A Resenha Keynes
Por: Br.nicacio • 12/11/2018 • Resenha • 835 Palavras (4 Páginas) • 200 Visualizações
John Keynes nasceu em 1883, e é considerado um dos maiores economistas do século XX. Tido por uns como radical e por outros como conservador, as teorias de Keynes alteraram a forma de se pensar macroeconomia, além de mudar também, a forma como as políticas governamentais eram vistas, como meio de controlar a economia do Estado. Publicado em 1936, a Teoria Geral é a principal obra de Keynes, onde ele aborda mais amplamente todas as principais questões de suas ideias.
Além de ser um excelente teórico, devido ao contexto em que suas ideias ganharam credibilidade, logo após a primeira Grande Depressão, era comum na época, enxergar em Keynes a tipificação de um Messias, que detia os conhecimentos necessários para salvar o capitalismo da autodestruição. Pode-se dizer, com certa cautela, que as políticas Keynesianas foram mais amplamente adotadas nos Estados Unidos, que é o principal local de estudo para avaliar as eficácias dessas políticas. A partir de 1929, com a adoção das ideias keynesianas às políticas estadunidenses, podemos notar uma facilidade maior dos Estados Unidos, tanto para controlarem melhor a suas crises, como para retomarem o crescimento econômico. Como exemplo desse último podemos citar o período que corresponde à Segunda Guerra Mundial, em que os grandes gastos governamentais na produção de armamentos, alimentos e outros produtos, financiaram um crescimento econômico extraordinário, mesmo às custas da expansão do endividamento. Basicamente, Keynes era um defensor do intervencionismo estatal, no sentindo de que o governo deveria usar a sua capacidade de tomar empréstimos, tributar e gastar, para financiar o crescimento econômico do Estado. Matematicamente, isso pode ser visto na fórmula Y=C+A, de forma simplificada, sendo Y a renda/PIB da nação; C, corresponde ao consumo; e A corresponde ao gasto autonomo. Partindo dessa base teórica, Keynes se diferencia de seus contemporâneos por buscar aproximar o estudo dos ciclos econômicos, e também das respostas para certos entraves, da realidade vivida na época.
Partindo da fórmula anterior, podemos explicitar umas das principais contribuições de Keynes para a Macroeconomia, a noção de propensão marginal a consumir e a poupar. Ele apresenta então uma função consumo: C= y. Y. Sendo “y” correspondente à propensão marginal a consumir. Essa propensão representa quanto da Renda (Y) o indivíduo está disposto a consumir, e o restante seria o que ele estaria disposto a poupar. Por definição, essa propensão deve ser menor do que 1. Ainda sobre a função de Renda apresentada por Keynes, Y=C+A, podemos apresentar também a função completa. Sendo, Y= y.Y+I+G+(X-M). Assim, podemos constatar matematicamente, as bases teóricas dos pensamentos de Keynes, na medida que o aumento no gasto governamental, traria consequências positivas para renda agregada.
Apesar de conservador, Keynes era visto também como radical, pois, como disse anteriormente, ele discordava, mas não totalmente, com a teoria econômica neoclássica. John Keynes, negava a principal hipótese do modelo neoclássico, do automatismo do mercado. Ou seja, os neoclássicos não admitiam que o Governo deveria fazer intervenções na economia, nem em momentos de crise, pois de acordo com eles, à longo prazo os mercados tendem a se equilibrar novamente, e uma intervenção atrapalharia esse movimento do mercado. Mesmo discordando, da ideia “Mãe”
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