TRABALHO DE LIBRAS CULTURA SURDA

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TRABALHO DE LIBRAS

CULTURA SURDA

Carina Lino

Farlene Mariano

Gabriela Santos

Hélio Moraes

Marijoice Gonçalves

Rodrigo Faria

Ilhéus, BA

Novembro/2016

O que é cultura?

Pode-se considerar cultura um conjunto de comportamentos aprendidos de um determinado grupo de pessoas que possuam sua própria língua, artes (literatura, música, dança e teatro), religião, sentimentos, ideias, valores, modos de agir e de vestir.

Existe uma cultura surda?

No contexto da surdez costuma-se entender cultura como referência a língua de sinais, às estratégias sociais e aos mecanismos compensatórios que os surdos realizam para agir no/sobre o mundo.

Sobre a existência da cultura surda, há pessoas que defendem a sua existência e aquelas que acreditam que os surdos não fazem parte de outra cultura, ou seja, não possuem sua própria cultura.

Os que não creem na existência da cultura surda preceituam que os surdos por fazerem parte de um grupo que possui uma língua determinada, não podem ser considerados membros de outra cultura posto que esta não se resume a língua, ou seja, os surdos e ouvintes fazem parte de uma mesma cultura, considerando que ambos crescem em num mesmo universo social, e valores, crenças e símbolos diversos não expressam uma cultura diferente, apenas indicam as particularidades de um grupo social.

Por outro lado, os que defendem a legitimação da cultura surda relatam que defender a cultura surda não significa apoiar que o surdo faça parte de uma raça distinta, nem a criação de um grupo minoritário à margem da sociedade, pelo contrário, significa considerar a diferença linguística como necessária para o bom desenvolvimento da pessoa surda.

Quais as principais considerações acerca da cultura surda?

A cultura surda, além da língua, é composta por literatura específica, sua própria história ao longo do tempo, história de conto de fadas, fábulas, romances, peças de teatro, anedotas, jogos de mímica, existência de clubes e associações de surdos.

Como exemplo de literatura surda podem ser citados dois livros de Literatura Infantil no Brasil, Rapunzel Surda e Cinderela Surda, que trazem a escrita da língua de sinais, ilustrações e as histórias recontadas a partir da cultura e identidade surda.

Sobre o tema, Strobel apresenta oito artefatos que podem caracterizar a cultura surda e que são entendidos como ilustrações destas: a experiência visual, que constitui os surdos como indivíduos que percebem o mundo através de seus olhos; o linguístico que se refere à criação, utilização e difusão das línguas de sinais; o familiar que abrange a questão do nascimento de crianças surdas em lares ouvintes e de crianças ouvintes em famílias de surdos; a literatura surda que abrange criações como poesia em língua de sinais e livros publicados por autores surdos; as artes visuais que são considerados o artefato onde se localizam as artes plásticas e o teatro surdo; da vida social, esportiva e política; e por fim a autora aponta as criações e transformações materiais, como telefones adaptados, campainhas luminosas, entre outras tecnologias para melhorar a acessibilidade.