Avaliação da conjuntura econômica brasileira na atualidade
Por: ilaris • 25/11/2015 • Trabalho acadêmico • 1.349 Palavras (6 Páginas) • 412 Visualizações
Avaliação da conjuntura econômica brasileira na atualidade
É extremamente complicado supor ou antecipar o que vai acontecer na economia brasileira no ano de 2015 e nos posteriores. Existe hoje, uma grande esperança em relação às iniciativas na área econômica anunciadas pela dupla Joaquim Levy e Nelson Barbosa que sinalizam a tomada de medidas como contenção dos gastos públicos e outras que soam bem aos ouvidos dos investidores internos e externos. Porém o trabalho é árduo e longo, tendo em vista que, puxado pela queda de 2,8% na produção industrial e -4,1% no total do comércio exterior (exportações + importações), além, é claro, da política econômica dos últimos anos, perda de confiança por parte dos investidores, deterioração da imagem do país, o PIB cresceu ZERO no ano passado. Para 2015, as previsões variam de -1,0% até +1,0% (Banco Mundial), com crescimento um pouco maior em 2016 (2,5%) e, de acordo com o FMI, o PIB mundial terá um crescimento de 3,5%, enquanto o Brasil está com o PIB estimado em queda de 0,9%, sendo revisto pela CNI em uma queda de até 1,2%.
O Brasil está sendo apontado pelos especialistas como o país que está puxando para baixo os números da economia latino-americana, já que está entre o segundo país com o pior crescimento, perdendo somente para a Venezuela com contração prevista em 2015 para 7%.
O FMI também está prevendo um aumento da inflação, sendo apontado um valor maior que 8%, o qual está acima do teto da meta divulgada pelo banco central brasileiro com 6,5%. Isto se deve, em parte, ao preço alto da energia elétrica, a alta dos produtos presentes nas cestas básicas de alimentos e também pela perda de confiança dos investidores internacionais.
Devido ao precário cenário econômico brasileiro, a população está diminuindo, de modo geral, o seu consumo, chegando até ao setor de alimentos, no qual está adquirindo produtos essenciais e reduzindo o consumo dos demais. Já os produtos como pão, macarrão, peixe enlatado e açúcar estão em queda, até o iogurte, símbolo da prosperidade da classe C, não escapou do recuo na hora das compras.
Em 2014, o setor supermercadista estava com crescimento de 5,9%, porém terminou o ano com uma queda de 0,1%. Em nota para o jornal Valor econômico, o presidente da Abad (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados), diz que acredita que será possível crescer em torno de 1,5%, em 2015.
Boletim Focus
IPCA
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), medido mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), foi criado com o objetivo de oferecer a variação dos preços no comércio para o público final. Ele é considerado o índice oficial de inflação do país e, também é utilizado pelo Banco Central, que é o órgão oficial, responsável pela sua medição. O governo usa o IPCA como referência para verificar se a meta estabelecida para a inflação está sendo cumprida.
IPCA – Alta de 8,25%
Vem crescendo desde o ano passado, sendo que em 2015 a alta ficou mais acentuada, subindo de quase 6,5% para 8,25% em abril.
Para o setor de alimentos e bebidas, as despesas subiram 1,17% e exerceram um impacto de 0,29%. Juntos, o grupo dos alimentos e o da Habitação tiveram um impacto de 1,08% e explicam grande parte do IPCA do mês. Nos alimentos, que ficaram 3,50% mais caros neste ano e 8,19% nos últimos doze meses, foram registrados aumentos expressivos em alguns itens, especialmente na cebola (15,10%) e nos ovos (12,75%).
IGP-M
O IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) é uma das versões do Índice Geral de Preços (IGP). Ele é medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e registra a inflação de preços desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais.
Esses indicadores medem itens como bens de consumo (um exemplo é a alimentação) e bens de produção (matérias-primas, materiais de construção, entre outros). Entram, além de outros componentes, os preços de legumes e frutas, bebidas e fumo, remédios, embalagens, aluguel, condomínio, empregada doméstica, transportes, educação, leitura e recreação, vestuário e despesas diversas (cartório, loteria, correio, mensalidade de Internet, cigarro e outros).
O IGP-M é utilizado para aplicar reajustes em: Contratos de aluguéis, tarifas públicas e planos de seguros.
Em abril, o IGP-M está em 6,78%, tendo uma alta acentuada a partir de 2015.
Taxa Selic
A Selic é uma taxa referencial de juros. Ela é definida pelo Banco Central em reuniões periódicas. Sempre que o governo precisa de dinheiro, ele paga a taxa Selic para captar recursos.
O valor atual da taxa Selic é de 13,25%, sendo o maior valor no último ano, ou seja, o governo está pagando mais caro para captar recursos.
Comentários sobre números de setores importantes
Indústria
A situação da indústria é a mais complicada. Números de novembro de 2014 mostram que a produção industrial teve queda de 0,7%, em sete dos 14 estados pesquisados.
A automobilística entrou em 2015 em recessão, dando continuidade ao processo do ano anterior que teve 12,4 mil trabalhadores demitidos.
Mercado de Trabalho
A taxa de desemprego de 4,8%, em 2014, deverá subir para 5,6% ou um pouco mais em 2015, devido à desaceleração econômica (FGV). Segundo o Ministério do Trabalho, a geração líquida de empregos ficou em 487 mil postos, em 2014, menos da metade da meta prevista
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