Resumo Filosofia Magda
Por: Letícia Malta • 19/5/2019 • Resenha • 3.166 Palavras (13 Páginas) • 199 Visualizações
Anotações Filosofia
Simone de Beauvoir - Olho por Olho
- Antes da guerra não existia o ódio pelo inimigo, entretanto, após Junho de 1940 as pessoas passaram a desejar a morte dos seus inimigos
- Vingança surge como uma atividade de luxo perante a Europa destruída pois segunda guerra
- Existiram alguns casos movidos pelo ódio despertado pelos inimigos na qual as vítimas se vingaram após terem sido libertadas
- se odeia o homem enquanto conscientes de um verdadeiro mal
- Olho por olho, dente por dente. Sentimento de vingança como forma de tentar fazer com que o outro sinta o mesmo que o indivíduo sentiu quando atingido
- Aquilo que se deseja é o aprisionamento da liberdade inimiga
- a morte é muito frustrante para aquele que está aplicando os castigos, porque com a morte, tudo acaba
- “ A Vingança chama outra vingança, o mal gera o mal e as injustiças vão-se somando, sem se destruírem umas às outras.”
- noção de vingança substituída pela ideia/noção de sanção
- na vingança o homem e o criminoso são confundidos na realidade concreta de uma única liberdade
- o tempo para julgamento faz as pessoas perceberem a situação de forma diferente, o ódio que era fruto do momento anterior muitas vezes não faz mais tanto sentido agora como era anteriormente
- no julgamento os criminosos passaram a ver os seus crimes de outra forma e muitos deles ficaram profundamente chocados com suas atitudes
- ninguém é mal voluntariamente - Sócrates - usa para favorecer a si mesmo
- devemos ainda querer o castigo dos criminosos
- castigar é reconhecer o homem como livre para o mal, tal como para o bem, é distinguir o mal do bem no uso que o homem faz da sua liberdade, e é querer o bem
-Antissemitismo é o ódio e preconceito contra o povo judeu e sua cultura, ou seja, uma forma de xenofobismo. Etimologicamente, o termo antissemitismo significa “aversão aos semitas” que, de acordo com a Bíblia cristã, são os descendentes de Sem, o filho mais velho de Noé.
- Muito ódio era disseminado durante os anos 30 e 40
- A ambição de ganhar, com o nazismo, postos de poder e campos novos para expandir uma “visão de mundo”, chega ao rádio e ao cinema.
- Vichy dividiu o país politicamente
- Petáin colaborou com os nazistas, Alemanha começa a ganhar mais força e influência com suas politicas de extrema direita
- Excluem-se os judeus e assim os franceses tem menos concorrência no caso de produções cinematográficas
- Brasillach tornou-se o chefe de redação do jornal Je suis Partout. Brasillach- após os “acertos de conta” da Libertação: apontado como incitador de atrocidades por meio de seu jornal.
- Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir, entre outros intelectuais de esquerda, negaram apoio a essa causa. Para eles, o que se julgava não era as opiniões de Brasillach, mas seu incentivo a assassinatos e genocídio e sua colaboração com a Gestapo. Brasillach foi executado como traidor da pátria.
- Antes da 2ª. Guerra: o mal não parecia ser desejado aos semelhantes.
- A vingança e a expiação não tinham um sentido preciso. Os crimes pareciam (aos intelectuais de esquerda): “acidentes provocados por um regime social que não deixava a todos a mesma sorte” (BEAUVOIR, 2008, p.77)
- A necessidade histórica de que o carrasco se sinta como vítima, que sofra uma violência, visava fazer nascer no culpado: o reconhecimento de sua condição.
- Por tal caráter contraditório, as intenções de vingança NUNCA PODEM SER SATISFEITAS. Todo castigo termina em um FRACASSO.
- Noção de vingança foi substituída pela noção de sanção, pessoas eram designadas para julgar
- Um decreto proibiu as violências individuais
- Inexistência histórico política de:
- 1. reciprocidade no intento da justiça social.
- 2. senso de vingança para os mortos.
- Existência de:
- .1. Objetivar o futuro, a restauração de uma comunidade humana.
- 2. Manter os valores que o crime tinha negado.
- Penas não surgem mais como a Lei de Talião
- Na vingança, o homem e o criminoso são confundidos na realidade concreta de uma única liberdade.
- A arrogância dos criminosos se abafa diante do julgamento e sua fragilidade se evidencia.
- Recusou-se aqui a caridade. A punição se torna permitida.
- O ser humano tanto deve se responsabilizar pelo bem quanto pelo mal. Sua moral são seus valores. E o sentido da vida é resultante deles em sociedade.
- Todo castigo implica uma parte de fracasso
- herança kantiana: a universalidade moral deve sempre prevalecer
- A morte, enquanto castigo: - só se justifica se for um dos momentos de um conflito real por inteiro e não de uma abstração dialética. A punição deve estar ligada ao crime por laços concretos.
Existencialismo
- A existência do ser humano é uma condição que se encontra acima de sua própria e suposta essência. A “existência precede a essência”.
- Não há natureza humana que possa definir a condição do ser humano. São seus atos que o definem.
- Indivíduo é responsável pelos seus próprios atos : ética da responsabilidade individual
- Corrente que surge no período entreguerras e apresenta uma Europa destruída física e moralmente, época de crise
- Crise das teorias que perpassam os dois séculos: o idealismo, o positivismo e o marxismo. Todas essas são nomeadas de filosofias otimistas, que “presumem haver captado o princípio da realidade e o sentido progressivo absoluto da história”.
- O existencialismo, por sua vez, não tem os traços de tais filosofias ditas otimistas, e nem as assume como válidas. O existencialismo percebe/capta os motivos das crises na contemporaneidade. A filosofia existencialista considera o ser humano como ser finito, lançado no mundo e continuamente dilacerado por situações problemáticas ou absurdas.
- O existencialismo se interessa pelo ser humano, o indivíduo em sua singularidade.
- a) A centralidade da existência como “modo de ser” daquele ente finito que é o homem/mulher, o ser humano, o indivíduo humano em situações de vida;
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