a busca contínua por ser saudável e, consequentemente, pela longevidade. Ademais, mostram como é imprescindível a discussão sobre o impasse entre métodos artificiais para prolongar a vida e a atitude de deixar a doença seguir sua história natural, uma vez que o que, realmente, deve ser realizado para o paciente é um dilema ético de difícil decisão, porém que determinará, em última instância, todo o processo de morte de um ser.

.        Em seguida, identificam de forma sucinta e clara os conceitos de eutanásia, distanásia e ortotanásia. O primeiro compreende uma prática ilegal no Brasil, todavia, a eutanásia é uma forma de tratamento de pacientes portadores de doenças incuráveis, cujo objetivo é garantir a essas pessoas uma morte mais humanizada, com menos sofrimento, e, por isso, é aceita em alguns países como a Holanda e a Bélgica. A distanásia, por sua vez, é usada para indicar o prolongamento do processo da morte, por meio de tratamento que apenas prolonga a vida biológica do paciente, sem qualidade de vida e sem dignidade, ou seja, diferencia-se da eutanásia, pois nesta a preocupação principal é com a qualidade de vida remanescente e não de se fixar na quantidade de tempo e de instalar todos os recursos possíveis para prolongá-la ao máximo. O último conceito também é muito importante, visto que, etimologicamente, significa morte correta. A ortotanásia corresponde a morte desejável, na qual não ocorre o prolongamento da vida artificialmente e nem promove seu encurtamento.

        Vale ressaltar que este tema provoca dúvidas e gera debates entre o dualismo do privilégio da morte digna e o direito de deliberação da morte. Entretanto, a diferença reside em: a faculdade de decidir sobre a morte está relacionada à eutanásia, que traduz o auxílio ao suicídio, através de procedimentos que provocam a morte. Por outro lado, o direito de morrer de forma digna diz respeito a uma morte natural, com humanização, sem que haja o prolongamento da vida e do sofrimento.

        Por fim, em resultados e discussões, os autores esclarecem que a eutanásia, quando legalizada, pode ser realizada por um médico, um enfermeiro, qualquer um dos profissionais da área de Saúde ou mesmo por um familiar. E ainda, que a literatura assinala três modalidades de conduta que podem ter como resultado a morte do paciente, quais sejam: conduta omissiva – quando o agente, mesmo tendo condição e/ou obrigação de prestar um serviço, uma terapia, uma medicação ao paciente, não o faz, convicto de que estará abreviando seu sofrimento; conduta ativa direta – aplicação de terapias analgésicas com a intenção primordial de aliviar as dores do paciente terminal, sabendo que essa medicação resultará no falecimento dele e por último a conduta ativa indireta compreende aquela que, motivada por convicções humanitárias, leva o agente a produzir a morte antecipada de um paciente que esteja com uma doença incurável, com sofrimento atroz e qualidade de vida ínfima, mas que, sozinho, não seja capaz de se suicidar.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (3.8 Kb)   pdf (66.4 Kb)   docx (8.4 Kb)  
Continuar por mais 2 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com