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Arranjo produtivo local em economia

Por:   •  5/2/2017  •  Dissertação  •  1.071 Palavras (5 Páginas)  •  458 Visualizações

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Nas ultimas duas décadas, o estudo sobre a importância dos aspectos locais para o desenvolvimento econômico e competitividade das empresas vem crescendo nas literaturas econômicas. Estes estudos dão foco às aglomerações setoriais de empresas que através da cooperação ou pela configuração econômica desenvolvida, conseguem criar diferencias competitivos significativos. Dependendo da sua organização, estas aglomerações são chamadas de arranjos produtivos locais (APLs), sistemas produtivos locais, clusters etc. Estes nomes dados tem em comum a ênfase na importância dos aspectos locais para o desenvolvimento e a competitividade das empresas.

Deste modo, definir um arranjo produtivo local é entendê-lo como um referencial ao planejamento do desenvolvimento e compreende-los como aglomerações de agentes econômicos, políticos e sociais com foco em diversas atividades econômicas especificas que, apresentam vínculos para a interação, cooperação e aprendizagem entre si e seu entorno, incluindo, além das empresas produtoras de bens e serviços finais, fornecedores de insumos e equipamentos, prestadoras de serviços, clientes etc. e suas variadas formas de representação e associação, mas também diversas outras instituições publicas e privadas voltadas à formação e treinamento de recursos humanos, pesquisa, desenvolvimento e engenharia, responsáveis por ações de criação e recriação de conhecimentos, bem como, seu compartilhamento e socialização, representando sua forte especificidade e que só é transmitido pela interatividade, oportunizada pela proximidade local, que quando socializada impulsiona a ampliação da capacitação produtiva e de inovação das empresas e instituições (CASSIOLATO e LASTRES, 2003, p.27).

A Rede de Pesquisa em Sistemas Produtivos e inovativos locais (RedeSist) desenvolveu os conceitos de arranjo e sistema produtivo e inovativo local, dando ênfase a um grupo especifico de atividade econômica a qual possibilite e privilegie a analise de interações, particularmente aquelas que abrem caminho para a introdução de novos produtos e processos. Relações técnicas, formais e informais são de extrema importância para as interações, entre os diferentes aspectos que visão adquirir, gerar e difundir conhecimentos. Tais aspectos comumente apresentam fortes vínculos que envolvem agentes localizados em um mesmo território. As interações citadas dão referencia não apenas as empresas que atuam em ramos diversificados, mas também em suas diferentes formas de representação e associação (cooperativas), como também a várias outras instituições publicas e privadas.

As vantagens competitivas são proporcionadas através da analise de fatores como a economia externa derivada da força de mercado que surgem com a aglomeração de empresas do mesmo setor. Muita mão de obra qualificada, presença constante de fornecedores e prestadores de serviços especializados e ações que surgem pela proximidade e interação dos agentes são exemplo das forças que podem surgir com a aglomeração de empresas do mesmo setor. Estas forças em conjunto possuem a capacidade de resolver problemas em comum ou estabelecer processos para a geração de vantagens competitivas.

Nestas aglomerações de empresas, as relações estabelecidas entre os atores podem resultar em interação e aprendizagem com o potencial de geração de inovações, garantem a competitividade das empresas e são capazes de sustentar o desenvolvimento local. Pode-se concluir que o surgimento de processos que levam ao aprendizado coletivo e capacitação produtiva e inovativa são derivados dos conhecimentos tácitos e específicos de natureza local. Deste modo, a inserção de empresas nestas aglomerações pode favorecer o acesso a recursos e competências especializados disponíveis no local, bem como permitir o aprofundamento de processos de aprendizado que possibilite estas empresas de fortalecer sua posição competitiva nos devidos setores de atuação.

Assim, a ênfase em sistemas e arranjos produtivos locais privilegia a investigação das relações entre conjuntos de empresas e destes com outros atores, dos fluxos de conhecimento, das bases dos processos de aprendizado para as capacitações produtivas, organizacionais e inovativa, da importância da proximidade e identidade histórica, institucional, social e cultura como fontes de diversidade e vantagens competitivas. Sistemas produtivos e inovativos locais são aqueles arranjos produtivos em que, articulação e vinculo consistentes resultam em interação, cooperação e aprendizagem, com potencial de gerar o incremento da capacidade inovativa endógena, da competitividade e do desenvolvimento local. Desta maneira, consideramos que a dimensão institucional e regional constitui elementos cruciais do processo de capacitação produtiva e inovativa. Diferentes sistemas cognitivos e regulatórios e formas de articulação e de aprendizado interativo entre agentes são reconhecidos como fundamentais na geração e difusão de conhecimento e particularmente aqueles tácitos. Tais sistemas e formas de articulação podem ser tanto formais como informais (CASSIOLATO e LASTRES, 2003,p.27).

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