Resumo Paidéia
Por: lucassalmeida • 1/12/2015 • Resenha • 2.183 Palavras (9 Páginas) • 3.077 Visualizações
Centro Universitário de Formiga – UNIFOR – MG
ALINE CRISTINA MENDONÇA
JOÃO PEDRO DE OLIVEIRA
LAURA RODRIGUES PEDROSA
LUCAS ALMEIDA PINTO
MARCELLA CAMILA DE OLIVEIRA
MARCOS PAULO DE CASTRO QUINTILIANO
MARINA LOPES GUIMARÃES PIERONI
PAIDÉIA
A FORMAÇÃO DO HOMEM GREGO
Formiga – MG
2015
SUMÁRIO
1 Introdução 01
2 Lugar dos Gregos na História da Educação 02
3 Nobreza e Arete 04
4 A República III 05
5 Conclusão 09
Referências 10
1 Introdução
O trabalho tem como tema o capítulo A República III do livro Paidéia: a formação do homem grego, de Werner Jaeger. Nele ocorre um debate a cerca da filosofia e da poesia onde aquela, ao tomar consciência de si própria como Paidéia, reivindica o primado da educação.
Através da leitura e da interpretação do livro, apresentamos um resumo tendo como objetivo ressaltar as idéias centrais deste capítulo.
A metodologia usada foi à pesquisa bibliográfica, enriquecida com pesquisas na internet e palestras online.
2 Lugar dos Gregos na História da Educação
A educação é o princípio por meio do qual a comunidade humana conserva e transmite a sua peculiaridade física e espiritual, ou seja, é o conjunto de organizações físicas e espirituais dirigidas para a consecução de um fim (não pode ser tomado como conhecimento, pois é a particularidade de um povo e o conhecimento pode ser geral).
Só o Homem, porém, consegue conservar e propagar a sua forma de existência social e espiritual por meio das forças pelas quais a criou, quer dizer, por meio da vontade consciente e da razão.
Uma educação consciente pode até mudar a natureza física do Homem e suas qualidades, elevando-lhe a capacidade a um nível superior.
Com o conhecimento do mundo exterior e do mundo interior há formas melhores de existência humana.
Antes de tudo, a educação não é uma propriedade individual, mas pertence por essência a comunidade.
Como a educação depende dos valores que regem a vida humana, cada sociedade terá a sua educação.
À estabilidade das normas válidas corresponde a solidez dos fundamentos da educação, ou seja, a debilidade de qualquer ação educativa resulta na quebra das normas.
Cultura só começa com os gregos. Começa no sentido de uma fonte espiritual onde se deve voltar para obter orientação. É toda a estrutura, a base que dará ao ser humano uma bagagem mesmo que mínima para a vida. No decorrer do tempo, este conceito se torna cada vez mais antropológico podendo, neste caso, citar uma cultura hindu, uma cultura babilônica etc. Porém, em nenhuma dessas é oferecido um ideal de formação humana. Assim, seria correto se referir a cultura somente ao referenciar a sociedade grega.
A história da Paidéia (aqui tratada como a exploração de mundos estranhos de modo a descobrir seu espírito próprio) da sociedade grega já havia desaparecido se isso não tivesse enraizado em cada um, porém de forma natural. Para o grego quanto maior o perigo da Paidéia se esvair dele, com maior vigor ele a extravasava.
Os gregos exaltavam o Homem, diferentemente dos povos do oriente que tinham soberanos com uma glorificação religiosa. Este princípio se aproxima do ideal do Cristianismo onde cada alma apresenta o seu infinito valor. O problema da individualidade gera, por conseguinte o EU INDIVIDUALIZADO.
A educação grega não é uma soma de técnicas e organizações privadas, orientadas para a formação de uma individualidade perfeita e independente.
3 Nobreza e Arete
Os preceitos elementares da educação foram mais tarde incorporados à lei escrita dos Estados Gregos, na qual não se fazia distinção entre moral e direito; e o rico tesouro da sabedoria popular, mesclado de regras primitivas de conduta e preceitos de prudência enraizados em superstições populares, chegava pela primeira vez à luz do dia, através de uma antiquíssima tradição oral.
É fato fundamental da história da formação que toda cultura superior surge da diferenciação das classes sociais, que por sua vez se origina da diferença natural de valor espiritual e corporal dos indivíduos.
Para entender o conceito de Paidéia devemos primeiramente entender o significado de Arete. Não temos na língua portuguesa um equivalente exato para este termo; mas a palavra “virtude”, na sua acepção não atenuada pelo uso puramente moral, e como expressão do mais alto ideal cavalheiresco unido a uma conduta cortês e distinta e ao heroísmo guerreiro, talvez pudesse exprimir o sentido da palavra grega. Na sua forma mais pura, é no conceito de Arete que se concentra o ideal de educação dessa época.
Arete designa de forma ampla não só a excelência humana como sua superioridade. Prestígio, qualidades morais e espirituais segundo Homero; onde vigor e saúde são Arete do corpo, sagacidade e penetração, a Arete do espírito. Arete é atributo próprio da nobreza. Homem nobre que, na vida privada como na guerra, rege-se por normas certas de conduta, alheias ao comum dos homens.
Havia uma disputa pela Arete que se difundiam, por exemplo, nos jogos fúnebres.
A Arete heroica se aperfeiçoa com a morte física do herói e reside na fama do mesmo.
Quem estima a si próprio deve ser incansável na defesa dos amigos, sacrificar-se pela pátria, abandonar os bens para fazer sua beleza. A mais sublime entrega a um ideal é para Aristóteles prova de um elevado amor próprio. Assim, a honra (glória duradoura) é o troféu da Arete; é o tributo pago à destreza.
4 A República III
Começa-se um debate a cerca de filosofia e poesia na medida de que a poesia é tomada como fonte principal da Paidéia, tornando-se mais acirrado quando a filosofia toma consciência de si própria como Paidéia e reivindica para si o primado da educação. Porém, deve-se ter em mente que a literatura está essencialmente ligada ao processo da educação grega.
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