A Crítica Dobby e Sweezy
Por: Daniel Bahiense • 26/5/2022 • Trabalho acadêmico • 1.242 Palavras (5 Páginas) • 136 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPIRITO SANTO
CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E ECONÔMICAS
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA
DANIEL DE ALMEIDA BAHIENSE
CRÍTICA
“O ESTADO ABSOLUTISTA NO OCIDENTE” EM LINHAGENS DO ESTADO ABSOLUTISTA
Vitória
2019
DANIEL DE ALMEIDA BAHIENSE
CRÍTICIA
Crítica apresentada ao curso de Ciências Econômicas como parte dos requisitos a obtenção de nota para avaliação.
Professor(a): Dr. Neide Cesar Vargas
Disciplina: Técnicas de Pesquisa em Economia
Turma: Turma 01
Vitória
2019
I – UNIDADE DE LEITURA
[1]: ANDERSON, Perry. O Estado absolutista no Ocidente. In: ANDERSON, Perry. Linhagens do Estado Absolutista. Tradução Suely Bastos e Paulo Henrique Britto. 3. ed. São Paulo: Editora Brasiliense S. A., 2004, p. 15-41. Tradução de: Lineages of the Absolutist State.
[2]: SEVERINO, Antônio Joaquim. O Trabalho Acadêmico: Orientações Gerais para o Estudo na Universidade. In: Metodologia do Trabalho Científico. 23.ed. São Paulo: Cortez, 2007. cap 2, p. 59-61.
[3]: SWEEZY, Paul. O debate sobre a transição: Uma crítica. In: SWEEZY, Paul (Org.); DOBB, Maurice; TAKAHASHI, Kohachiro. A transição do feudalismo para o capitalismo. Tradução Isabel Didonnet. 5. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977, p. 39-69. Tradução de: The transition to feudalism to capitalism.
[4]: DOBB, Maurice. O debate sobre a transição: Uma réplica. In: SWEEZY, Paul (Org.); DOBB, Maurice; TAKAHASHI, Kohachiro. A transição do feudalismo para o capitalismo. Tradução Isabel Didonnet. 5. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977, p. 71-83. Tradução de: The transition to feudalism to capitalism.
II – BASES PARA A CRÍTICA - Análise interpretativa
1 – Buscar identificar os pressupostos teórico/metodológicos fundamentais do texto, nem sempre explícitos.
Anderson ao longo do fragmento de sua obra apresenta pressupostos teóricos dando a entender que possui influências marxistas, sendo assim adepto do método de materialismo histórico, buscando entender todos os fatores econômicos e sociais que levaram tal período se comportar e evoluir de tal forma.
2 – Buscar associar as ideias do texto com ideias e perspectivas semelhantes de outros estudos, autores e linhas teóricas. Localize-o na produção do autor, no tema e nas correntes teóricas mais importantes da economia.
Perry Anderson em sua obra cita diversos autores para basear suas críticas e ideias sobre o período absolutista. Logo no começo cita Engels e Marx, onde os dois autores consideram o estado absolutista como um ponto de equilíbrio entre a nobreza e a burguesia, porém, Anderson por sua vez contrapõe os respectivos autores dizendo que no período absolutista a burguesia e a nobreza não estavam no mesmo nível, a nobreza ainda se sobrepunha sobre a burguesia que ainda não estava em maioria no controle de poder político.
Marx e Engels também consideram o Estado absolutista como um período pré-capitalista e o autor Paul Sweezy, um economista marxista, também compartilha da mesma ideia, Anderson em seus escritos concorda com todos autores citados anteriormente, porém, autores como Maurice Dobb consideram o período econômico difícil de se definir pelas extremas influencias feudalistas e capitalistas ao mesmo tempo no âmbito social, não podendo assim considerar o sistema como um de transição ou preparador do capitalismo.
3 – Avaliar se o autor conseguiu responder à questão que estabeleceu por meio de uma argumentação eficaz. Avaliar de apresentou lacunas na sua linha de raciocínio. Se o autor conseguiu elaborar um trabalho original que superou trabalhos passados, para além da mera retomada de outros autores. Se o tema foi analisado de forma profunda ou superficial.
Anderson questiona a influências da crise feudal na consolidação de um Estado absolutista, o autor consegue fazer um texto coeso e extenso de como a nobreza feudal retomou o poder com o uso diversos meios políticos, econômicos e burocráticos.
O autor usa seus escritos passados sobre o feudalismo para retomar ideias, o mesmo também utiliza de pontos de vista de Marx e Engels, e até outros autores citados ao longo de sua obra para se basear e contradizer nos temas que apresentou durante sua obra. É uma obra rica em detalhes analisando de forma profunda cada determinante exposto.
4 – O texto lhe interessou? O que achou de mais interessante e o que não gostou?
Perry Anderson faz um texto longo e rico em detalhes, mas depende muito de ideias secundárias para criar uma imersão orgânica do leitor em sua obra. Isso não faz mal, saber como as características apresentadas durante o texto se aplicam no âmbito social da época são importantes, mas não são necessárias a todo momento, pois isso gera um texto prolixo.
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