A crise financeira e suas consequencias na reuniao do G20
Por: estelaro • 28/10/2015 • Resenha • 769 Palavras (4 Páginas) • 388 Visualizações
Em março de 2001 começou a sentir-se o início da crise nos Estados Unidos, com o estouro da bolha das empresas “pontocom” e uma sequência de cortes de juros, a fim de que o país saísse da recessão. Com os juros baixos, o mercado imobiliário teve uma alta demanda, elevando o consumo e a circulação de crédito no país.
Em 2006, após o bomm do mercado imobiliário, percebiam-se já sinais de saturação, com preços e estoques altos de imóveis imobiliários, além de uma taxa de juros que vinha subindo desde junho de 2004. A elevação dos juros impactou nos contratos de hipoteca, gerando inadimplência dos clientes, com as instituições financeiras comprando os títulos hipotecários “subprime” e os revendo sob a forma de derivativos. Os derivativos são papéis com valor derivativo de outros ativos, considerados de risco. Assim, todo o mercado passou a ter medo de emprestar e comprar os “subprime”, gerando uma crise de liquidez (retração de crédito).
O mercado financeiro americano começou a sentir os resultados da crise no ano de 2007, com empresas pedindo concordatas, falência de empresas, reestruturações, perdas constantes do valor das empresas nas Bolsas de Valores de todo o mundo.
A ajuda do governo americano para os bancos e outras empresas não impactaram conforme o esperado, gerando um crescente índice de desemprego.
No Brasil, buscando reduzir os efeitos da crise mundial, o Banco Central reduziu, em março, a Selic de 12,75% ao ano para 11,25% ao ano, com o objetivo de estimular o crescimento e evitar uma recessão no país. Este percentual foi definido pela queda na produção industrial de janeiro e a retração de 3,6% do PIB no último trimestre de 2008.
Em 02 de abril de 2009, o G20, formado pelos países mais ricos e os principais países emergentes, a fim de discutir sobre a atual crise econômica e financeira global.
As medidas anunciadas no G20 com a crise são a manutenção dos postos de trabalho, buscando estimular o consumo e a economia dos países, queda dos juros e ações dos governos para reestruturar o fluxo de crédito e solidez das instituições financeiras. O novo órgão, FSB (Conselho de Estabilidade Financeira) trabalhará com o FMI, buscando detectar sinais de riscos financeiros e macroeconômicos. Os recursos para o FMI foram ampliados, que buscará auxiliar novas linhas de crédito do FMI e bancos multilaterais em desenvolvimento. Além disso, os países se comprometeram a não levantar novas barreiras ao comércio e aos serviços.
A reunião do G20 discutiu sobre os compromissos com a erradicação da fome e pobreza no mundo, garantindo uma recuperação justa e sustentável para todos os países.
No Brasil, o principal efeito da crise está na dificuldade em se obter crédito. Grandes empresas que dependem de financiamento externo passam a encontrar menos linhas de créditos disponíveis, afinal, os bancos possuem receio de emprestar em um contexto de crise. Por conseqüência, com a dificuldade em captar no exterior, ficam comprometidos projetos de construção dessas empresas, que por sua vez gerariam empregos e renda ao país.
Para reduzir os efeitos da crise internacional, o BC (Banco Central) anunciou mudanças nos depósitos compulsórios das instituições financeiras, um dos instrumentos usados para controlar a quantidade de dinheiro que circula na economia. Com a redução do compulsório, o BC dá aos bancos mais dinheiro para emprestar aos seus clientes.
A contração do crédito, outra conseqüência da crise nos EUA é haver alguma desaceleração do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, haja vista que o consumo das famílias e o investimento das empresas, dois dos principais pilares de expansão da economia nos últimos anos, cresceram justamente pela ampla oferta de crédito. Com menos dinheiro, gasta-se menos, produz-se menos e o crescimento é menor.
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