A ENGENHARIA ECONÔMICA

1.1 ENGENHARIA ECONÔMICA

Conforme descreve Hirschfeld (2000), engenharia econômica é ramo de especialização em engenharia, administração e economia que permite, mediante um conjunto de instrumentos de natureza financeira e econômica, a tomada de decisão em empreendimentos econômicos, que visem retorno financeiro. Todo o fundamento da engenharia econômica é baseia na matemática financeira, que se preocupa com o valor do dinheiro no tempo. O emprego da engenharia econômica é imprescindível para todos que precisam decidir sobre propostas tecnicamente corretas. A análise de investimentos consiste em coletar as informações e aplicar técnicas de engenharia econômica, considerando as taxas de desconto, os prazos e os valores previstos em um fluxo de caixa descontado, e eventualmente complementando com a análise dos riscos ou incertezas envolvidos no processo. Qualquer empreendimento implantado com finalidade da obtenção de retorno é matéria de análise da Engenharia Econômica.

1.2 ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA

Segundo Lima Junior (1993), quando a oportunidade de um novo empreendimento é investigada, denomina-se tradicionalmente de análise de viabilidade. A análise da viabilidade econômica e financeira de um empreendimento baseia-se em estimar e analisar as perspectivas de desempenho financeiro do produto resultante do projeto e tal estudo deve ser iniciado ainda na fase de planejamento. Quando se utiliza a terminologia, análise de investimentos pressupõe-se o estudo do comportamento do empreendimento naquilo que é próprio dele, com o uso das análises de indicadores de qualidade, portanto estamos tratando a análise no âmbito econômico. Ao se investir para desenvolver determinado empreendimento, o empreendedor perde liquidez, pois imobiliza seus recursos e insumos, no ambiente do empreendimento, perdendo poder de compra nessa situação, pois sua capacidade de troca na economia está limitada às características de liquidez do seu produto.

Souza (2003) define investimento como sendo a troca de algo certo, recursos econômicos, por algo incerto, fluxos de caixas a serem gerados pela aplicação do capital, ou seja, comprometer dinheiro ou outros recursos com o intuito de um benefício maior no futuro e quanto maior for a distância entre este futuro e o presente maior deverá ser a capacidade de planejamento da organização que decide realizar tal investimento.

Para Souza (2003), a percepção de uma necessidade da empresa, ou o surgimento de uma oportunidade, são os fatores que podem originar um projeto de investimento que é seguido da elaboração do plano de viabilidade econômica. Este plano tem como finalidade amparar por meios racionais e científicos a tomada de decisão. O plano de investimento é concebido quando existe a possibilidade real de alcançar um conjunto de benefícios, mas a amplitude do retorno está diretamente ligada ao um grau de risco, esta incerteza está presente em todo e qualquer empreendimento, como próprio Souza (2003) faz alusão quando define o que é investimento.

Conforme NBR 14.653-4 (ABNT, 2002) a viabilidade econômica de um empreendimento é determinada de acordo com as taxas internas de retorno, o valor presente líquido, o custo anual, os períodos de recuperação (payback) e os índices de lucratividade.

Heineck,