Análise da Ata da 166ª Reunião Feita pelos Membros do Comitê de Política Monetária

Análise da Ata da 166ª reunião feita pelos membros do Comitê de Política Monetária – Copom:

Partindo da informação de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA dos meses de janeiro, fevereiro e março de 2012 foi, respectivamente, de 0,56%, 0,45% e 0,21%, assinala a Ata do Copom da 166ª Reunião, realizada em 17 e 18/04/2012, que o IPCA acumulado nos últimos doze meses acusou o sexto recuo consecutivo da inflação acumulada nos últimos doze meses, alcançando 5,85% em fevereiro e 5,24% em março, menor, portanto, que em março de 2011, que era de 6,30%. E, assim, constata uma inflação em processo de declínio, fator positivo para o país, porquanto a inflação acelerada leva a um desequilíbrio e instabilidade econômica. A inflação é como um termômetro que indica a saúde ou a anormalidade na economia. Um dos principais problemas que gera, quando seus índices são elevados, é a perda da relatividade de preços. Logo, índices baixos de inflação criam cenários onde se torna possível haver um maior crescimento econômico. Nesse sentido, ressalta o Comitê de Política Monetária – Copom, no item 21:

Taxas de inflação elevadas reduzem os investimentos e o potencial de crescimento da economia, além de terem efeitos regressivos sobre a distribuição de renda. Dito de outra forma, taxas de inflação elevadas não trazem qualquer resultado duradouro em termos de crescimento da economia e do emprego, mas, em contrapartida, trazem prejuízos permanentes para essas variáveis no médio e no longo prazo.

Também foi destacado na Ata do Copom o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que acusou recuo da inflação no acumulado dos últimos doze meses, tendo, em março de 2012, 7,77 pontos percentuais abaixo do registrado em março de 2011. Como componentes desse indicador foram citados: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), o Índice Nacional de Custo da Construção Civil (INCC) e o Índice de Preços ao Produtor/Indústria de Transformação (IPP/IT), sendo ressaltada a redução de pressões inflacionárias nos segmentos referentes aos índices de preços no atacado e ao produtor.