A Moral e Politica
Por: Bruno Araujo • 31/5/2019 • Resenha • 958 Palavras (4 Páginas) • 153 Visualizações
FMU
Bruno Marques de Araújo
Moral e Política
Ciência Política – Avaliação Continuada
Professor: Sergio Tomioka
Curso: Ciências Econômicas – 4º semestre
Campus: Itaim Bibi - Noite
São Paulo
2016
Moral e Política
Desde o renascimento, o homem vê a política como essencial para viver em sociedade. Embora muitos ainda afirmam não se interessar por esse tema, é indiscutível que sua importância é de tal forma que hoje, para os interesses sociais, sempre há alguma discussão que envolva partidos ou ideais políticos. Não há como fugir: para se viver em sociedade e participar desta ativamente, o homem deve entender de política. E deve entender também que moral e política são campos distintos.
Maquiavel, em “O Príncipe”, diz que a única arte que um rei deve dominar é a arte da guerra, e não por acaso, visto que o poder e o domínio dos territórios na época em que o livro foi escrito, se dava por batalhas e conquistas dos povos. Para isso, o rei ou príncipe líder que quisesse dominar o principado, precisaria de astúcia e impedir que novas forças fossem capazes de combate-lo.
O caminho para o poder, segundo Maquiavel, ia muito além da moral, e por isso sua famosa frase é tão conhecido: “os fins justificam os meios”. Se a afirmação é unânime, muito se discute, mas não se deve descarta-la, já que muitos príncipes, principalmente os turcos, chegaram ao poder através de conquistas pouco ortodoxas, muitas vezes através da força coercitiva e mal tratos aos povos conquistados.
Em apenas um ponto Maquiavel cita a moral: ele afirma que o príncipe que seguir a Deus certamente terá suas recompensas, mas é claro que só isso não basta. Seu pensamento vai além: aquele que quer o poder precisa da sorte ao seu lado, pois essa é aliada daqueles que o almejam. A sorte é metade do caminho percorrido para aquele que deseja alcançar o comando do principado. A outra metade é o mais importante: o conhecimento. O conhecimento para ele, é como dito antes, a guerra. Mas após a guerra e a conquista, o príncipe deve a todo custo manter-se no poder e nesse ponto a moral não é bem-vinda. Para se manter no poder, é exigido amplo controle político do príncipe.
O pensamento de Maquiavel vive até hoje, já que muitos dos que estão no comando do Estado percorrem o caminho do estudo e além disso, contam com o acaso (sorte) para entrar no meio político. Michel Temer, por exemplo, entrou na política através de um convite. Claro que Temer possui seu mérito por ser reconhecido, mas se ele não estivesse no lugar certo, como professor na universidade certa, talvez não seria hoje o que é.
Muitos homens (ou quase todos) almejam o poder. Desde o surgimento do estado leviatã, o homem se vê em condições de fazer parte do comando, ou governo. Talvez por exercer influência, gozar da fortuna ou até mesmo por simples ambição pelo poder. Essa busca é vista como o sustento do sistema de servidão ao estado, segundo La Boétie. Para ele, o homem que almeja o poder é um ser submisso. O homem nasce nesse sistema e por isso é acostumado desde cedo a servir. Ele não conhece outro modo de viver. O hábito de servir o leva à comodidade, fazendo-o ver o mundo como ele é e não como deveria ser. Quando o homem chega ao poder, pode tornar-se um tirano. Ele se torna tirano pelo apoio de um que em consequência pode chegar a milhões.
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