Virtude e Justiça Segundo Aristóteles
Por: Flavio Queiroz • 18/5/2017 • Artigo • 609 Palavras (3 Páginas) • 363 Visualizações
Aristóteles
Bens
Para Aristóteles bem é oque se busca através de todas nossas escolhas e investigações, assim tudo oque se faz é para chegar a um determinado bem, destarte todo tipo de conhecimento tem como finalidade um determinado bem, o bem da Medicina é a Saúde, o da estratégia é a vitória e assim por diante. Os bens se relacionam em cadeia, sendo um mister à realização do outro, estando assim incluso neste, um exemplo é o exercício militar que tem como bem a preparação para a guerra, que faz parte de outro bem ,a estratégia, que tem como bem a vitória, assim sendo todo bem tem como função a obtenção de outro bem e todo bem mira à felicidade, sendo esta um bem absoluto em si mesmo, pois não é usada para chegar a nem um outro, mas é perseguido por todos os demais, conclui-se então que a busca primordial do homem é a felicidade. O filosofo complementa, porém que o caminho à felicidade é a virtude.
Virtude
“A virtude também se divide em espécies de acordo com esta diferença, porquanto dizemos que algumas virtudes são intelectuais e outras morais; entre as primeiras temos a sabedoria filosófica, a compreensão, a sabedoria prática; e entre as segundas, por exemplo, a liberalidade e a temperança. Com efeito, ao falar do caráter de um homem não dizemos que ele é sábio ou que possui entendimento, mas que é calmo ou temperante. No entanto, louvamos também o sábio, referindo-nos ao hábito; e aos hábitos dignos de louvor chamamos virtudes”.
(Aristóteles Ética a Nicômaco, Livro I,13,pág.28-29).
Segundo o filósofo a virtude não é inata ao ser humano, ou seja, o homem não é virtuoso por natureza e nem é contra a natureza do homem ser virtuoso, pois oque é contra a natureza de algo é impossível nele desenvolver-se, a virtude, porém nasce e se expande no homem através da execução continua de atos virtuosos, Aristóteles ainda faz uma separação entre duas espécies de virtude, uma denominada Virtude Intelectual e outra Virtude Moral, sendo a primeira adquirida através de ensinamentos requerendo assim dedicação e tempo, quanto a virtude moral é desenvolvida através da pratica de atos virtuosos, assim como um artista se torna artista praticando sua arte o justo se torna justo praticando a justiça, da mesmo forma se desenvolve a bravura temperança e outras virtudes.
Fica evidenciado também que a virtude, sempre está em busca da mediania e que tanto o excesso quanto a falta caracterizam vícios, devendo assim ser eliminados, o excesso de audácia é a temperança e sua falta é a covardia; o homem demasiadamente audacioso é temerário e vai de encontro a todos os perigos, já o homem carente deste sentimento é um covarde que se esconderá de tudo, mas o homem que está no meio termo é o corajoso este sim é virtuoso. Ser virtuoso então não é fácil já que encontrar o meio termo é uma tarefa árdua, mas o homem virtuoso assim como o artista não que fazer oque é fácil o seu desejo é chegar o mais perto possível da perfeição.
Justiça
A justiça é uma virtude que sem a qual não exitiram as outras vejamos:
Não se pode ter temperança se não se tem justiça, pois se um homem é temperante com um e não com outro semelhante ele não é temperante, um exemplo disso é um homem que é paciente com seu chefe e colegas de trabalho, mas quando chega em casa não é paciente de igual modo com a esposa e com seus filhos, observa-se que mesmo sendo temperante em algum momento do seu dia, não se tem uma virtude apenas um conveniência porque não há justiça em seus atos.
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