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Resumo Ética das Consequências

Por:   •  31/8/2023  •  Resenha  •  2.730 Palavras (11 Páginas)  •  62 Visualizações

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ÉTICA DAS CONSEQUENCIAS

A ética desrespeito a ação humana, e essa produz um certo estado de coisas, um resultado, ela altera o mundo. Agir é alterar o mundo. Um dos modos mais óbvios que o ser humano tem para agir é que o estado de coisas que ele vai provocar no mundo é um estado de coisas desejável. Então surge uma visão da vida moral, uma ética que diz que o que interessa numa ação é o resultado que ela produz no mundo, e isto é a ética das consequências ou o consequencialismo.  O mais conhecido é o utilitarismo.

Trabalharemos como um guarda-chuva geral para a ética do poder de Maquiavel, a quem é atribuída a ideia de que os fins justificam os meios (o conceito pertence a ele, mas não a frase) quando diz que “os resultados justificam as ações”. Ainda utilizaremos para explicar o utilitarismo (maior felicidade para o maior número de pessoas) que também justifica as ações pelos seus resultados.

“salus publica maxima lex est” – ditado romano, que significa “a salvação publica é a lei suprema” que era algo colocado diante circunstância excepcional, como por exemplo um magistrado de exceção, como um ditador, onde se suspende o direito, e o ditador faz o necessário para resolver o problema para o qual ele foi instituído.  O que rege o ditador é “a salvação pública é a lei suprema”, podendo assim operar confiscos, executar cidadãos, fazer guerras, para alcançar os resultados.

“Quem luta contra monstros deve cuidar para que, ao fazê-lo, não se transforme ele mesmo em monstro.” – Nietzsche, cuidar para que a pessoa no processo de luta contra o mal, que utiliza todos os meios para obter o resultado, ela mesma não se torne má.

Exemplo: Bin Laden que mata inocentes, civis, para alcançar seus fins e derrubar seus inimigos, e assim como ele os americanos estariam torturando para obter seus resultados, podendo ser vistos dentro da ética das consequências.

  • Princípio: os resultados justificam as ações

A ação é boa se ela produzir um resultado almejado, e é má se ela produzir um resultado indesejado. Se para alcançar algo desejado é necessário mentir, furtar, matar, o resultado justificará a ação. Se aplicando nas correntes de Ética do Poder (Maquiavel) e Ética da Utilidade (Utilitarismo).

Maquiavel deu origem a uma forma de pensamento ético-político chamado de Razão de Estado, se o estado para sua conservação necessitar usar meios imorais e ilegais, isso é justificável.

  1. Weber: alertava que a nenhuma ética é dado ignorar o seguinte ponto: que para alcançar fins bons, vemo-nos com frequência compelidos a recorrer a meios maus, ou pelo menos perigosos e nenhuma ética pode dizer a que momento ou a que medida um fim moralmente bom justifica os meios.
    Exemplo: um amigo faz uma janta, mas a janta está ruim, e ele pergunta como esta, você mentirá para ele ficar feliz ou dirá a verdade esperando uma resposta positiva? Somos colocados neste dilema com frequência. Nenhuma ética pode dizer a priori qual o fim moralmente bom que justifica os meios. Até que ponto pode-se usar meios maus? O governante tem que responder pelos fins, independentemente de como ele chegou lá.
  2. Law and Economics: o pai fundador Richard Posner, dizia “todas as pessoas são maximizadores racionais das suas satisfações em todas as atividades que implicam uma escolha”, ou seja, as pessoas querem estar satisfeitas, querem obter um resultado, não importando o meio utilizado. O “homo economicus” não é, como se supõe vulgarmente, uma pessoa levada por incentivos exclusivamente pecuniários, mas sim uma pessoa cujo comportamento é totalmente determinado por incentivos; mas sua racionalidade não é diferente daquele de uma pomba ou um rato.” Uma pomba ou um rato não estão preocupados com a qualidade moral de suas ações, o rato quer pegar o queijo, a pomba quer comer o milho, e ambos determinam quais meios mais eficazes para alcançar esse fim.

A ÉTICA DO PODER

  • CASO:

Um caso sobre a história de Roma, exemplo de ética do poder:

Na guerra contra os samnitas, o exército romano fica encurralado no desfiladeiro das Forças Caudinas em 321 a.C, à mercê dos seus inimigos. Sem saber o que fazer diante de situação tão favorável, os samnitas decidiram consultar Herêncio Pôncio, político de vasta experiência, que afirmou:

- É preciso deixar os romanos saírem intactos o mais cedo possível.

        Esse conselho foi desprezado e mandaram novamente o emissário a Herêncio, que disse:

- É preciso trucidar os romanos até o último soldado.

        Diante de conselhos tão contraditórios, chamaram o próprio Herêncio ao acampamento, que disse:

- Meu primeiro conselho, que acredito ser o melhor, asseguraria para sempre, através de tão grande benefício, a paz e a amizade de uma nação poderosa. O segundo conselho afastaria a guerra por muitas gerações, pois Roma levaria muito tempo para recompor suas forças após a perda do seu exército.

Seu filho e outros chefes procuraram saber o que aconteceria se adotassem um meio-termo, isto é, deixar os romanos partirem incólumes depois de impor-lhes condições conforme o direito da guerra sobre um povo vencido.

Respondeu ele:

- Essa decisão é daquelas que não fazem amigos nem eliminam inimigos. Se deixais esses homens com vida depois de os terdes humilhado com a desonra, a nação romana é tal que não ficará em paz. Viverá sempre em seu coração a lembrança do ultraje que sofreram. E enquanto não vos tiver castigado, ela não ficará tranquila.

Os romanos posteriormente procuraram pretextos após serem humilhados e aniquilaram os samnitas. Exemplificando assim uma visão consequencialista, que se mede a partir do seu resultado que no exemplo era aniquilar um inimigo ou fazer um amigo, escolhendo uma terceira que nada mais foi que manter um inimigo, pois acabaram por se vingar. Tratado como exemplo de que você deve tomar decisões extremas e nunca se contentar com meias medidas.  

  • O realismo político

“Sendo a minha intenção, escrever coisa útil a quem escute pareceu-me mais convincente ir direto a verdade efetiva da coisa do que a imaginação dessa.”

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