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Resenha do Caso Harvard Prospecção Internacional em Calçado Esportivo: Nike e Reebok

Por:   •  5/11/2018  •  Resenha  •  1.035 Palavras (5 Páginas)  •  396 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

Pós-graduação em Direito Público: Constitucional, Administrativo e Tributário

Resenha do Caso Harvard Prospecção Internacional em Calçado Esportivo: Nike e Reebok

                       

Nome do aluno: Clehilton Paiva de Carvalho

Trabalho da disciplina Direitos e Garantias Fundamentais

Tutor: Profa. Daniella Duque Estrada

Niterói/RJ

2018

ARTIGO: Prospecção Internacional em Calçado Esportivo: Nike e Reebok

TÍTULO

A ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO DA NIKE E REEBOK:A BUSCA PELOS LUCROS VERSUS A ÉTICA E LEGALIDADE DE SUAS PRÁTICAS

REFERÊNCIA:

Prospecção Internacional em Calçado Esportivo:        Nike e Reebok. Escola de Negócios de Harvard. Cambridge, 14 de julho 1994.


O presente artigo traz uma análise sobre a estratégia de produção das empresas Nike e Reebok, no recorte temporal da década de 1990, que se baseava na terceirização e internacionalização da produção em busca de países que ofereciam melhores vetores capitalistas: maior produção em menor tempo pelo menor custo. Além das questões empresariais, o artigo incita à reflexão sobre as condições de trabalho das pontas produtitvas e as responsabilidades das empresas contratantes. As péssimas condições de trabalho em vários países produtores é relatada, além de serem apresentados anexos com os dados estatíticos de produção, custos de mão de obra, lucros e outros dados relevantes.

A forma de negócio gerida pelas empresas Nike e Reebok baseava-se em campanhas publicitárias “de alta visibilidade” e a dedicação de seus esforços basicamente no desenho, design, especificações técnicas e publicidade, não produzindo, efetivamente, o produto.

Elas contratavam com fábricas em países com grande densidade demográfica e mão de obra abundante, além de pouca oferta de empregos locais. Essa combinação resultava em produções em larga escala a baixo custo. Países como Coreia do Sul, Taiwan, China, Indonesia, Tailândia e Filipinas produziam os calçados conforme as especificações contratadas, seguindo fielmente os cronogramas de entrega e os padrões de alta qualidade.

A quantidade abundante e disponível de mão de obra nesses países criava condições que beneficiavam as ambições das empresas, mas que, por outro lado, criavam um paradoxo digno de estudo, pois resvalava em questões profundas como respeito a tratados internacionais sobre o trabalho humano e mesmo os direitos humanos e a dignidade da pessoa humana.

Por um lado, o das empresas contratantes (Nike e Reebok), havia a ideia de que sua forma de gerenciar essa questão beneficiaria as fábricas contratadas e os moradores locais, visto que não havia a disposição deles outras formas de trabalho. Logo, a troca das produções de baixo custo e o consequente considerável lucro pelas oportunidades de trabalho geradas estavam dentro do aceitável. Além disso, é importante destacar que as duas empresas não gerenciavam de maneira direta uma operação de fabricação e não tinham que atrelar o capital social à matéria-prima ou trabalho e em inventário de processo. Com esse modelo a redução dos custos com insumos eram supreendentes.

Por outro lado, nos é apresentado a questão das fábricas e a precariedade das condições de trabalho, além da volatilidade da estabilidade desse negócio, pois, a qualquer sinal de que outra pessoa localidade consiga fazer mais ou o mesmo por menos, as contratantes sem cerimônia trocariam. O caso estudado faz um recorte dessa questão:

Enquanto as contratadas de Taiwan se mudavam para a China, diversas contratadas da Coreia do Sul fecharam as fábricas em Pusan e se mudaram para a Indonésia. O resultado, de acordo com um pesquisador sênior do Instituto Coreano de Tecnologia de Calçados, foi que o emprego nas fábricas de produção de calçados em Pusan caíram de quase 500.000 em 1990 para 120.000 ao final de 1993, colocando 380.000 pessoas fora do trabalho[1].

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