Ações e segurança nas estruturas

UNILINS - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE LINS

FUNDAÇÃO PAULISTA DE TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO

ENGENHARIA DE ESTRUTURAS

THIAGO HENRIQUE MUKAI KUNINARI
RA - 207797

NBR-8681 (AÇÕES E SEGURANÇA NA ESTRUTURA)
NBR-6120 (CARGAS PARA O CÁLCULO DE ESTRUTURAS E EDIFICAÇÕES)

LINS – SP

2018

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

As normas asseguram as características desejáveis de produtos e serviços, como qualidade, segurança, confiabilidade, eficiência, intercambiabilidade, bem como respeito ambiental. Elas trazem uma contribuição enorme e positiva para a maioria dos aspectos de nossa vida.

ABNT NBR, também conhecida apenas como NBR, é a sigla para Norma Brasileira aprovada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas. As NBRs estabelecem regras, diretrizes, características ou orientações sobre um determinado material, produto, processo ou serviço.

Via de regra, as NBRs não são obrigatórias, pois sua criação é determinada por uma instituição privada e não pelo poder público. Entretanto, há leis brasileiras e normas regulamentadoras que exigem o cumprimento de algumas NBRs. Nesse caso, seu cumprimento passa a ser obrigatório.

1. DESENVOLVIMENTO

1. Ações e segurança nas estruturas

A NBR 8681 define ações como as causas que provocam esforços ou deformações nas estruturas.

As cargas são classificadas em:

1. Ações permanente

Ocorrem com valores praticamente constantes, ou com pequena variabilidade em torno de sua média, ao longo de toda vida útil da construção.

Estas cargas são constituídas pelo peso próprio da estrutura e pelos pesos de todos os elementos construtivos fixos e instalações permanentes. As ações permanentes são divididas em:

• Ações permanentes diretas: que são constituídas pelo peso próprio da estrutura, pelos pesos de todos os elementos construtivos fixos, das instalações e outras como equipamentos e empuxos.
• Ações permanentes indiretas: que são constituídas por deformações impostas por retração do concreto, influência, recalques de apoio, imperfeições geométricas e protensão.

As cargas de natureza permanente que atuam nas lajes são compostas basicamente por:

• Peso próprio da laje
• Peso da regularização
• Peso do enchimento
• Peso do revestimento
• Peso das alvenarias sobre a laje

Quando os carregamentos das paredes são aplicados diretamente sobre as vigas, são consideradas lineares. Quando aplicadas sobre as lajes, são distribuídas sobre sua superfície, tornando-se superficiais.

Quando forem previstas paredes divisórias, cuja posição não esteja definida no projeto, o cálculo de pisos, quando não for feito por processo exato, pode ser feito admitindo uma carga uniformemente distribuída no valor mínimo de 1kN/m2, além dos demais carregamentos.

1. Ações Acidentais

Ações que variam sua intensidade de forma significativa em torno de sua média, ao longo da vida útil da construção. Elas são classificadas em:

• Ações acidentais diretas: que são constituídas pelas cargas acidentais prevista para o uso da construção, pela ação do vento e da chuva. Como cargas verticais previstas para o uso da construção tem-se as cargas móveis (considerando o impacto vertical), impacto lateral, força longitudinal de frenação ou aceleração e força centrífuga.
• Ações acidentais indiretas: que são causadas pela variação de temperatura, podendo ser com variação uniforme.
• Ações dinâmicas: quando a estrutura, pelas suas condições de uso, está sujeita a choques e vibrações, os respectivos efeitos devem ser considerados na determinação das solicitações e a possibilidade de fadiga deve ser considerada no dimensionamento dos elementos estruturais.

1. Condições peculiares

Nos compartimentos destinados a carregamentos especiais, como os devidos a arquivos, depósitos de materiais, maquinas leves, caixas fortes e etc., não é necessária uma verificação mais exata destes carregamentos, desde que se considere um acréscimo de 3 kN/m² no valor da carga acidental.

Todo elemento isolado de coberturas deve ser projetado para receber uma carga vertical de 1kN, além da carga permanente.

Ao longo dos parapeitos e balcões devem ser consideradas aplicadas uma carga horizontal de 0,8 kN/m na altura do corrimão e uma carga vertical mínima de 2kN/m.

Quando uma escada for constituída por degraus isolados, estes devem ser calculados a suportarem uma carga concentrada de 2,5 kN, aplicada na posição mais desfavorável

1. Ações excepcionais

Ações de duração extremamente curta e com baixa probabilidade de ocorrência durante a vida útil da construção. Devem ser consideradas no projeto se seus efeitos não puderem ser controlados por outros meios. São exemplos os abalos sísmicos, explosões, incêndios, choques de veículos, enchentes, entre outros.

1.  Estados limites

Os estados limites podem ser estados limites últimos ou estado limite de serviço. Os estados limites considerados nos projetos de estrutura dependem dos tipos de materiais de construção empregados e devem ser especificados pelas normas referentes ao projeto de estruturas com eles construídas.

1. Estados limites últimos

Estado que pela sua simples ocorrência determinam a paralisação, no todo ou em parte, do uso da construção. São caracterizados por:

• Perda de equilíbrio, global ou parcial, admitida a estrutura como corpo rígido.
• Ruptura ou deformações plásticas excessivas dos materiais.
• Transformação das estruturas, no todo ou em parte, em sistema hipostático.
• Instabilidade por deformação.
• Instabilidade dinâmica.

1. Valores representativos para estados limites últimos

1. Valores Característicos

Os valores característicos Fk das ações são definidos em função da variabilidade de suas intensidades.

Para as ações que apresentam variabilidade no tempo, consideram-se distribuições de extremos correspondentes a um período convencional de referência, de 50 anos, admitindo que sejam independentes entre si os valores extremos que agem em diferentes anos de vida da construção.