A FORMAÇÃO ECONOMICA DE ALAGOAS
Por: Manuzinhaufal • 21/9/2022 • Trabalho acadêmico • 804 Palavras (4 Páginas) • 140 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS - FEAC
Emmanuelle Santos Cerqueira
A formação da economia do Estado de Alagoas e a descentralização dos setores de produção
Maceió, AL 2022
Emmanuelle Santos Cerqueira
A formação da economia do Estado de Alagoas e a descentralização dos setores de produção
Trabalho solicitado pelo professor Cícero Perícles para obtenção da nota da disciplina Formação Económica do Brasil, do curso de Economia da Universidade Federal de Alagoas.
Maceió, AL 2022
Situado no Nordeste do Brasil, Alagoas foi um dos primeiros territórios efetivamente ocupados pelos portugueses durante a colonização. Ainda é possível observar resquícios dessa colonização em alguma cidades do Estado, como é o caso de Marechal Deodoro e Penedo, cidade ribeirinha banhada pelo Rio São Francisco.
Tendo seu território quase que por completo fora ocupado em decorrência do binômio cana-pecuária, em meados do século XVIII, o algodão ganhou espaço nas áreas onde não existia a presença do binômio original. Foi no agreste e em parte do sertão onde essa cultura se desenvolveu levando a instalação da indústria têxtil à região, promovendo assim o assalariamento da mão de obra, fazendo com que a economia daquela região se desenvolvesse na forma de comércio e serviços prestados. Para Andrade (1963), essa cultura organizou uma forma diferente de povoamento, pois tinha impacto maior no crescimento e na urbanização das cidades que estavam no seu entorno do que naquelas que se situavam nas cercanias da produção canavieira.
Foi no século XIX que teve o auge da cotonicultura no Estado, transformando a região proporcionando um crescimento da área urbana e comercial das cidades, além da construção das ferrovias para que houvesse um maior escoamento da produto e interligação entre as cidades. Foi tão grande a importância dessa cultura que despertou em algumas cidades o poder de influência sobre outras.
Adentrando o século XX, tem-se a implementação de tecnologias que proporcionaram o aumento da produção canavieira, com a produção de álcool e açúcar em quantidade maiores. Isso se deu devido o aumento da demanda. Nesse mesmo periodo em que o setor canavieiro crescia, a produção textil do Estado entrava num estado de alquebramento, por conta de um decreto que bloqueava a importação de máquinas e equipamentos têxteis.
Um setor que ganhou destaque nesse período, foi a pecuária, com a introdução de aparatos tecnológicos para a produção em larga escala de produtos derivados do leite. A modernização no setor lácteo possibilitou certo grau de desenvolvimento da divisão social do trabalho, por meio do crescimento do comércio e serviços e até do surgimento de atividades financeiras. Cidades como Batalha, Olho D`água das Flores, Major Izidoro e Pão de Açúcar, faziam parte da bacia leiteira, que segue dando frutos até os dias atuais.
Uma outra cultura presente no agreste do Estado e que desenvolveu uma das cidades mais importantes, tem até os dias atuais se mostrado de grande importância para o funcionamento da economia daquela região. Apesar de ter sido introduzido na região em meados do século XIX, foi na década de 40 que atingiu seu ponto de destaque, quando alguns baianos começaram a comprar fumo e mandar para a Bahia. Elevando a condição financeira da população local, a economia da região se destaca dentre as outras cidades. Apesar de ter passado por um período de super produção, fazendo com que os preços decaíssem, na década de 90 houve estabilização das áreas plantadas. É uma dinânima cultural e eficiente; preços altos, áreas de plantio expandidas; preços baixos, áreas de plantio reduzidas.
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