A Economia Empresarial
Por: Giuli Padilha • 12/11/2023 • Trabalho acadêmico • 2.882 Palavras (12 Páginas) • 59 Visualizações
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Atividade individual
Matriz Atividade
Estudante: Giuli Aparecida Padilha
Disciplina: Economia dos Negócios
Turma: 0823-13
Introdução
No fim do ano de 2019 iniciaram burbúrios sobre uma nova doença respiratória bastante contagiosa e no início de 2020 a Organização Mundial da Saúde – OMS emitiu um alerta sobre o alto nível de contágio e declarou emergência global devido a rápida proliferação do vírus SARS-CoV 2. Ao identificarem os primeiros relatos da doença, percebeu-se que a pneumonia era o principal resultado e os principais sintomas eram febre, tosse, fadiga, entre outros, mas que muitos infectados também foram considerados assintomáticos, dificultando a identificação da doença. Após algumas semanas, de maneira bastante agressiva, o infectado apresentava baixa saturação e desvio de gases sanguíneos. (VELAVAN e MEYER, 2020). A OMS (2021) divulgou diversos informativos sobre como se proteger do virus já que as películas expelidas pela boca ou nariz ficam suspensas no ar e as medidas de proteção se tonaram hábitos na sociedade em geral, como utilização de máscaras, utilização de álcool em gel 70% e a limpeza constante de itens e locais. Infelizmente, como consequência da necessidade do distanciamento social e da prática do home office, diversos setores econômicos foram prejudicados, impactando o PIB brasileiro que teve uma redução de 4,1% conforme afirma o IBGE (2020), e assim como indica Stocker (2023), o PIB é um índice baseado no fluxo de novos bens e serviços finais produzidos no país, isto é, a soma das riquezas incluindo indústria e serviços sob a ótica a oferta e o consumo das famílias, foverno, investimentos públicos e privados e exportações líquidas sob a ótica da demanda. Como demonstrado no Gráfico 1 a seguir, em 2020, no auge da pandemia, o consumo das famílias apresentou uma variação de -5,5%, o menor valor desde 2011.
Gráfico 1 – Consumo das famílias de 2011 a 2020
Fonte: IBGE (2020).
Com os efeitos gerados nas economias brasileira e mundial e no novo formato de trabalho adotado, as prioridades de consumo também mudaram e com isso diferentes setores foram afetados, como transporte, educação, vestuário e o turismo que será o setor analisado.
contexto do setor
O setor do turismo, de acordo com Silva (2004), é uma atividade pós-industrial proveniente do capitalismo que abrange aspectos econômicos, sociais, políticos e cultarais e que gera empregos formais e informais, ajuda na distribuição de renda e na captação de divisas e melhora a qualidade de vida das comunidades. Além disso, é uma atividade econômica por muitas vezes mais sustentável já que atrativos turísticos, em sua grande maioria, são naturais ou pouco poluidores.
De acordo com o IBGE (2020), o setor do turismo é composto por diferentes atividades, assim como demonstrado através da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE no Quadro 1 a seguir.
Quadro 1 - Classes CNAE 2.0 no setor de turismo
Fonte: IBGE (2020).
Entretanto, com o início da pandemia e a necessidade de isolamento social, a atividade turística não se tornou mais possível e acessível, pois fronteiras foram fechadas, voos cancelados, hotéis precisaram reduzir a taxa de ocupação e atender a diversas exigências novas da vigilância sanitária, alguns pontos turísticos também fecharam, como as Cataratas do Iguaçu, por exemplo, e eventos festivos, como o Carnaval, foram cancelados para evitar aglomerações.
De acordo com o Anuário Estatístico de Turismo (2022), em 2019 o Brasil recebeu 6,35 milhões de turistas internacionais, já em 2020 no início da pandemia, foram registrados apenas 2,15 milhões representando uma redução de 66,2%. Em 2021, ainda período de isolamento social, registrou-se apenas 745.871 turistas, uma redução de 65,3% em relação a 2020 e 88,3% em relação a 2019. Também foi construído o Relatório de Impacto da Pandemia de COVID-19 nos setores de turismo e cultura no Brasil em 2020 pelo Ministério do Turismo que abrange todos os efeitos econômicos no setor e é possível observar na Tabela 1 a seguir que a procura por cancelamento de viagem teve um aumento de 324,7% quando em comparação com mesmo período de anos anteriores.
Tabela 1 - Índice Médio e Variação Semanal de buscas por palavras-chaves relacionadas ao consumo setor de turismo
Fonte: Ministério do Turismo (2022).
análise macroeconômica
De acordo com a Organização Mundial do Turismo - UNWTO (2019 apud Grimm et al, 2022) a previsão de redução em chegadas internacionais em de 20% a 30%, entretanto, globalmente, a média de queda foi de 74% causando uma queda de US$1,3 trilhões em receita do turismo internacional e 120 milhões de empregos comprometidos mundialmente. A Rede Accor, por exemplo, grande nome da hotelaria precisou fechar dois terços de seus hotéis e a interrupção parcial ou total de 75% dos funcionários, já a Hertz, empresa conhecida por alugueis de carros, apresentou uma perda de 500 milhões de dólares. (GRIMM et al, 2022).
No cenário brasileiro, um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (2020) estima uma perda de 21,5% no biênio 2020-2021 já que o PIB do setor teve uma redução de 38,9% em 2020 quando comparado ao ano anterior. Também se estimou que apenas 11% da produção “normal” mensal turística foi alcançado no início do período pandêmico já que a demanda diminuiu, pois, as pessoas focaram em outras necessidades e não mais em atividades de lazer
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