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Voto Como Direito e Dever

Por:   •  8/3/2016  •  Artigo  •  776 Palavras (4 Páginas)  •  384 Visualizações

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Não é de hoje que muitas pessoas são contrárias ao voto obrigatório no Brasil. Estas dizem que se o país optasse pelo voto facultativo haveria uma maior consciência e preparo dos eleitores durante as eleições. Mas, pergunto a vocês: Haveria realmente uma melhora notável na política brasileira?

Primeiramente quero lembrar que o voto foi uma conquista histórica em nosso país. O Cartismo Inglês iniciado em 1830, as Revoluções de 1848, as defesas ao voto feminino no início do século passado e as Diretas Já, são alguns movimentos que retratam a luta histórica dos cidadãos em busca do direito ao voto. Diversas pessoas foram mortas, oprimidas e desapareceram em tais eventos, “apenas” para exercermos tal ato de cidadania nos dias de hoje.

O voto obrigatório foi implantado após a Revolução de 1930, consta no Código Penal de 1932, na Constituição de 1934 e foi mantido pela Constituição brasileira de 1988, que em seu artigo 14 deixa seus requisitos. Através disso, todo cidadão é responsável pela República de sua própria nação.

Acredito que tornar o voto facultativo atualmente é como permitir que uma criança escolha se quer ou não ir à escola. Essa decisão colocaria em risco todo o sistema eleitoral do país. Além do mais, os brasileiros precisam entender que o voto, antes de ser um direito ou questão de liberdade, é um dever, uma proposta de servir a nação. Até porque, no tempo presente, as pessoas não estão mais nem honrando a própria bandeira e hino, sendo o voto a única e mísera forma de exercer o patriotismo.

Mas e os países avançados? Eles não adotam o sistema facultativo? Sim, em sua maioria adotam. Países como os Estados Unidos, Canadá e Alemanha são exemplos em que esse sistema eleitoral funciona muito bem. Entretanto, é de suma importância constar que o Brasil ainda pertence ao patamar de países subdesenvolvidos, e não desenvolvidos como os citados. E que este argumento não pode ser levado em consideração, porque estes países se diferenciam, e muito já na área da educação.

E digo mais, ainda defendo que a implantação do foto facultativo aumentaria a ocorrência dos chamados “votos de cabresto” em algumas áreas de extrema pobreza do país. Ou seja, o chefe político de tal região teria controle sobre o eleitorado, e a margem de compra e venda de votos seria notável.

Fico abismada com a quantidade de pessoas que clamam por mudanças na política, criticam a corrupção, o governo, o país inteiro. E não param pra pensar que a mudança começa por cada um de nós. Agora, em época de eleições, ouço gente dizendo: “-Eu nem me informo pra votar, os candidatos são tudo a mesma coisa! O Brasil nunca vai mudar!”. Não, não vai. O nosso país continuará assim enquanto desta maneira as coisas forem tratadas num processo eleitoral. Da mesma forma que está sendo o jeito desinformado de votar, arrastado, obrigado, preguiçoso como uma segunda feira de manhã.

Existem eleitores ainda que criticam a obrigatoriedade ao voto por afirmarem ser muito custoso ir a urna para votar em branco e que seu voto não fará diferença, é só mais um em milhões. Pois para esses quero responder: Se o futuro do seu país não é importante para você, você é realmente um cidadão insignificante e ignorante.

Devo lembrar-vos também que candidatos não se elegem sozinhos. Eleitores elegem candidatos. Candidatos

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