A Maquina que mudou o mundo
Por: amandaa_of • 2/12/2017 • Trabalho acadêmico • 977 Palavras (4 Páginas) • 414 Visualizações
Resumo Cap. 2 e 3 – A máquina que mudou o mundo
A produção artesanal anterior a Revolução Industrial tinha características como: mão de obra especializada, ferramentas simples e flexíveis e um item sendo produzido de cada vez. Por exigir o método artesanal, esta produção era cara para o consumidor final, inclusive dificultando o acesso a determinados tipos de produtos para a população.
Após a Primeira Guerra Mundial, o mundo fez a transição de uma era de produção baseada no artesão, para uma produção em massa. Os EUA ganhou evidência no cenário global, dominando a economia. O produtor em massa utilizava profissionais especializados, para projetar produtos manufaturados feitos por trabalhadores semi ou não-qualificados, utilizando máquinas dispendiosas que pela maioria das vezes executavam uma só tarefa por vez. A padronização subiu de nível, contudo, pela mudança para um novo produto ser dispendiosa, o produtor em massa mantinha os modelos padrão por mais tempo possível. O que se pode constatar neste momento foi a maior acessibilidade a alguns bens produzidos em massa, por custarem mais barato, mas em detrimento disso a variedade era sacrificada e os métodos de trabalho eram monótonos e por vezes, sem sentido.
A indústria automobilística acompanhou estas mudanças de sistemas de produção e alguns de seus nomes foram importantes para essa transição. Exemplo disso, Ford foi quem trouxe o conceito de intercambialidade das peças e a facilidade de ajustá-las entre si. Sua insistência na padronização trouxe benefícios financeiros de redução de custo para as linhas de montagem. Houve também a implantação da linha de montagem móvel, que reduziu significativamente o tempo de ciclo de tempo de tarefa médio dos montadores de veículos, e o advento da reparabilidade dos veículos produzidos.
Com todas essas características, Ford virou líder da indústria automobilística mundial, praticamente eliminando as companhias artesanais que eram incapazes de acompanhar as evoluções da fabricação trazidas por ele. Posteriormente, Sloan complementou o seu trabalho, transformando o sistema que fora criado em um sistema de produção em massa completo. Ele revolucionou o marketing e a gerência da indústria automobilística e surgiram assim novas profissões. Todas as áreas funcionais da empresa passaram a ter seus especialistas. Além disso, Sloan, ao contrário de Ford, inovou a aparência externa dos veículos, para sustentar o interesse dos consumidores.
Após a Segunda Guerra Mundial, foi o emergir dos conceitos de produção enxuta, com o salto japonês na indústria. A princípio, tais conceitos se concentraram exclusivamente no Japão e aos poucos emergiram nas indústrias da América do Norte e Europa ocidental. O produtor enxuto possuía equipes multiqualificadas em todos os níveis organizacionais, além de máquinas flexíveis e automatizadas, para produzir grande quantidade e variedade de produtos.
Definiu-se como “enxuta” por utilizar a metade dos recursos normalmente utilizados na produção em massa: trabalhadores, espaço, investimento, horas, estoques, etc. Neste conceito não havia espaço para desperdícios, apenas o estritamente necessário era utilizado para produzir bens com bem menos defeitos e numa maior e sempre crescente variedade.
Os produtores enxutos, diferentemente dos em massa, não estabeleciam uma meta de quantidade tolerável de defeitos, em um determinado nível de estoque e numa variedade de produtos. Almejavam nada mais que a perfeição: menores custos, zero defeitos, nenhum estoque e variedade de novos produtos. O modo de trabalho dos operários se tornara mais estimulante e a produtividade aumentada, à medida que um dos princípios básicos da produção enxuta foi trazer a responsabilidade para a base da pirâmide organizacional, permitiu-se ao operário um maior controle sobre o próprio trabalho.
Assim como a Ford contribuiu o sistema de produção em massa, a Toyota foi pioneira no sistema de produção enxuta. Ou seja, duas grandes contribuições em indústrias automobilísticas para os sistemas de gestão da produção. Ao longo das décadas, ambos foram sendo redesenhados de acordo com as necessidades e novas tecnologias.
Na comparação entre a Toyota e a GM feita pelo autor, fica claro a superioridade do modelo enxuto sobre a produção em massa (quadro pág. 69). Nos quesitos horas brutas de montagem por carro, horas ajustadas de montagem por carro, defeitos de montagem por 100 carros, espaço de montagem de carro por metro quadrado e média de estoque de peças, ficou clara a vantagem e a relevância do modelo Toyota em todos os aspectos.
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