Resenha Hayek, Smith e Keynes
Por: Thiago Demonti • 24/3/2021 • Resenha • 518 Palavras (3 Páginas) • 229 Visualizações
Centro Universitário de Brusque – UNIFEBE
Professor: Wagner Dantas
Curso: Direito
Matéria: Economia Política
Turma: Noturno B – 1ª fase
Aluno: Thiago Demonti
Como predissera F.A. Hayek em sua obra, “O Caminho da Servidão”, no prefácio do capítulo 5, com as palavras do tão aclamado “Pai da Economia”, criador do termo “mão invisível do mercado”, Adam Smith:
O estadista que pretendesse ditar aos indivíduos o modo de empregar seu capital não somente assumiria uma sobrecarga de cuidados desnecessários como se arrogaria uma autoridade que não seria prudente confiar a conselho ou senado de qualquer espécie, e que jamais seria tão perigosa como nas mãos de um homem insensato e presunçoso a ponto de julgar-se apto a exercê-la.
Evidencia-se, deste modo, a notável semelhança na visão econômica de Hayek e Smith. Ambos, austríaco e escocês, respectivamente, defendem a liberdade, nessa análise, a liberdade econômica. Nesse aspecto, as teorias formuladas por ambos os economistas tendem a manutenção de um mercado livre (laissez-faire), que se autorregule, livre de interferência estatal, em síntese, defensores do capitalismo em sua forma verdadeira. Em contra ponto, um famoso economista inglês, J.M. Keynes, apresenta ao mundo uma teoria que rivalizara com a visão pró-mercado, a teoria que incentiva o intervencionismo e o controle do Estado sobre a economia, a teoria Keynesiana. A Grande Depressão, o Crash de 29, a Queda de Wall Street, a Crise de 1929, diferentes formas de referir-se a esse momento que representara sem dúvidas o ápice do desespero e do caos econômico. Diante disso, a teoria Keynesiana ganhou espaço na economia mainstream, a ideia de “gastar para sair da crise” em união a legitimação do intervencionismo, gerou enormes programas de infraestrutura, como o norte-americana New Deal – embora, para alguns, em sintonia com a visão austríaca, a grande crise da década de 20 fora gerada pelo próprio intervencionismo norte-americano12.
1 HAYEK, Friedrich. Monetary Theory and the Trade Cycle. Editora Augustus M. Kelley Pubs, 1933. 2 ROTHBARD, Murray N. America's Great Depression. Editora Mises Brasil, 5ª Ed, 1999.
Embora a visão de John Maynard Keynes, tenha sido a mais aceita dentre os governos de modo geral, as críticas a essa teoria não limitaram-se a F.A. Hayek ou Ludwig Von Mises, quando afirmara, sobre o intervencionismo e inflacionismo:
Em 1936, em sua obra General Theory of Employment, Interest and Money, Lord Keynes deploravelmente elevou esse método - aquelas medidas de emergência do período 1929-1933 - à categoria de princípio, ao status de sistema fundamental de política.3
Contudo, é notável a influência do Keynesianismo no aspecto regional e global, o Brasil, por exemplo, desde a fundação da “Nova República”, pós Regime Militar, apresenta de maneira bastante clara os aspectos da visão Keynesiana, como o gasto governamental em infraestrutura e o forte caráter intervencionista, juntamente a teoria Neoliberal de “Estado de bem-estar social” (Welfare State). Por conseguinte, em última análise, Keynes fora um importantíssimo pensador, do século XX até a hodiernidade, embora a busca
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