Trabalho Gravidez na Adolescência
Por: Maria Julia Zeni • 22/8/2019 • Projeto de pesquisa • 2.133 Palavras (9 Páginas) • 177 Visualizações
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Eduarda de Rossi
Gabriel Pinheiro
Gabriela Campello
Luiz Henrique Ross
Maria Julia Zeni
Vinicius Bianchi
Professora orientadora: Thais Brazil
RESUMO:
Acreditasse que a vulnerabilidade da mulher adolescente em relação à gravidez precoce é um tema importante, pois trata de uma problemática que, apesar de existirem métodos preventivos, eles não são acessíveis para a população em situação precária. Além disso, a gravidez precoce afeta tanto a saúde física quanto a saúde mental da mulher, podendo fazê-la desenvolver uma série de doenças, em últimos casos até a morte. Ademais, é importante ressaltar as mudanças de rotina, que atrapalham os estudos e que podem ocasionar, futuramente, complicações no trabalho.
INTRODUÇÃO:
A escolha do tema ocorreu por meio de uma análise acerca de problemáticas que não ganham sua devida importância na sociedade, ainda que tenham impactos diretos na mesma. Assim, conclui-se que a gravidez precoce prejudica a menina em inúmeros aspectos, desde as consequências psicológicas de uma gravidez na adolescência até os prejuízos de uma gestação numa fase em que o corpo feminino ainda não está preparado para conceber uma criança. Ademais, existem inúmeras outras consequências que impactam a vida pessoal da jovem, como perda de oportunidades no estudo e no trabalho, o preconceito alheio, a falta de apoio da família e do pai da criança, além de doenças como depressão, hipertensão, anemia, infecções, eclampsia e outros fatores de risco como o aborto clandestino e o parto prematuro.
CAUSAS DE OCORRÊNCIA DA GRAVIDEZ PRECOCE:
Dados mostram que no Brasil, em 2015, foram cerca de 574 mil crianças nascidas vivas de mães entre 10 a 19 anos. Em todo o mundo, uma em cada cinco mulheres será mãe antes de terminar a adolescência. Esse dado é muito preocupante visto que essas adolescentes, na maioria das vezes, são de famílias de baixa renda aonde a gravidez precoce era algo inesperado e indesejado. Além disso, estudos demonstram que a gravidez na adolescência está relacionada a baixa renda, déficit de escolaridade e poucas perspectivas intelectuais, sociais e profissionais. O primeiro tópico fala da falta da matéria de educação sexual nas escolas, considerados por muitos um tabu na sociedade, no entanto, é de fundamental importância que os jovens aprendam desde cedo sobre todos os métodos contraceptivos, sobre as possíveis situações de abuso sexual, sobre doenças sexualmente transmissíveis, entre outras pautas, pois além de ser um assunto social também se relaciona com a saúde do indivíduo e, com o conhecimento disso, os jovens iriam aprender a ter relações sexuais com proteção tomando os cuidados necessários para não ter uma gravidez precoce. Isso tudo remete a um segundo tópico, que é o uso errado da pílula do dia seguinte. Com a falta de conhecimento sobre educação sexual, muitos jovens usufruem de maneira errada os métodos contraceptivos, o que torna mais fácil a ocorrência de uma gravidez. Outra possível causa da gravidez precoce é a crença em métodos contraceptivos falhos. A ‘’tabelinha’’ por exemplo, é um método contraceptivo baseado no monitoramento do ciclo menstrual da mulher, onde o coito é interrompido no período fértil, entretanto esse método não é uma garantia eficaz. Por fim outra possível causa envolve o parceiro da adolescente, que é a construção social de que muitos homens ainda possuem, de não se relacionarem com segurança e, muitas vezes, isso se torna uma pressão durante o coito fazendo com que a jovem mesmo com conhecimento dos métodos contraceptivos, escolha não os utilizar, buscando agradar seu parceiro.
RISCOS À SAÚDE FÍSICA:
A gravidez é a principal causa de morte nas Américas em jovens de 15 a 19 anos. A adolescente não tem maturidade no sistema reprodutor, pois ele ainda não foi totalmente desenvolvido. Alguns exemplos são: o parto prematuro, que ocorre em 37 semanas de gravidez (enquanto o normal é ocorrer em um período de 38 a 42 semanas); anemia, que é caracterizada pela deficiência na concentração de hemoglobina ou na produção das hemácias; a maior possibilidade de que a mulher contraia infecções; eclampsia, que é uma afecção grave que ocorre no final da gravidez, caracterizada por convulsões associadas à hipertensão arterial; o incômodo ocasionado pela retenção de líquidos; entre outras possíveis dificuldades. Além disso consequências mais graves podem ocorrer, como o óbito.
RISCOS A SAÚDE MENTAL:
A Organização Mundial da Saúde (OMS), define a adolescência como o intervalo de tempo entre os 10 e os 19 anos, período que se considera caracterizado por grandes transformações físicas, psicológicas e sociais. A gravidez é a primeira causa de internação de jovens adolescentes no Sistema Único de Saúde (SUS) e aproximadamente um quarto do total de partos realizados envolve adolescentes nessa mesma faixa etária. No entanto, a gravidez precoce associa-se a um risco suicida elevado, tanto durante a gestação quanto no pós-parto, relacionado a uma maior incidência de depressão e a uma percepção negativa da rede de apoio social. Posteriormente, os riscos à saúde mental da jovem são apontados, uma vez que exige-se uma certa maturidade da mulher quando a mesma ainda não tem preparo psicológico para lidar com a situação. Sendo assim, a adolescente tem que lidar não só com a pressão de ter que criar um filho, mas, também, em muitos casos, com a falta de apoio da família, com o preconceito alheio, com o abandono do parceiro, com o estímulo ao aborto e com a mudança drástica de vida. Dessa maneira, a jovem fica mais vulnerável a desenvolver doenças como depressão e ansiedade. Nessa linha de raciocínio, pode-se perceber a necessidade da educação sexual nas escolas, especialmente públicas, pois embora essa falta não seja o real motivo do problema ocorrer, a educação sexual contribuiria na disseminação de informações básicas que serviriam como forma de prevenção.
Outras situações que fazem parte desse quadro são: a falta de um projeto de vida e expectativas de futuro, educação, pobreza, famílias disfuncionais e vulneráveis, abuso de álcool e outras drogas, além de situações de abandono, abuso/violência e a falta de proteção efetiva às crianças e aos adolescentes.
EDUCAÇÃO SEXUAL NAS ESCOLAS:
De acordo com as informações anteriormente citadas, pode-se entender que com a adição dessa matéria na grade curricular das escolas, tanto públicas, quanto particulares, é importante uma vez que a escola passaria a assumir uma nova função, que não é mais só de transmitir conhecimento, mas também de auxiliar e orientar na formação do aluno, evitando com que ocorra uma gravidez na adolescência. A adolescência é a fase que os jovens começam a ter relações sexuais, sendo assim, é necessário que eles saibam as consequências de não se ter proteção sexual. Além disso, sabe-se que é importante discutir a sexualidade em sala de aula de forma natural, com a presença de um orientador que esteja preparado para debater o tema e tirar dúvidas dos alunos. Em contrapartida, muitos pais não apoiam a inclusão desse tema nas salas de aula por acreditarem que estimula a atividade sexual dos seus filhos, podendo aumentar os riscos da ocorrência de uma gravidez, mas, na realidade, a educação sexual contribui para que os adolescentes se tornem mais conscientes e responsáveis, tento conhecimento sobre seus corpos e sendo mais consequentes.
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