Resumo Caso dos Exploradores de Caverna
Por: Natanael Araújo • 31/8/2017 • Trabalho acadêmico • 766 Palavras (4 Páginas) • 523 Visualizações
RESUMO
O livro: “O caso dos exploradores de caverna” faz referencia ao caso de canibalismo que ocorreu em maio de 4.299 anos depois de Cristo (D.C), entre os quatro exploradores de caverna acusados e Roger Whetmore, onde foram presos contra suas vontades, devido desmoronamento de terra que bloqueio completamente à única abertura existente na caverna. Presos durante 20 dias sem alimento e com poucas chances de sobrevivência conseguiram estabelecer comunicação através de radio com a equipe de resgate, que estava do lado de fora da caverna tentando liberta-los.
Na primeira comunicação feita entre o interior e o exterior da caverna foi perguntado aos engenheiros quanto tempo ainda iriam demorar para que ocorresse o resgate e os engenheiros responderam que precisavam de no mínimo 10 dias, dependendo a não ocorrência de novos deslizamentos de terra. Em seguida perguntaram ao presidente da equipe de resgate qual eram as chances de vida na situação em que se encontravam e ele respondeu que eram mínimas, quando então Roger Whetmore tomou a palavra e em nome de todos que estavam na parte interior da caverna questionou ao presidente da comissão de salvamento se haveria chance de sobrevivência durante os 10 dias se eles se alimentassem com a carne de um deles. Contrariado respondeu de forma positiva e Whetmore questionou se era aconselhável ser sorteado quem iria ser morto, mas foi ignorado, de modo que ninguém opinou sobre o assunto e não foram estabelecidas mais comunicações.
Contudo, quando foi efetuado o resgate, soube-se que depois de 33 dias dentro da caverna o Whetmore teria sido sorteado, morto e servido de alimento aos quatro exploradores acusados.
Os réus foram processados e condenados a morte pela forca em 4.300 anos depois de Cristo (D.C), após serem submetidos durante algum tempo a tratamento contra desnutrição e choque emocional.
Tomando de partida o assunto tratado no livro à cima referido, o desenvolvimento abrangera uma ampla discussão da prática de Canibalismo entre os seres humanos, expondo casos e opiniões.
Muitas condutas humanas são consideradas como crime e outras, embora tenham gerado um resultado tipificado como crime, são consideradas ações ou omissões praticadas em estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento de dever legal e no exercício regular de direito. Esses casos estão previstos no Código Penal Brasileiro, art.23, incisos I, II e III. São casos de excludentes de ilicitude e antijuridicidade.
No caso dos exploradores de cavernas, por exemplo, a conduta praticada pelos réus, de acordo com a nossa legislação penal vigente é considerada como excludente de ilicitude ou antijuridicidade. Não praticaram crime porque agiram em estado de necessidade para salvar suas próprias vidas. Pois, para ser crime é necessário que a conduta humana, ação ou omissão, seja um fato típico, antijurídico e culpável.
No século X, século do soterramento dos exploradores, não existia unidade prisional como forma de encarceramento dos criminosos. O infrator da lei penal passava preso somente o tempo suficiente até ser executado de forma cruel como por exemplo, na forca e queimado em uma fogueira ou mutilado, em regra geral, hábito que justifica a condenação dos réus no ano seguinte ao soterramento.
Na cultura indígena, constata-se atualmente, que em certas tribos ocorre o canibalismo. Pois, quando estão em guerra os índios mais fortes das tribos adversárias são mortos e servidos em refeições para os guerreiros da tribo vencedora, com a crença dos guerreiros adquirirem a força física e espiritual dos seus adversários. Acreditam que adquirirão uma evolução para as próximas guerras.
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