Resumo e Crítica do livro “O Processo” de Franz Kafka
Por: Jéssica Souto • 1/6/2016 • Resenha • 1.865 Palavras (8 Páginas) • 1.242 Visualizações
[pic 1]
JÉSSICA KELY SOUTO DA SILVA
DIREITO DAS OBRIGAÇÕES: Resumo e Crítica do livro “O Processo” de Franz Kafka
MOSSORÓ/RN
2015.2
JÉSSICA KELY SOUTO DA SILVA
Resumo e Crítica do livro “O Processo” de Franz Kafka
Trabalho a ser entregue como exigência para obtenção dos créditos da I unidade da disciplina de Direito das Obrigações, ministrada pelo Prof. Ms. Rafael Lamera, no semestre letivo de 2015.2
MOSSORÓ/RN
2015.2
RESUMO:
A história se inicia com uma suposição de uma possível denuncia contra Josef K, um funcionário exemplar que ocupava cargo de alta responsabilidade, e morava em um quarto da pensão da Sra. Grubach. O mesmo vivia tão “preso” dentro de uma rotina milimetricamente definida dos fatos do seu dia, desde o café da manhã até a hora de dormir, que certo dia acordou literalmente “preso” nela.
Desde o momento que acordou e percebeu uma alteração no costume da Sra. Grubrach em lhe levar o café da manhã, notou que algo estava errado. Foi então surpreendido em seu quarto pela presença de dois desconhecidos que jamais havia visto em sua vida e com roupas que aparentemente não revelavam muito sobre eles.
Sem saber quem eram insistiu ainda para entender o motivo da invasão, porém, sempre realizava alguma pergunta relacionada à sua situação, recebia respostas evasivas de que informar não fazia parte do procedimento. Foi então aconselhado a se acalmar e permanecer em seus aposentos esperando novas instruções, no entanto, a cada minuto crescia em K. o sentimento de estranheza e indignação. Como poderia dois estranhos entrar em seu quarto, invadirem sua privacidade, tomarem seu café da manhã e ainda lhe dizer o que fazer sem um porque nem pra que? E o que era pior ainda para K., é que de alguma forma ele reconhecia o direito de fiscalização dos senhores.
Aos poucos percebeu que estava detido e que aqueles homens, que se apresentaram como sendo Fran e Willen, eram seus guardas, e nesse interim, foi tomado por reflexões internas do que estava acontecendo. Quem eram aquelas pessoas, do que falavam, por qual autoridade respondiam, foram algumas das indagações que sondaram os pensamentos de K.. Ele tinha plena convicção de que ainda vivia em um Estado de Direito, que havia um ordenamento jurídico que regulava tudo a sua volta, mas mesmo assim não relaxou e nem ignorou os fatos.
Chegou a cogitar que tudo não passava de uma brincadeira de seus amigos, uma vez que era o dia do seu aniversário de 30 anos e não fazia o maior sentido toda aquela patética situação. Levou até mesmo seus documentos de identificação pessoal, e o incrível é que os supostos guardas, alegando não serem mais do que meros subalternos, não souberam nem mesmo identificar do que se tratava o documento, e muito menos sabiam do que se tratava o ocorrido, apenas diziam que tudo estava conforme “lei”, que os mesmo desconheciam também, mas mesmo assim tentavam convencer K. a se submeter a ela.
Na mesma manhã, K. recebeu a presença do inspetor para um interrogatório e viu na oportunidade uma forma de ter suas dúvidas esclarecidas, porém, no início da conversa, percebeu o quanto estava errado e que aquele era um homem rude e agressivo que apenas fazia ameaças e chantagens, e que igualmente aos guardas, também desconhecia o motivo da sua detenção. Terminado o interrogatório, foi permitido voltar a sua rotina “normal”, a ir trabalhar desde que acompanhado por três colegas do banco já escolhidos por eles, os Srs. Rabensteiner, Kullich, e Kaminer.Findado o dia, K. sentiu a necessidade de desabafar tudo o que estava lhe acontecendo com a senhorita Burstner, uma moça que vivia na mesma pensão e que ele tinha grande admiração.
Sob essas condições de confidencialidade extrema, até do próprio acusado, prosseguiu o processo de K. O mesmo recebe um telefonema informando que os interrogatórios pelos quais passaria, iriam ocorrer nos domingos sob justificativa de não atrapalhar sua atividade profissional. Lhe indicaram a localização de onde essas audiências aconteceriam e o mesmo devia comparecer sem falta, sem necessidade de adverti-lo.
K. consegue chegar ao local mesmo sem ajuda de conhecidos, pois queria que o mínimo de pessoas soubessem de sua situação caótica. Lá é recebido por uma mulher que o conduz ao tribunal onde se reuniam muitos homens. Dentro do recinto, vê que as pessoas lá estão divididas em dois partidos. Logo que lhe é concedida a fala, relata os acontecidos desde o dia da detenção, reclama dos guardas e do inspetor os chamando de corruptos, bem como da situação de vigilância que se encontrara. Aproveita a oportunidade e em um discurso lógico e racional, expressa toda sua indignação e não compreensão pelo o que é acusado sendo ele inocente.
É aplaudido na ocasião, até ser interrompido por uma mulher que entra no recinto e é “seduzida” por um rapaz. Pensa em ir separá-los, porém é impedido. Perplexo com a posição restritiva das supostas autoridades e omissiva quanto aos fatos que levaram à interrupção de sua audiência, observa-os até entender o que de fato estava acontecendo ali. Percebe a imparcialidade de todos aqueles ali presentes ao identificar as mesmas insígnias em suas roupas, se tratando de funcionários do mesmo órgão e que estavam ligados no processo que estava sendo movido contra ele. Dessa forma, sai do local enfurecido e é informado quando se retira de que acabou de perder a oportunidade de ser ouvido.
Após isso, espera mais uma semana para nova ida ao tribunal. Não recebe comunicação e se preocupa, mas aparece no local mesmo assim para falar com o juiz, entretanto, chegando lá, descobre que não havia nenhuma audiência marcada. Lá encontra a mesma mulher que o auxiliou para encontrar onde aconteceria o tribunal e ao conversar com ela, recebe proposta de ajuda. K. reflete sobre isso, fica tentado, mas ao mesmo tempo desconfiado do que pode significar aquilo e porque aquela mulher que mal o conhecia teria interesse em lhe ajudar. Pensa em aceitar a ajuda, e é surpreendida ao saber que é casada. Pouco depois os dois notam que estão sendo observados por um estudante e este rapaz começa a seduzir a mulher e a leva. K. e ele ainda tem o desentendimento sobre isso, mas K. ao perceber que a mulher não queria ser libertada dos assédios do rapaz, vai embora.
...