Ascensão e Queda do Keynesianismo e a Afirmação das Práticas Neoliberais
Por: vivigregorio • 8/7/2018 • Trabalho acadêmico • 1.375 Palavras (6 Páginas) • 229 Visualizações
Escola de Políticas Públicas e Gestão Governamental – EPPGG/IUPERJ
Curso: Especialização em Políticas Públicas e Gestão Governamental
Unidade II: Políticas Econômicas e (para o) Desenvolvimento
Coordenador: Professor Dr. Jorge Natal (IPPUR/UFRJ)
Turma: 2017 - 2018
Período: 18/09 a 16/10/2017
Aluna: Viviane N. de Gregorio
AVALIAÇÃO – UNIDADE II
ENTREGA DE FICHAS
FICHA 1
TÍTULO DA SESSÃO: Ascensão e Queda do Keynesianismo e a Afirmação das Práticas Neoliberais.
PROFESSOR-PALESTRANTE: Marta Skinner - Economia/ UERJ
DATA E TURNO: 18/09/17 – Manhã
OBJETIVO:
Estabelecer as teorias e políticas econômicas keynesianas e seu colapso a partir do surgimento dos conceitos neoliberais na sociedade mercadológica contemporânea.
ESTRUTURA EXPOSITIVA:
- A crise do Liberalismo no final do século XIX;
- O surgimento do Keynesianismo como um desenvolvimento teórico de superação aos problemas advindos da crise da economia capitalista liberal;
- O declínio das teorias keynesianas e suas respectivas causas – gigantismo do Estado;
- O surgimento do Neoliberalismo, sua implementação e ideais visando a retomada do crescimento econômico através do livre comércio e de práticas globalizantes.
IDÉIAS CENTRAIS (com sucinta argumentação):
A partir da publicação da obra “Riqueza das Nações” de Adam Smith, um dos maiores teóricos do liberalismo econômico do século XIII, a dinâmica das economias capitalistas, aliada às ideias liberais, passou a ser baseada na autorregulação do livre jogo de mercado (Teoria da “Mão Invisível”), ou seja, na perfeita combinação entre oferta e a demanda. De acordo com o liberalismo econômico, o Estado deveria “deixar o mercado fazer”. Assim, sem a interferência do Estado na economia, o mercado se manteria equilibrado. Esse princípio foi denominado de “Laissez-Faire”. Para Adam Smith, a atuação do Estado não deveria ser extinta, e sim minimizada, se limitando a garantir a lei e a ordem pública, a defesa nacional contra ameaças externas, a proteção da sociedade, a propriedade privada e a oferta de bens públicos (como saúde, educação e saneamento básico).
No final do século XIX, o idealismo liberal entrou em crise. Seu enfraquecimento se deu em virtude das pressões advindas da sociedade, em nome do estabelecimento de uma nova ordem econômica que se ajustasse às grandes transformações, de natureza social, política e tecnológica que estavam sendo demandadas na época.
Os mecanismos autorreguladores do capitalismo passaram a ser amplamente questionados, principalmente em uma das piores crises vivenciadas do capitalismo mundial: a Crise de 1929. Após a crise, não houve dúvida: a “Mão Invisível” não era suficiente para manter estável a economia.
Foi nesse ambiente de forte crise econômica, cujas pautas traziam a rediscussão do papel do Estado na economia que surgiu John Maynard Keynes. Keynes, em 1936, publicou sua obra “Teoria Geral”, que defendia a intervenção do Estado nos segmentos da economia, principalmente em áreas onde a iniciativa privada não tinha mais capacidade de atuar, ou seja, o mercado sozinho não era mais capaz de resolver todos os problemas. Assim, o Estado passou a assumir papéis regulatórios, de forma a promover o crescimento da economia, com o restabelecimento do pleno emprego, este alcançado com o equilíbrio entre demanda agregada e capacidade de produção.
Um dos propulsores para diminuição expressiva das taxas de desemprego foi o período de guerras, pois exigiu dos governos uma intensificação da produção de armamentos a partir da adoção de uma política agressiva de compras, comprovando, segundo a teoria keynesiana, que o Estado, através do gasto público, tinha papel fundamental no equilíbrio macroeconômico.
O modelo do Estado intervencionista (Welfare State – Estado do bem-estar social) foi adotado por muitos países após o fim da Segunda Guerra Mundial, já que a interferência estatal parecia essencial para a recuperação econômica do mundo no pós-guerra.
Entretanto, no decorrer da década 70, foram observados uma série de problemas que as economias capitalistas experimentaram. Em quase todos os países industrializados, o pleno emprego e o nível de vida crescente alcançados em aproximadamente 30 anos posteriores à II Guerra Mundial, tida como a “Era de ouro do Capitalismo”, foram seguidos pela inflação e instabilidade econômica. A tese era de que o Estado, em seu tamanho agigantado, seria o grande causador dos problemas econômicos, em função da sua intensiva acumulação e regulação monopolista, bem como o excesso de demandas sociais e dos sindicatos apresentados à época.
Logo, o que se percebeu adiante, foi o retorno com grande força dos ideais liberais e a necessidade da despolitização da economia, reduzindo ao mínimo a atuação do Estado. Foi assim que nasceu um novo modelo de Liberalismo: o Neoliberalismo, cujo maior idealizador foi o economista Milton Friedman. Friedman, através da Escola Monetarista, buscava uma solução para a crise que atingiu a economia mundial em 1973, provocada pelo aumento excessivo no preço do petróleo.
Com a introdução das práticas neoliberais, as políticas keyniasianas foram se enfraquecendo. O Estado passou a intervir minimamente nas questões econômicas e a postura verificada foi a abertura do espaço para a legitimação das políticas privatizantes e para a valorização da gestão privada sobre a gestão pública. O objetivo era propiciar o crescimento econômico do país mediante a livre circulação de capitais internacionais, com ênfase na globalização e na formação de grandes empresas transnacionais.
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