Resenha do Documentário: Auto custo de Preço Baixo
Por: Lígia Evangelista • 25/5/2017 • Resenha • 600 Palavras (3 Páginas) • 1.475 Visualizações
FACULDADE PIO DÉCIMO
CURSO: DIREITO
Relatório do documentário: O custo alto do preço baixo
Aluna: Lígia Evangelista Santos Silva
Turma: 8º B
Matéria: Direito Empresarial
Professora: Kelly Uchôa
Aracaju/SE
24/04/2017
Walmart - O custo alto do preço baixo
O documentário retrata a realidade da multinacional Walmart, a maior loja de varejo dos Estados Unidos, e que possui lojas em vários países, a qual em 2010 foi eleita uma das dez maiores multinacionais. O que o documentário visa demonstrar é quanto custa os baixos preços praticados pela Walmart e quem realmente paga essa conta.
É grande o impacto da chegada da varejista às cidades do interior dos Estados Unidos, e este impacto não costuma ser positivo como se espera. Segundo moradores de uma dessas cidades a concorrência desleal praticada pela Walmart, torna inviável a continuidade do comércio local por não terem condições de concorrerem com os baixos preços praticados pela multinacional. Eles alegam que os baixos preços decorrem de isenção fiscal, baixos salários pagos aos funcionários locais e aos produtos vendidos importados da China. Esse fato tem mudado a aparência dessas cidades, pois com a falência do comércio local, estas têm se assemelhado a cidades fantasmas, com ruas comerciais desertas e lojas fechadas postas à venda sem ter quem as compre.
A Walmart tem recebido bilhões de dólares em subsídios e em troca pouco tem oferecido às cidades onde instala suas lojas, o que tem causado grande prejuízos a essas comunidades.
Fica claro, através dos depoimentos dos funcionários da Walmart, a divergência entre o que dizem os diretores ser a política da empresa quanto ao tratamento dado a seus funcionários e o que se verifica na prática. Segundo ex-funcionários além de receber baixos salários, eles eram obrigados a fazer horas extras sem serem remunerados por elas, sendo que não dispunham de plano de saúde financeiramente acessível aos funcionários, levando-os a depender da assistência pública, causando um impacto bilionário aos cofres públicos.
Além disso, foram relatados casos de racismo apoiados pela gerência da loja e uma política de discriminação do trabalho da mulher, onde a elas era vedado alcançar cargos de chefia.
Ainda há a denúncia de descuido no armazenamento de substâncias químicas tóxicas, que ficam expostas nos estacionamentos das lojas, o que faz com que as aguas das chuvas leve resíduos tóxicos para rios situados próximos dessas lojas. Sendo essa uma das muitas denúncias feitas no documentário, de violação às leis ambientais praticadas pela Walmart.
Contudo, a denúncia mais grave é a situação dos trabalhadores das fábricas ligadas à Walmart, fabricantes dos produtos comercializados por ela. Essas fábricas estão situadas em países onde as leis trabalhistas favorecem o alto lucro da multinacional e nada ou quase nada garantem aos trabalhadores, que desenvolvem suas atividades em ambientes insalubres, em condições análogas à de escravo. Em seus depoimentos funcionários dessas fábricas relatam a jornada exaustiva de 15 horas por dia, sete dias por semana, morando em alojamentos situados dentro das fábricas, sem o mínimo conforto, sendo-lhes cobrado até a luz e a água consumidos, recebendo salários tão baixos que não têm condição de comprar uma simples escova de dentes.
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