Resumo do capítulo 4 livro leviatã

A mais nobre e útil de todas as invenções já criadas foi a linguagem. A linguagem consiste em nomes, apelações e em suas conexões, pelas quais os homens registram seus pensamentos, usam entre si para utilidade e conversas recíprocas,.

O primeiro autor da linguagem foi Deus, que ensinou Adão a maneira distinguir aquelas criaturas que era colocado em sua vista, pois as escrituras não dizem nada a mais a este respeito, mas isso foi o suficiente para levá-lo a adicionar mais nomes as criaturas a medida que ele conviva e tinha mais experiência com elas.

Como o passar do tempo, encontrar-se toda aquela linguagem que Adão descobriu uma utilidade, embora essa língua não fosse tão abundante como aquela de que necessita de um filosofo ou um orador.

Thomas Hobbes diz que em nenhumas escrituras lidas por ele, foi encontrado diretamente ou indiretamente que Adão foi ensinado os nomes de todas as figuras,cores, sons, números, medidas e muito menos os nomes de palavras, de discursos e outras insignificantes palavras da escola em geral.

*Toda língua adquirida e aumentada por Adão e sua posterioridade, foi perdida na torre de Babel, quando Deus puniu todos os homens devidos a sua rebelião, e foi esquecida a linguagem primitiva. Com isso as pessoas foram forçadas a se separar pelo mundo, resultando que a diversidade de língua que existe hoje em dia proveio gradualmente dessa separação.

Na linguagem existem alguns usos especiais, o primeiro seria registrar aquilo que por cogitação descobre-se ser a causa de qualquer coisa, sendo passada ou presente, a segunda serve para Inclusive com apresentação de sugestão de entidades idôneas para recebimento das doações arrecadadas mostrar aos outros aqueles conhecimentos que foram atingidos, ou seja, aconselhar ou ensinar uns aos outros, já no terceiro usasse para falar sobre suas vontades e objetivo, a fim que pode se ter uma ajuda e por ultimo o quarto que seria para agradar e deliciar-se e para os outros jogando com as palavras, por prazer e ornamento de maneira inocente.

Nesses quatro usos especiais existem quatro abusos, primeiro quando os homens registram errado seus pensamentos pela falta de firmeza da significação de suas palavras, com as quais registram por suas concepções aquilo que nunca conceberam, e com isso se enganam, na segunda quando usam palavras de maneira metafórica , com um sentido diferente daquele que foi atribuído, e deste modo acabam enganando aos outros, no terceiro quando por palavras falam algo que é sua vontade, mas na verdade não é, já no quarto e ultimo lugar o abuso aparece quando usam as palavras para ofender uns aos outros.

A linguagem serve para a recordação das conseqüências de efeitos e causas, através de imposição de nomes e da conexão deles, alguns nomes são próprios e singulares, como “está arvore”, João entre outros, e alguns desses nomes são comuns a muitas coisas como cavalo e arvore. Cada um deles apesar de serem um só nome, são nomes de varias coisas particulares em relação as coisas quando estão em conjunto se tornam universal.

No “mundo universal nada existe alem de nomes, pois as coisas nomeadas são individuais e singulares. Um nome universal é atribuído a muitas coisas, devido a sua semelhança em alguma qualidade, e enquanto o nome próprio traz o espírito de uma coisa, o universal recorda muitas outras coisas. Nos nomes universais, uns são de maiores extensões e outros de menores, e os mais amplos compreende os menores.

Com a imposição de uns nomes serem mais amplos que outros, e uns de significação mais restrito, transforma-se o calculo das conseqüências de coisas imaginadas no espírito em um calculo e conseqüências de apelações.

O uso de palavras para registrar os pensamentos não é tão aceitável como na numeração. Thomas Hobbes diz que houve uma época em que esses nomes de números não estavam em uso, e as pessoas contentavam-se em utilizar os dedos das mãos quando precisasse contar, e com isso resultou que hoje em dias as palavras numerais so são de dez em qualquer nação, e tem lugares que podem chegar ser ate cinco.

Quando dois nomes estão ligados em uma conseqüência ou afirmação, por exemplo “o homem é um ser vivo”, se o ultimo nome “ser vivo” significar tudo aquilo que o primeiro nome “homem” significa , então a conseqüência ou afirmação é verdadeira e se estiver der outro modo é falsa, pois Thomas Hobbes diz que o verdadeiro e o falso são atribuídos da linguagem e não das coisas e com isso, onde não houver linguagem, não existe verdade nem falsidade.

Percebe-se então que a verdade consiste na ordenação adequada de nomes nas afirmações, a pessoa que procura a verdade deve se lembrar que “coisa” pode substituir cada palavra de que se serve , mas deve colocá-la de acordo.

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