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A Região Sul

Por:   •  2/12/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.988 Palavras (16 Páginas)  •  150 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

A região Sul do Brasil, se fortaleceu industrialmente entre os períodos de   1970 e 1990, em consequência da desconcentração da indústria brasileira, em que se teve a reversão da polarização do Sudeste em direção ao Sul do país. Nessa época, a participação do Sul na produção industrial do país foi de 12% para 17%. Dessa forma, a Região passou a obter um crescimento estável da produção industrial, uma vez que fortaleceu e modificou sua estrutura produtiva.

Os três Estados que compõe a Região Sul passaram por uma mudança econômica, que se reflete hoje em estruturas no setor produtivo, relativamente semelhantes entre si. De uma estrutura na sua totalidade agrícola, ao acompanhar o processo nacional, sobreveio a agroindustrialização em cada um dos estados, resultando em economias fortemente fundamentadas nas atividades dos setores primário e secundário (MARTINIE; DINIZ, 1991; DINIZ, 1995; MONTIBELLER FILHO; GARGION, 2014).

Em relação à economia, atualmente, possui o 2° maior Produto Interno Bruto - PIB do Brasil, é baseada em atividades na indústria principalmente automobilísticas e agropecuária, na pecuária é uma das maiores produtoras e exportadoras de suínos e frangos. Na agricultura se destaca no cultivo de trigo, café, feijão e soja, mas o seu maior potencial produtivo concentra-se no Rio Grande do Sul com o cultivo de uva. O Estado possui grandes vinícolas responsáveis por 85% da produção Nacional de vinho tendo como destaque a Serra Gaúcha. Santa Catarina tem como o principal cultivo a maçã, no Paraná mandioca, soja e café.  

Objetiva-se com este projeto levantar dados econômicos a respeito da Região Sul do Brasil elencando aspectos como produto interno Bruto, Índice de desenvolvimento Humano, características comerciais e industriais e desenvolvimento Sustentável dos Estados que compõe a região.

  1. CONCEITOS DE CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO

O crescimento econômico caracteriza a mudança quantitativa ou expansão na economia de um país, e é convencionalmente medido como o aumento percentual do Produto Interno Bruto - PIB (preço vezes quantidade de todos os bens e serviços finais produzidos) durante um ano ou trimestre. Dessa maneira o crescimento vem em duas formas: extensivamente, usando mais recursos (físicos, humanos, natural) e intensivamente, usando a mesma quantidade de recursos de forma mais eficiente (ARAÚJO; SHUCH, 2013).

O Desenvolvimento econômico se dá pela mudança qualitativa na economia de um país em conexão com o progresso tecnológico e social, os principais indicadores de desenvolvimento econômico estão em aumentar o PIB/capita e melhorar o Índice de Desenvolvimento Humano – IDH, por exemplo, o PIB alto, mas com uma população muito pobre não é país desenvolvido. Para o bem-estar das pessoas pode ser mais importante seu consumo/per capita do que a renda. Atualmente, o desenvolvimento é um conceito mais amplo do que apenas o crescimento econômico.

De acordo com Araújo e Shuch (2013), identificam alguns fatos socioeconômicos que, em muitos aspectos, caracterizam o processo de desenvolvimento, como aumento da produtividade do trabalho, diminuição das diferenças Inter setoriais da produtividade do trabalho, modificações estruturais na produção e na renda, investimento em tecnologias, uso da força de trabalho, educação e mudanças demográficas.


  1. CRESCIMENTO ECONÔMICO DA REGIÃO SUL

Segundo informações apresentadas do IBGE (2002 – 2014) a região Sul, é a 2º com maior PIB dos estados Brasileiros. Analisemos a figura abaixo:

Figura 1 – Crescimento das Regiões brasileiras no período entre 2002 e 2014.

[pic 2]

Fonte: IBGE, 2018

De acordo com o IBGE (2013), a Região Sul, possui uma área de 576.774,3 km³, com 1.191 municípios, com uma população de 29,64 milhões de habitantes e densidade demográfica de 51,38 hab./km² (estimativa do IBGE para 2017).

 A economia nessa região, durante o processo de ocupação humana, era baseada essencialmente na agricultura, com as atividades ligadas aos imigrantes que vieram morar na região e com o passar do tempo, abriu novos horizontes com a chegada da industrialização. A sua agricultura atualmente é bem diversificada, os principais produtos agrícolas da região é a soja, trigo, arroz, algodão, cana de açúcar, laranja, uva, café, erva-mate.

A região Sul do Brasil formada pelos estados Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, possui uma economia bem variada e distribuída em vários setores, tais como agropecuária, extrativismo, indústrias de transformação, automobilística, têxtil, alimentícia, produtos eletrônicos e tecnológicos, a área de serviços também é muito importante, destacando-se o turismo nas cidades litorâneas, entre elas Santa Catarina, que possui uma excelente infraestrutura turística, disponibilizando aeroportos, pousadas, hotéis, parques, entre outros. O comércio também é bem movimentado em toda região Sul.

 

Figura 2 – Produto Interno Bruto – PIB da Região Sul (1999 – 2010)

[pic 3]

Fonte: IBGE (1999 – 2010), em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA

De fato, a região evoluiu de uma matriz totalmente agrícola para a diversificação industrial, mas as duas atividades ainda são as principais fontes de renda da população.

3.1 CRESCIMENTO ECONÔMICO DOS ESTADOS DA REGIÃO SUL

3.1.1 Paraná

A economia Paranaense, está ligada à agricultura, pecuária, indústria e mineração. Na região metropolitana de Curitiba, capital do estado, está localizado um dos pilares da indústria automotiva nacional.

[pic 4]

Desde o início do ano passado o Estado vem apresentando resultados positivos, os desempenhos foram bons em todos os trimestres do ano, é evidente que a agropecuária cresceu em relação a 2016, pois apresentou elevadas produções de milho, soja, café, fumo e feijão. A atividade industrial também teve grande expansão em 2017, o setor de serviços também apresentou um crescimento, influenciado pelo resultado do comércio e do ramo de alojamento e alimentação.

[pic 5]


3.1.2. Santa Catarina

De acordo com o Governo de Santa Catarina, a economia Catarinense é bastante diversificada e está organizada em vários polos distribuídos por diferentes regiões do Estado. A diversidade de climas, paisagens e relevos estimula o desenvolvimento de inúmeras atividades, da agricultura ao turismo, atraindo investidores de segmentos distintos e permitindo que a riqueza não fique concentrada em apenas uma área. A grande Florianópolis destaca-se nos setores de tecnologia, turismo, serviços e construção civil. O Norte é polo tecnológico, moveleiro e metal mecânico. O Oeste concentra atividades de produção alimentar e de móveis. O Planalto Serrano tem a indústria de papel, celulose e da madeira. O Sul destaca-se pelos segmentos do vestuário, plásticos descartáveis, carbonífero e cerâmico. No Vale do Itajaí, predomina a indústria têxtil e do vestuário, naval e de tecnologia. O turismo é outro ponto forte da economia catarinense.

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