TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Zeitgeist

Por:   •  15/5/2016  •  Resenha  •  1.180 Palavras (5 Páginas)  •  987 Visualizações

Página 1 de 5

INTRODUÇÃO

Zeitgeist – The Movie é um filme alemão classificado na categoria documentário produzido por Peter Joseph e lançado em 2007.

Este documentário aborda diversos temas com o objetivo de nos mostrar como o “sistema” funciona. No primeiro momento o documentário faz uma analogia entre vários momentos distintos da evolução a respeito do cristianismo. Em sua segunda parte ele trás questionamentos a cerca da tragédia do Onze de setembro ocorrido nos Estados Unidos e para finalizar, em seu terceiro momento, o foco passa a ser o sistema bancário mundial com sua estrutura e manipulação a cerca da economia.  

Assim, Peter Joseph, com todas as evidências que apresenta em seu documentário, expõe todos seus expectadores a uma profunda reflexão e remete-os a uma avaliação crítica onde os apresenta sob uma linha bastante tênue, em que a veracidade das informações explanadas e as convicções pré-estabelecidas se confrontam.  

Expressando, literalmente, a matriz do documentário, Peter Joseph (2007) nos apresenta a seguinte definição para o termo ZEITGEIST, “é uma palavra alemã que pode ser compreendida como o espírito do tempo ou espírito da época, ou seja, o conjunto de todo o conhecimento humano acumulado ao longo dos tempos”.

Na primeira parte do filme, intitulado “A maior história já contada”, o autor apresenta várias teorias que corroboram para que acreditemos que Jesus Cristo é uma figura mitológica criada com base na astrologia e em várias outras histórias de deuses mais antigos como os deuses Hórus, Attis, Krishna, Dionísio e Mithra, onde todos partilham de fatos semelhantes com os de Jesus Cristo: a sua concepção através de uma virgem, o seu nascimento e visita dos reis magos, criança prodígio, batismo, discípulos, morte e ressureição. Também, faz referência a passagens bíblicas que considera plágios de histórias das antigas civilizações.

Segundo Peter Joseph (2007), a religião parte de uma história romana cujo objetivo é estritamente político, diz-se que o conhecimento era privilégio da Igreja e serviu para afastar os seres humanos uns dos outros como do seu meio natural, sustentando a submissão do ser humano à autoridade, reduzindo, assim, a responsabilidade humana sob a premissa de que “Deus” controla tudo. Nesse sentido, usando o mito para manipular e controlar as sociedades.

        Para os cristãos, as evidências apontadas pelo autor, apesar de serem inúmeras as referências, são facilmente contestadas e refutadas. Os estudos do grande teólogo medieval, São Tomás de Aquino, nos mostra, ao reconciliar a fé e a razão, que através de seu mais notável trabalho “Cinco vias” compreendemos a existência de Deus, como nos coloca Araújo (2014):

O doutor Angélico, pela natureza e lógica de seu pensamento, organiza de tal modo as provas da existência de Deus que estas se tornaram de fácil compreensão, porque ao observar o universo qualquer homem (senso comum) poderá chegar ao raciocínio das vias e, à posterior prova da existência de Deus, mesmo que esta seja limitada e imperfeita.         

        Do mesmo modo que esta primeira parte do filme tenta nos convencer que Jesus Cristo foi criado para que a elite clerical nos manipulassem, assim o autor faz na segunda parte do filme onde nos deparamos com a ideia “O mundo inteiro é um palco” que intitula este segundo momento e nos mostra como a mídia sensacionalista omite informações para que conheçamos apenas a verdade que a elite aristocrata quer que conheçamos.

  Ribeiro (2013) nos expõe que é preciso levar em conta a relação que foi construída, décadas antes, entre o Oriente e o Ocidente que perpassou fatos que estimularam o ódio e pré-conceito entre eles. De um lado um desejo de soberania capitalista dos ocidentes que visava expandir ainda mais suas riquezas explorando os recursos do oriente e de outro uma civilização tradicionalmente religiosa que não perdoaria o apoio político e financeiro dos EUA a sua nação inimiga, Palestina.

Com os acontecimentos de Onze de setembro, vários questionamentos surgem com os depoimentos dos personagens desse fatídico dia; Ligações entre o presidente dos Estados Unidos e Osama Bin Laden, Inteligência Americana e cidadãos árabes ligados Al Qaeda, depoimentos de vítimas que descrevem o atentado como uma explosão e explicações de especialistas com relação ao abalo as estruturas, empresas americanas com lucros após a tragédia e empresas que podem ter financiado as ações “terroristas”, além da confusão de treinamentos antiterroristas que aconteceram, coincidentemente, no dia do atentado.

Todos esses aspectos corroboram para a ideia de que houve, no mínimo, uma conivência do governo para que uma determinada elite se beneficiasse e para que fosse aprovada a USA Patriot Act (Lei Patriota), uma vez que daria plenos poderes ao governo que invadisse casas, interrogasse suspeitos e espionasse cidadãos sem pedir autorização judicial ou respeitar o direito a defesa e julgamento. Ratificando a perspectiva do documentário:

..., olhando criticamente não apenas o resultado, mas as condições do desenvolvimento dessas ações dos Estados Unidos, especialistas afirmam que nas entrelinhas desses empreendimentos contra o terror estava um projeto de expansão e fortalecimento da hegemonia norte-americana no mundo e que tinha a questão do combate ao terrorismo mais como pretexto do que como objetivo. (Ribeiro, 2013)

...

Baixar como (para membros premium)  txt (7.8 Kb)   pdf (122.4 Kb)   docx (10 Kb)  
Continuar por mais 4 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com