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Síntese do texto “Direitos do Homem em Emmanuel Lévinas: A Responsabilidade por Outrem”

Por:   •  7/12/2015  •  Resenha  •  391 Palavras (2 Páginas)  •  407 Visualizações

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Universidade Tiradentes

Aluno: Victor Hugo José de Santana Rezende

Professora: Carla Jeane Helfemsteller Coelho Dornelles

Turma: H117223-N09

Síntese do texto “Direitos do Homem em Emmanuel Lévinas: A Responsabilidade por Outrem”

O pensamento de Emmanuel Lévinas tem como base uma relação intersubjetiva, de caráter assimétrico, que visa sempre a responsabilidade, cuidado, para com o próximo. Tal ideia se constrói numa forte relação de “ética da alteridade” no qual se busca ter uma grande atenção para com o igual, fundado num principio de amor ao semelhante, um imperativo categórico, “ages apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal”.

Essa ideia base é contraponto a uma noção criada na sociedade moderna e pós-moderna, o solepsismo. O mesmo tem como base uma conduta em que o Eu impera como única realidade do mundo, ele comporta-se como o centro do daquele. Tal pensamento foi em parte idealizado como um instrumento de dominação de um modelo neo-capitalista-liberal, inclusive por filósofos, e que é responsável pelas guerras e da violência, impeditivo da paz, dentre outras mazelas sociais.

Para Lévinas, os direitos do homem estão unicamente ligados à condição de ser homem. Esse pensamento surge de duas concepções desenvolvidas no seio da sociedade ocidental. A primeira foi à percepção que os direitos dos indivíduos devem estar unicamente relacionados pela condição de ser humano. A segunda foi à elevação desses direitos a princípios basilares da legislação. Então, cada um tem a liberdade para agir da forma que bem entender, tem independência para tomar a decisão que acreditar que seja melhor para o seu Eu, sabendo-se que não pode invadir a liberdade do próximo. Pois todos estão equiparados pelas normas jurídicas, tenho a garantia e a proteção dessas.

O problema dessa proteção ao próprio individuo e a preocupação com si é o fato de criar uma sociedade egoísta, com carência de solidariedade e perpetuação de mazelas. Por isso o filósofo acredita que a fonte do verdadeiro direito e da justiça está na separação ética entre o eu e o outro. Para isso, o indivíduo tem que se desinteressar de si e buscar praticar a bondade com o próximo, afinal, esse é o autêntico direito. É como se os deveres fossem mais importantes do que cobrar o próprio direito pessoal, que para Lévinas, não deve ser cobrado, pois o autêntico direito é assimétrico, é um caminho de via única.

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